Caillois

Caillois afirma que o jogo é uma atividade livre, que parte da nossa vontade e é visto como uma fonte de alegria e diversão. O jogo pra ele não deve ter duração certa e o sujeito não deve ter obrigação de desempenhar um papel específico pois isso irá limitar a manifestação da sua personalidade, não permitindo que o sujeito liberte sua imaginação para fazer o que realmente tem vontade. Para Caillois, o jogo é uma atividade separada do trabalho, é uma determinada parte do tempo em que o sujeito busca se distrair e se relacionar com outras pessoas obedecendo a um conjunto de regras e respeitando os limites impostos pelas regras do jogo. Ali o sujeito descobre uma debilidade ou desenvolve uma certa capacidade. Para o autor, o jogo contribui para a evolução das pessoas. Um exemplo disso é o futebol: muitos jogadores famosos não teriam desenvolvido certa aptidão se não começassem a jogar sem compromisso, jogando pelo prazer de jogar e competir obedecendo as regras.

Roger Caillois relaciona o jogo com a sociedade, ele acredita que os jogos contribuem para a caracterização das diferentes culturas de uma civilização.

CRÍTICAS

Apesar do pensamento proposto por Caillois, será que realmente vivemos uma evolução?

A competição a todo e qualquer preço pode levar o sujeito a cometer atitudes imorais, pois o jogo pode se tornar viciante em vez de contribuir para o desenvolvimento da capacidade de um indivíduo e pode corromper os princípios dele e fazer com que ele perca sua identidade.

Também devemos questionar a ideia de Caillois que afirma que uma cultura pode ser definida a partir de seus jogos pois segundo Huizinga, não é certo definir a cultura de uma sociedade dessa forma, pois nós não podemos afirmar que os jogos sempre irão concordar com os valores institucionais, as atitudes elementares, já que não são encontradas isoladamente mas sim associadas.