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Resumo De Psicologia Aplicada Ao Direito Aula 1 E 2

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Por:   •  15/9/2014  •  1.551 Palavras (7 Páginas)  •  878 Visualizações

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A Psicologia moderna surgiu no final do século XIX na Alemanha, na Universidade de Leipzig sendo fundada por Wundt, Weber e Fechner, foi nessa época que ela se desvencilhou da Filosofia e passou a ser ciência definindo seus objetos de estudo, formulando seus métodos e teorias e delimitando seus métodos. Ela estuda todos os comportamentos e os processos mentais cientificamente, abrangendo varias áreas de estudo. A psicologia é uma ciência que busca sempre avançar em direção ao conhecimento humano, nossas ações e reações às situações vivenciadas e observadas, estuda o comportamento dos seres vivos (Objetivo – que podem ser observados) podendo ser eles motores ou sonoros e os processos mentais (Subjetivo – que só podem ser deduzidos).

Abrangendo vários ramos, a psicologia, busca estudar o desenvolvimento, a fisiologia o experimental, a personalidade, a sociedade e as organizações industriais. Passando por todas as fases do objeto de estudo e tentando resolver questões como: ”Qual a ligação do feto com a mãe? O que faz com que o bebe se apegue a seus pais e sua baba? Como uma criança entende que sua linguagem é aquela e como distinguem a moral? O que faz você associar se o gosto da comida é bom ou não? Por que o seu olfato se prende a lembranças, como, quando você sente um perfume e varias memórias lhe são ativadas?”. São questões como essas que fizeram e fazem a psicologia ser tão dividida, desde os tempos dos grandes Filósofos.

Os acadêmicos como Wundt, estudavam as nossas emoções e motivações que controlam nossa atenção, assim como percepção, memórias e nossos pensamentos pelo estruturalismo.

Já o funcionalismo estudado por William James e outros acadêmicos, falam sobre nossa mente e suas constantes associações,revendo experiências, movendo se nos acontecimentos vividos ao longo do Tempo. A consciência flui sempre e sem parar, e percepções, emoções e imagens, não podem ser separadas, pois se não cada vez que víssemos algo teríamos que descobrir o que ele é.

Para Freud nos somos motivados por instintos e impulsos inconscientes, e nosso inconsciente é como um misto de impulsos sexuais e primitivos, desejos reprimidos, medos, vontades e memórias traumáticas de infância. Mesmo inconscientes esses impulsos exercem uma pressão sobre nosso consciente e de maneira disfarçada tomamos atitudes influenciadas.

O behavorismo foi a visão de Watson baseada nos trabalhos fisiolgistas de Ivan Pavlov. Ele defendia que a consciência não podia ser medida, nem observada então não podia ser estudada cientificamente. O acadêmico acreditava que todas as experiências mentais não passavam de mudanças fisiológicas em resposta a experiências acumuladas de condicionamento e que ate as motivações de Freud eram resultados de tal.

Ao longo do tempo a psicologia foi sendo revolucionada e psicólogos começaram a olhar mais a fundo os seres humanos (e os animais) como seres ”sencientes” - conscientes, perceptivos e alertas - aprendizes ativos e não recebedores passivos das nossas lições de vida, com as psicologias cognitiva, evolucionista e positiva. Assim a psicologia de hoje tem perspectivas múltiplas utilizando cada uma delas, para compreensão do comportamento humano.

Usamos frequentemente o termo psicologia em nosso dia-a-dia, que quando uma pessoa usa seu conhecimento para ajudar alguém, para ouvir e tentar entender os problemas alheios, dizemos que essa pessoa usou a psicologia, essa não é a mesma usada pelos nossos psicólogos, e sim, a ”psicologia do senso comum”, pois as pessoas mesmo com conhecimento ínfimo a psicologia cientifica, conseguem explicar ou compreender seus problemas diários de um ponto de vista psicológico. Varias áreas profissionais e sociais utilizam-se da psicologia e no âmbito jurídico não seria diferente. ”O psicólogo jurídico colabora no planejamento e execução de pericias, política de cidadania, direitos humanos, prevenção e combate à violência”. Conforme o conselho federal de Psicologia as principais atribuições do psicólogo jurídico são:

“1- Assessorar na formulação, revisão e execução de leis;

2- Colabora na formulação e implantação das políticas de cidadania e direitos humanos;

3- Realiza pesquisa visando a construção e ampliação do conhecimento psicológico aplicado ao campo do Direito;

4- Avalia as condições intelectuais e emocionais de crianças adolescentes e adultos em conexão com processos jurídicos, seja por deficiência mental e insanidade,testamentos contestados, aceitação em lares adotivos, posse e guarda de criança ou determinação da responsabilidade legal por atos criminosos;

5- Atua como perito judicial nas varas cíveis, criminais, justiça do trabalho, da família, da criança e do adolescente, elaborando laudos, pareceres e perícias a serem anexados aos processos;

6- Elabora petições que serão juntadas ao processo, sempre que solicitar algumaprovidência, ou haja necessidade de comunicar-se com o juiz, durante a execução da perícia;

7- Eventualmente participa de audiência para esclarecer aspectos técnicos em Psicologia que possam necessitar de maiores informações a leigos ou leitores do trabalho pericial psicológico (juízes, curadores e advogados);

8- Elabora laudos e pareceres, colaborando não só com a ordem jurídica como com o indivíduo envolvido com a Justiça, através da avaliação das personalidades destes e fornecendo subsídios ao processo judicial quando solicitado por uma autoridade competente, podendo utilizar-se de consulta aos processos e coletar dados considerar necessários a elaboração do estudo psicológico;

9- Realiza atendimento psicológico através de trabalho acessível e comprometido com a busca de decisões próprias na organização familiar dos que recorrem a Varas de Família para a resolução de questões;

10- Realiza atendimento a crianças envolvidas em situações que chegam às Instituições de Direito, visando a preservação de sua saúde mental, bem como presta atendimento e orientação a detentos e seus familiares;

11- Participa da elaboração e execução de programas sócio educativos destinados a criança de rua, abandonadas ou infratoras;

12- Orienta a administração e os colegiados do sistema penitenciário, sob o ponto de vista psicológico, quanto as tarefas educativas e profissionais que os internos possam exercer nos estabelecimentos penais;

13- Assessora autoridades judiciais no encaminhamento à terapias psicológicas, quando necessário;

14- Participa da elaboração e do processo de Execução Penal e assessorar a administração dos estabelecimentos penais quanto a formulação da política penal e no treinamento de pessoal para aplicá-la;

15- Atua em pesquisas e programas de prevenção à violência e desenvolve estudos e pesquisas sobre a pesquisa criminal, construindo ou adaptando instrumentos de investigação psicológica.”

(Fonte: Conselho Federal de Psicologia)

O Direito e as ciências jurídicas se baseiam da psicologia para a solução e entendimento de casos de casos em que o comportamento e os processos mentais são postos em ”Check”, tentam entender suas causas, seus transtornos e suas consequências para a sociedade.

Nessa constante busca em entender o ser humano, vários fatores influenciam, principalmente o desenvolvimento humano, no conceito de entendermos que ele se refere à evolução mental orgânico que se caracteriza pela construção continua de estruturas mentais. Ao longo da vida vários fatores indissociáveis e em permanente interação afetam todos os aspectos de desenvolvimento; a hereditariedade, o crescimento orgânico, a maturação neurofisiológica e o meio em que se vive.

A hereditariedade estabelece os potenciais do individuo pela carga genética, podendo eles se desenvolver ou não. O fenótipo possibilita as descobertas de uma criança ao engatinhar e depois andar.

A maturidade e o que torna possível o padrão de determinado comportamento. A alfabetização é um exemplo, ela precisa da maturidade pois o desenvolvimento neurológico de uma criança de 2, 3 anos não é como o nosso.

E o meio é um conjunto de estímulos e influencias ambiental, que alteram o comportamento do individuo. Uma criança que vive em uma comunidade e vivencia os problemas de lá, pode ter uma maturidade maior, em relação aos aspectos sociais, que crianças que só ouviram falar sobre o mesmo. E a sua personalidade vai se formando.

A teoria psicossocial diz que a personalidade é um conceito ativo e mutável que se encaixa cada fase da vida, é uma continua interação entre o individuo e a sociedade. Na melhor das hipóteses é um processo crescente da diferenciação e torna se maior a medida que vamos ganhando consciência de um circulo em constante crescimento, desde o berço ate a velhice.

Erik Erikson identificou oito etapas onde o individuo enfrenta crises e conflitos específicos. A fase da confiança ou desconfiança vai do nascimento à 1 ano e se expande ao longo da vida

A fase mais importante para Erikson é a fase da identidade x confusão de papeis que vai dos12 aos 18 anos e, é nessa fase que os jovens têm contato com vários conflitos que vão lhe basear durante a vida e se essa fase for traumática os próximos anos, perdem suas referencias.

Assim entendemos como a evolução e as praticas dos anos fizeram da psicologia uma ciência essencial para definir os padrões e nossa sociedade em um todo fazendo com que cada nova descoberta seja um novo mundo, e uma nova maneira de compreender o outro e a nós mesmo.

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