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A Invenção das Nações

Por:   •  21/6/2023  •  Resenha  •  774 Palavras (4 Páginas)  •  35 Visualizações

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Estudo Dirigido 2

Shlomo Sand/Benedict Anderson. A invenção das nações/ Marilena Chauí.

Brasil: Mito Fundador – Textos adaptados

  1. Disserte a respeito da construção de uma memória coletiva, e de como ela "funciona" no sentido de dar lastro ao sentimento de pertencimento a uma nação, de conformação de uma lealdade e identidade nacional.

A memória é a forma como o cérebro humano adquire e conserva informações e é uma das funções mais complexas do corpo humano. Através dela podemos contruir memórias individuais e coletivas. Quando uma memória é vivida por uma pessoa - ou transmitida a ela - e envolve uma comunidade ou grupo, essa memória torna-se patrimônio dessa comunidade. As informações mais relevantes nessas memórias serão passadas de pessoa a pessoa e constituem a história oral de um determinado lugar ou grupo. Essa memória coletiva geralmente tende a idealizar o passado e, na maioria das vezes, estará associada a um acontecimento específico, que será considerado o mais relevante. Podemos conhecer a história de um povo também através de museus, monumentos, filmes, arquivos festas, rituais, cerimônias ou ainda podemos ter vivido um acontecimento marcante que ficará para sempre na história. Tudo isso nos leva a ter um sentimento de perfencimento e nos identificarmos com a história de um povo.

  1. Em seu entendimento, é apropriado falar da existência de mitos fundadores da nacionalidade brasileira? Justifique.

      Sim. Vivemos em uma existência dispersa de narrativas primitivas. Embora essa narrativa tenha sido elaborada no período da conquista, ela não para de se repetir, pois é o nosso mito fundador. O mito fundador é um mito que busca constantemente novas expressões, novas linguagens, novos valores e ideias, assim, quanto mais se parece com outra coisa, mais se repete.

      Segundo Marilena Chaui: “O Brasil é uma criação dos conquistadores europeus”, uma “narrativa de origem” com raízes na Bíblia e em concepções milenaristas. Esse mito, em seu sentido antropológico e psicanalítico, que não “cessa de se repetir”, legitima o populismo e o ufanismo, por exemplo. E esconde a violência e a injustiça na falsa imagem do “Brasil como comunidade una e indivisa, ordeira e pacífica, rumando para seu futuro certo, pois escolhido por Deus”.

      Ou seja, apesar do Brasil ter sido visto como “perfeito” desde o seu descobrimento, o mito vai servir apenas como uma camuflagem para esconder toda a exploração e maldade nessa nação.

  1. Conforme diz M. Chauí, aprendemos desde cedo “que o Brasil é um ‘gigante pela própria natureza’, que nosso céu tem mais estrelas, nossos bosques têm mais flores e nossos mares são mais verdes”; que somos “um dom de Deus e da Natureza” e que “em se plantando, tudo dá”. Seriam esses bons exemplos de como se processa a construção das imagens fundadoras, referenciais daquilo que (re)conhecemos como Brasil? O que significa dizer que se trata de imagens que servem de referência para identificar o que o Brasil e/ou o povo brasileiro são? Discorra.

Quando se fala em festa, samba, carnaval, praia, beleza natural entre outros, só é possível lembrar-se do Brasil e seu povo, isso porque desde sempre o povo brasileiro sempre foi reconhecido por tais aspectos. Não deixa de ser verdade que os brasileiros são abençoados com tamanha beleza e pluralidade e todos aprendem a identificar o povo brasileiro desta maneira, na escola já crescemos estudando tudo de bom que há em nosso país, as propagandas, novelas, filmes retratam e exaltam as características desse povo e dessa nação. Mas todos sabem que apesar da beleza grandiosa este país enfrenta grandes dificuldades como casos de pobreza extrema, as florestas são desmatadas, existe muita poluição, problemas com saúde, educação entre outros. Apesar de o Brasil passar uma imagem maravilhosa que muitas vezes define quem somos, é necessário citar as dificuldades para que todos saibam que somos um povo forte, de muitas lutas e continuaremos enfrentando as próximas batalhas que virão.

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