Bifenilas Policloradas

Bifenilas Policloradas (PCBs)

Características físico-químicas : Bifenila policlorada (PBC) é o nome genérico de uma classe de hidrocarbonetos clorados com entorno de 209 compostos químicos diferentes (congêneres). Tem como fórmula geral C12H10-nCln

Figura 1: Formula estrutural dos PCBs

Figura 1: Formula estrutural dos PCBs

Eles não são encontrados naturalmente, ou seja, todos PCB existente foi sintetizado (Rahuman et al., 2000) e seu processo de síntese consiste na formação da Bifenila através da desidrogenação de duas moléculas de benzeno a 800°C e depois pela a cloração da Bifenila formada por cloro gasoso anidro a 100°C, catalisado por cloreto férrico ou limalha de ferro. Atingindo o teor de cloro desejado a reação é interrompida (Mesquita, 2004).

Os PCBs existem na forma de óleos ou resinas e graxas. Sua cor varia do incolor ao amarelo claro e não possuem sabor nem cheiro. Possuem elevada estabilidade térmica e química, baixa pressão de vapor a temperatura ambiente e alta constante dielétrica. São insolúveis em agua porém extremamente solúveis em óleos vegetais, gordura animal e em solventes orgânicos. (Borja et al.,2005). Tendo essas características os PBCs são resistentes à degradação e uma vez liberados no ambiente acumulam-se em material orgânico e também a se biomagnificar ao longo da cadeia

alimentar.

Histórico: Os PBCs foram sintetizados pela primeira vez por volta de 1881 por Schmidt e Schultz, mas só em 1929 começaram a ser produzidos em escala industrial (Tanabe,1988) e alcançando seu pico de produção em 1970 com um volume de 50.000 toneladas (Penteado e Vaz, 2001. Em 1966 o químico suíço Soren Jansen determinou que os PCBs são contaminantes ambiental e desde então restringiu-se sua utilização em todo o mundo (Wikipédia, 2005).No Brasil não exitem registros de produção de PCBs, sendo quase todo importado do Estados Unidos e da Alemanha, e apresentando o nome comercial de Ascarel.

A sua utilização consistia em uso em capacitores elétricos, transformadores elétricos, Bombas de vácuo, turbinas de transmissão de gás, fluidos hidráulicos, resinas plastificantes, adesivos, plastificantes para borracha, sistema de transferência de calor, aditivo antichama, óleos de corte, lubrificantes, pesticidas e papel carbono, devido as suas características químicas descritas anteriormente.

PCBs no Meio Ambiente: A prática inadequada de manuseio como a vaporização de componentes contaminados com PCBs, vazamentos de componentes eletrônicos e fluidos hidráulicos, armazenamento irregular de resíduos contendo PCBs, efluentes industriais contaminados, além de acidentes industriais, promoveram a contaminação do ar, da agua e do

solo por PCBs. Conforme Rahuman et al. (2000), os PCBs podem percorrer longas distancias quando entram em contato com o ar e ali permanecerem por aproximadamente 10 dias, e são encontrados tanto na forma gasosa como na particulada (Vorhees, 2004). Quando se trata de água e do solo a situação é similar uma vez que os PCBs não dissolvem na agua mas sim aderindo a partículas orgânicas, sedimentos e animais aquáticos (Kile et al., 1995) e no solo devido a sua alta hidrofobicidade e baixa volatilidade ligam-se à matéria orgânica sendo altamente adsorvida no solo. Os principais problemas ambientais de entrada

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