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Percepção

Por:   •  1/6/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.695 Palavras (11 Páginas)  •  184 Visualizações

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UNIVERSIDADE CAMILO CASTELO BRANCO

PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS: PERCEPÇÃO

SÃO PAULO

2016

UNIVERSIDADE CAMILO CASTELO BRANCO

PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS: PERCEPÇÃO

Trabalho apresentado por Adriana Ribeiro Nunes, Camila Figueiredo, Thalia Barbosa, Rebecca Medrado à Universidade Camilo Castelo Branco - Unicastelo, Núcleo de Psicologia, como requisito parcial para a disciplina Processos Psicológicos Básicos.

Mestre: Jamile Rassoul Salem.

SÃO PAULO

2016


PERCEPÇÃO

O conceito de percepção deriva do termo latino perceptio e refere-se à ação e ao efeito de perceber (receber, interpretar, selecionar através de um dos sentidos as imagens, impressões ou sensações externas, ou compreender e conhecer algo). É, em psicologia, neurociência e ciências cognitivas, a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, a partir de experiências passadas. Por envolver todos os sentidos do corpo humano, a percepção está presente em alguns dos lobos cerebrais que falaremos a diante.

A percepção pode ser estudada do ponto de vista estritamente biológico ou fisiológico, envolvendo estímulos elétricos evocados pelos estímulos nos órgãos dos sentidos. Do ponto de vista psicológico ou cognitivo, a percepção envolve também os processos mentais, a memória, atenção e outros aspectos que podem influenciar na interpretação dos dados percebidos.

TEORICOS QUE INFLUENCIARAM NO ESTUDO DA PERCEPÇÃO

Para a psicologia a percepção é o processo ou resultado de se tornar consciente de objetos, relacionamentos e eventos por meio dos sentidos, que inclui atividades como reconhecer, observar e discriminar. Essas atividades permitem que os organismos se organizem e interpretem os estímulos.

A percepção é um dos campos mais antigos dos processos fisiológicos e cognitivos envolvidos. Os primeiros a estudar com profundidade a percepção foram Gustav Theodor Fechner, Hermann Von Helmholtz, e Ernst Heinrich Weber.

Na filosofia, a percepção e seu efeito no conhecimento e aquisição de informações do mundo é objeto de estudo da filosofia do conhecimento ou epistemologia. Em geral a percepção visual foi base para diversas teorias científicas ou filosóficas. Newton e Goethe estudaram a percepção de cores e algumas escolas, como a Gestalt, surgida no Século XIX e escolas mais recentes, como a fenomenologia e o existencialismo baseiam toda a sua teoria na percepção do mundo.

A PERCEPÇÃO COMO REALIDADE

Na psicologia, o estudo da percepção é muito importante porque o comportamento das pessoas é baseado na interpretação que fazem da realidade e não na verdadeira realidade. Por este motivo, a percepção do mundo é diferente para cada um de nós, e é por isso que este processo, dependendo, por um lado, dos mecanismos sensoriais e, por outro, das vivências individuais, permite construir uma visão da realidade muito complexa, a qual cada um pode atribuir um significado particular.

À medida que adquirimos novas informações, nossa percepção se altera. Diversos experimentos com percepção visual demonstram que é possível notar a mudança na percepção ao adquirir novas informações. As ilusões de óptica e alguns jogos, como o dos sete erros se baseiam nesse fato. Algumas imagens ambíguas são exemplares ao permitir ver objetos diferentes de acordo com a interpretação que se faz. Em uma "imagem mutável", não é o estímulo visual que muda, mas apenas a interpretação que se faz desse estímulo.

Assim como um objeto pode dar margem a múltiplas percepções, também pode ocorrer de um objeto não gerar percepção nenhuma: Se o objeto percebido não tem embasamento na realidade de uma pessoa, ela pode, literalmente, não percebê-lo. É por isso que quanto mais experiências têm, mais fácil o interpretamos, e possivelmente estamos mais pertos da realidade da situação no qual estamos lidando.

As percepções são normais se realmente correspondem àquilo que o observando vê, ouve e sente. Contudo, podem ser deficientes, se houver ilusões dos sentidos ou mesmo alucinações. Esta ambiguidade da percepção é explorada em tecnologias humanas como a camuflagem, mas também no mimetismo, onde o animal apresenta uma característica que o torna parecido com outro organismo, fazendo com que a pessoa que o percebe, fique confusa em relação ao que vê.

FATORES QUE INFLUENCIAM NA PERCEPÇÃO

O processo de percepção tem início com a atenção que não é mais do que um processo de observação seletiva, ou seja, das observações por nós efetuadas. Este processo faz com que nós percebamos alguns elementos em desfavor de outros. Deste modo, são vários os fatores que influenciam a atenção e que se encontram agrupados em duas categorias: a dos fatores externos (próprios do meio ambiente) e a dos fatores internos (próprios do nosso organismo).

Fatores externos

Os fatores externos mais importantes da atenção são a intensidade (pois a nossa atenção é particularmente despertada por estímulos que se apresentam com grande intensidade e, é por isso, que as sirenes das ambulâncias possuem um som insistente e alto); o contraste (a atenção será muito mais despertada quanto mais contraste existir entre os estímulos, tal como acontece com os sinais de trânsito pintados em cores vivas e contrastantes); o movimento que constitui um elemento principal no despertar da atenção (por exemplo, as crianças e os gatos reagem mais facilmente a brinquedos que se movem do que estando parados); e a incongruência, ou seja, prestamos muito mais atenção às coisas absurdas e bizarras do que ao que é normal (por exemplo, na praia num dia verão prestamos mais atenção a uma pessoa que apanhe sol usando um cachecol do que a uma pessoa usando um traje de banho normal).

Fatores internos

Os fatores internos que mais influenciam a atenção são a motivação (prestamos muito mais atenção a tudo que nos motiva e nos dá prazer do que às coisas que não nos interessam); a experiência anterior ou, por outras palavras, a força do hábito faz com que prestemos mais atenção ao que já conhecemos e entendemos; e o fenômeno social que explica que a nossa natureza social faz com que pessoas de contextos sociais diferentes não prestem igual atenção aos mesmos objetos (por exemplo, os livros e os filmes a que se dá mais importância em Portugal não despertam a mesma atenção no Japão).

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