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Segundo Bystronski

Tese: Segundo Bystronski. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  23/5/2013  •  Tese  •  1.215 Palavras (5 Páginas)  •  513 Visualizações

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Segundo Bystronski (1992, 1995), independentemente das variáveis histórico-sociais, é no âmbito das relações interpessoais que o homem vive suas mais fortes emoções, dentre elas o prazer decorrente do amor. Em um momento de mudanças, com a revisão de papéis sexuais e novas formas de arranjos entre as pessoas, dentre outras, em que as diretrizes dos relacionamentos estão vagas e indefinidas, faz-se necessário um esforço ainda maior para uma relação bem sucedida, não sendo fora de propósito pensar-se em indivíduos que desistiram das ligações afetivas.

No entanto, de acordo com a autora referida acima, as pesquisas demonstram que os relacionamentos íntimos satisfatórios estão identificados como a fonte mais importante de felicidade pessoal. Dessa forma, verifica-se uma necessidade de compreender os relacionamentos em seu processo de mudança, já que deles não se pode prescindir.

De acordo com Fromm (1966), pode-se distinguir dois tipos de amor: o verdadeiro amor, identificado como uma atividade, caracteriza-se por cuidado, responsabilidade, respeito e conhecimento; o falso amor, por sua vez, é baseado em submissão, passividade, dotado de contornos neuróticos. O amor como atividade é o amor maduro, que, levando a romper e superar o sentimento de isolamento, permite preservar a própria integridade e individualidade. Por trás do amor-passividade está a união simbiótica, em que a pessoa foge do sentimento de isolamento e separação tornando-se parte de outra pessoa, que a dirige e protege. Essa submissão implica em dependência e falta de integridade.

Maslow (1974) baseia sua teoria no aspecto precisar, enfatizando o amor como uma necessidade de algo a ser preenchido. Faz, entretanto, uma distinção entre dois tipos possíveis de amor: o primeiro, baseado nas necessidades de deficiência - “necessidades D”, que seriam as biológicas, de segurança, de amor e pertença, e relativas à auto-estima; o segundo, baseado nas necessidades relativas ao ser - “necessidades S”, quais sejam, as intelectuais, estéticas, de auto-realização. O “amor D” é autocentrado, egoísta, fragmentado. O “amor S” é altruísta, não possessivo, mais admirador, proporciona maior prazer e resulta na aceitação do próprio eu.

Dietch (1978), em estudo sobre o amor, papéis sexuais e saúde psicológica, encontrou dados que apontam para a existência de relação entre a auto-realização e o “amor S”. Quanto maior o nível de auto-realização de um indivíduo, maior sua capacidade de oferecer “amor S”. As mulheres, em relação aos homens, mostraram um nível mais elevado de “amor S”. Tal evidência, conforme o autor, se coaduna com os achados de Dion e Dion (1975) no sentido de que as mulheres demonstram atitudes de maior amor, apreço e confiança, e experienciam maior euforia do que os homens em relacionamentos amorosos. Por outro lado, o papel masculino estereotipado implica em proibição de um alto nível de expressão emocional, impedindo a capacidade masculina para o “amor S”.

Um dos marcos iniciais do estudo sistemático do amor consiste no trabalho de Rubin (1973), na exploração dos conceitos de gostar e amar, vistos de forma independente. A partir de tal estudo, o autor identificou como componentes do amor o precisar do outro, os cuidados para com ele e a presença da intimidade, envolvendo a confiança e a proximidade.

Quanto ao gostar, segundo Rubin (1973), comporta duas dimensões fundamentais: a afeição e o respeito. Afeição é o gostar baseado no experienciar o calor emocional e na proximidade à pessoa. Respeito, por sua vez, se baseia na admiração pelas características ou ações da pessoa. Trata-se de uma forma de gostar mais calma, distante.

Dentre os modelos que se propõem a explicar o amor, encontramos a teoria de Hatfield (1988), que distinguiu dois tipos de amor: apaixonado e companheiro. O amor apaixonado é descrito como um estado de intenso desejo de união com outra pessoa, cuja reciprocidade confere êxtase e realização, ao passo que uma separação é sentida como vazio, provocando ansiedade ou desespero. Trata-se de um profundo despertar fisiológico. Relaciona-se a uma variedade de emoções fortes, tanto negativas quanto positivas, que podem se apresentar de forma intercalada. O amor companheiro, por sua vez, caracteriza-se por um processo de aproximação entre os indivíduos, explorando suas semelhanças e diferenças na maneira de pensar, sentir e agir. Assim, os parceiros apresentam desejo de se revelar um ao outro compartilhando segredos, valores, fraquezas, esperanças. Também se verifica uma preocupação profunda e cuidados com o outro, bem como o conforto com relação à proximidade física.

Lee (1988) desenvolveu a teoria denominada As Cores do Amor, em

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