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Riscos Psicossociais

Artigo: Riscos Psicossociais. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  16/7/2013  •  1.424 Palavras (6 Páginas)  •  605 Visualizações

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O CONTRIBUTO DOS RISCOS PSICOSSOAIS NA GÉNESE DE ACIDENTES LABORAIS

Resumo

O Contributo dos Riscos Psicossociais na Génese de Acidentes Laborais diz respeito ao estudo dos principais agentes que resultam da interacção entre o indivíduo, as suas condições de vida no trabalho e as suas condições de vida fora do trabalho, bem como formas e recursos de contorná-los. Este artigo revela que o sistema de gestão da segurança e saúde do trabalho tem dificuldade em incorporar estas preocupações dos gestores, umas mais antigas (como álcool), outras recentes como a droga, o stress e o assédio (activo e passivo). Chegando a conclusão de que o problema passa também pela ausência, nas nossas empresas, de uma cultura da saúde. Ora já é tempo de ver a saúde/doença como um contínuo, tendo num dos extremos o nível óptimo de bem-estar e no extremo oposto, a morte (precoce ou prematura).

1. Introdução

No âmbito da prevenção de acidentes, cumpre antes de mais estar atento aos riscos à saúde dos trabalhadores que, diária e quotidianamente, em qualquer sector de actividade, e qual seja a idade ou nível de instrução dos trabalhadores, ameaçam a sua saúde e bem-estar. Além dos acidentes laborais relacionados com factores profissionais, incluem-se os factores psicossociais no trabalho.

Segundo João Rolo (1995, IV Congresso Português de Sociologia) “ […] o termo psicossocial remete, por sua vez, para os fenómenos de natureza psicológica, resultantes da percepção e avaliação das estruturas e processos sociais. Em termos simplificados, os factores psicossociais no trabalho são os que resultam da interacção entre o indivíduo, as suas condições de vida no trabalho e as suas condições de vida fora do trabalho, sendo susceptíveis de influenciar:

o A produtividade/qualidade do trabalho;

o A segurança, a saúde e o bem-estar; e

o A satisfação do trabalhador.”

Neste artigo iremos assumir particular destaque a problemática do álcool e das drogas, do stress, da violência no trabalho, assédio e do assegurar das condições de trabalho a portadores de VIH/SIDA.

1.1Álcool e Drogas em Meio Laboral

Os problemas relacionados com o consumo de álcool e drogas podem surgir por factores pessoais, familiares ou sociais, ou por uma combinação destes elementos. Segundo Marcelino Costa, Paulo Geraldes e Nuno Menezes (2010, Apoio Técnico de SST) “ […] tais problemas não só se repercutem na saúde e no bem-estar dos trabalhadores, como também podem causar muitos inconvenientes no trabalho, como por exemplo uma perda de produtividade. Na medida em que os problemas relacionados com o álcool e as

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drogas são devidos a variadas causas, existem muitas maneiras de abordar a prevenção, assistência, tratamento e reabilitação.”

A eliminação do consumo abusivo destas substâncias é um objectivo muito desejável, mas dificilmente alcançável, pelo que a experiência tem indicado. Não obstante, através das políticas, no local de trabalho, de ajuda a pessoas com estes problemas, incluindo o consumo de drogas ilegais, obter-se-iam resultados mais vantajosos, tanto para os trabalhadores como para os empregadores.

1.2Stress

O stress (e as suas consequências para a saúde e segurança dos trabalhadores) é hoje um dos principais riscos no local de trabalho, ou pelo menos percebidos como tal, por trabalhadores e gestores.

O stress sente-se quando as exigências do ambiente de trabalho excedem a capacidade dos trabalhadores para enfrentar (ou controlar) as mesmas. Se o stress for intenso e de algum modo duradouro, pode induzir problemas de saúde física e mental.

Para Verlag Dashöfer (2011, Absentismo e Factores Psicossociais no Trabalho) “entre os factores de risco associados ao stress, relacionado com o trabalho, estão:

o O elevado ritmo de trabalho e os prazos apertados;

o As interrupções inesperadas do trabalho;

o A discrepância entre as qualificações e as exigências profissionais;

o A intimidação e o assédio sexual.

A prevenção do stress no trabalho implica uma acção concertada e integrada a três níveis:

o A organização (incluindo a organização do trabalho);

o O indivíduo (recursos, conhecimentos, competências, etc.); e

o O sistema social (incluindo a rede de suporte social).”

1.3Violência

A violência física é um dos maiores perigos do trabalho. Esta denotação abrange insultos, ameaças e agressão física. A violência pode vir do exterior ou do interior de uma organização. Embora os actos de violência concretos sejam imprevisíveis, as situações em que a violência pode ocorrer não o é. Entre os factores de riscos contam-se o trabalho em contacto com o público, o trabalho que envolve dinheiro e o trabalho isolado.

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As consequências de incidentes violentos, que incluem lesões, stress pós-traumático, ausências por doença e mau desempenho profissional, podem ser extremamente graves, tanto para os indivíduos como para as organizações.

As organizações não podem esperar pela ocorrência de uma agressão física para agir. As intervenções eficazes devem estar adaptadas ao caso concreto da organização e basear-se em avaliações de risco exaustivas. É igualmente importante definir procedimentos a observar em caso de incidente violento, incluindo a prestação de apoio psicológico à vítima.

1.4Assédio

O assédio moral pode abranger a violência física e psicológica. Consiste em ataques verbais e físicos, bem como em actos mais subtis como a desvalorização do trabalho de um colega ou o isolamento social. A existência da prática de assédio moral é maior nas profissões em que se exige muito do trabalhador e em que existe um baixo nível de controlo individual, dando origem a níveis de ansiedade elevados.

Entre os factores que aumentam a probabilidade de assédio moral referem-se

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