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Triangulação

Por:   •  21/4/2015  •  Artigo  •  1.277 Palavras (6 Páginas)  •  3.415 Visualizações

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                              A Triangulação no contexto Familiar

                                                                           

Jamile Daniele da Silva do Nascimento

Resumo

O presente artigo tem como objetivo compreender as implicações da triangulação que está presente na vida de todas as pessoas e fazem parte da organização de algumas famílias. O método adotado para a obtenção de dados foi uma pesquisa bibliográfica sobre o tema proposto. Foram utilizados alguns conceitos de autores como Bowen, Minuchin e Andolfi, sob a perspectiva sistêmica. Os autores citados apresentam como objeto de estudo da Psicologia, o sistema familiar, ou seja, o conjunto de relações o qual a pessoa está envolvida.

Palavras-chaves: Triangulação; Sistema familiar; Fronteiras

¹Graduanda em Psicologia na PUC-MINAS, Arcos

1 INTRODUÇÃO

 A parir de pesquisas e leituras bibliográficas encontradas na literatura. O presente artigo tem como objetivo geral, abordar questões sobre o padrão transacional de triangulação, que fazem parte da organização e vivencias de algumas famílias.

Segundo Minuchin (1982), para melhor entender o funcionamento e a organização de uma família, de acordo com a Terapia Família Estrutural, é preciso levar em consideração três principais fatores da teoria. São eles; Estrutura (formas apreendidas de se comportar) que são padrão de comportamento em que as famílias interagem, por exemplo, repetições de atitudes, padrões mais duradouros, regras, etc. Subsistemas (família de origem, casal, filhos, irmãos...) que são diferenciados por sistema conjugal, sistema parental, sistema filial e sistema fraterno. Fronteiras (triangulações, coalizões, alianças, sistema hierárquico, sistema de autoridade...) que se apresentam na forma   rígidas, flexíveis, difusas e emaranhadas. As fronteiras têm a função de estabelecer limites próprios e regular as trocas estabelecidas entre os membros da família. Quando os limites são suficientemente bem definidos para permitir contato entre os membros de diferentes subsistemas e o cumprimento de suas funções, sem a interferência indevida dos outros, considera-se que as fronteiras sejam nítidas. Quando não existem limites entre os subsistemas, considera-se que as fronteiras sejam difusas, o que promove um padrão de funcionamento emaranhado na família. Quando existem limites excessivos, as fronteiras podem se tornar rígidas, promovendo um padrão de desligamento com o qual os membros dos subsistemas têm pouco ou nenhum contato. 

2 A TRIANGULAÇÃO E SEUS ASPECTOS NO CONTEXTO FAMILIAR

De acordo com Minuchin (1982,) Quando um membro da família apresenta algum sintoma, é porque a organização hierárquica da família está confusa, e pode ocorrer a triangulação, que muitas vezes acontece de forma secreta, e ao longo das gerações da família, que geram tensões subjetivas no sistema, devido à organização de seqüências de comportamento repetitivas. Alguns autores que se dedicam a pesquisas sobre a triangulação e triângulos perceberam que num triângulo com filho sintomático, existe uma estreita ligação entre o filho e um dos cônjuges, enquanto que o outro cônjuge ocupa uma posição distante e solitária.

Segundo Duarte (2007, apud Bowen, 1991) A triangulação é a configuração emocional de três pessoas, na qual a tensão entre duas pessoas membros de um sistema (o conjugal dos pais, por exemplo) atinge um nível insuportável e uma terceira pessoa, que na maioria das vezes é um filho, é ‘triangulado’ para reduzir a tensão no seio do sistema em conflito, até que ela atinja um nível mais tolerável. Essa situação tem como objetivo evitar, negar ou transferir um conflito para proteção do sistema e girando em torno do terceiro elemento que passa a apresentar “problemas” por justamente ter de absorver a tensão e desviar o foco do que realmente teria que ser enfrentado.

Por outro lado, Minuchin (1982) entende a triangulação como uma tríade rígida que desafia os limites das fronteiras. Segundo ele, para flexibilizar o sistema é preciso redefinir as fronteiras e as hierarquias geracionais. Minuchin (1982) classifica as díades como subsistemas (mãe-filho), (pai-filho) e (mãe-pai), e defende que nas famílias disfuncionais, as fronteiras entre os subsistemas parental e filial ficam difusas e a fronteira que envolve a tríade pais-filho passa a ser inadequadamente rígida. Nesse sentido, o autor ressalta que se deve considerar a triangulação como o resultado da falta de fronteiras demarcadas.

A triangulação cumpre então a tarefa de aliviar a tensão para resolução do conflito da relação dual (Andolfi, 1989), ou seja, a triangulação desloca o conflito da relação dos pais como casal, por exemplo, para o sintoma do filho, sendo os problemas apresentados pelo filho o foco. O resultado dessa triangulação pode ser o surgimento de um sintoma comportamental indesejável na do filho.

Duarte (2007, apud Bowen, 1991) afirma que, a pessoa ‘triangulada’ passa a ter a função periférica de regulação da tensão existente entre outras duas. Quando há algum conflito, o sofrimento desvia-se e é transferido para os membros da díade, enquanto o terceiro senti-se aliviado.

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