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Criacisnismo

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Por:   •  21/3/2015  •  609 Palavras (3 Páginas)  •  86 Visualizações

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Evolucionismo versus criacionismo no

ensino de ciências: para além das

controvérsias entre ciência e religião

Júlio César Castilho Razera

Departamento de Ciências Biológicas.

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

juliorazera@uesb.br

“Se se respeita a natureza do ser humano, o

ensino dos conteúdos não pode dar-se alheio

à formação moral do educando. Divinizar ou

diabolizar a tecnologia ou a ciência é uma

forma altamente negativa e perigosa de

pensar errado. De testemunhar aos alunos, às

vezes com ares de quem possui a verdade,

um rotundo desacerto” (Paulo Freire).

Resumo

Evolucionismo e criacionismo são temas que geram muitas

discussões, mas com prevalência no embate entre ciência e

religião. No entanto, essa não é a única linha de discussão

possível, pois há outros aspectos subjacentes à controvérsia de

ambas - não menos importantes - que também extrapolam

para o âmbito das escolas e são merecedores de atenção,

especialmente no ensino de Ciências. Tomando-se como

inspiração a citação de Paulo Freire, além de indicar no próprio

título deste ensaio os objetivos básicos de nossos propósitos,

apresentamos inicialmente um breve recorte sobre as

divergências entre evolucionistas e criacionistas e,

posteriormente, algumas possíveis conseqüências pedagógicas

que se colocam para além das controvérsias científicoreligiosas.

Nesse intuito, deslocamos intencionalmente o pano

de fundo dos nossos argumentos para a formação moral laica

dos alunos, tendo-se como referencial os estudos e princípios

sociomorais de Piaget, Kohlberg e Habermas.

Palavras-chave: Assuntos Controvertidos; Formação Moral

Laica; Ética; Racionalidade.

Introdução

Evolucionismo e criacionismo são temas que ainda geram

muitos debates nos dias atuais, mas cujas divergências mais

contundentes entre os dois temas são geradas por conflitos que

envolvem ciência e religião. Sobre esses conflitos, a literatura é

vasta e apresenta diferentes e interessantes construções

argumentativas (entre outros, vide FREIRE-MAIA, 1997a,

1997b; EL-HANI; SEPULVEDA, 2001; SEPULVEDA; EL-HANI,

2004; SAMPAIO, 2006; FONSECA, 2008).

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Desviando-se intencionalmente dessas discussões mais

difundidas entre evolucionismo e criacionismo e, também, sem

entrar no mérito (ou demérito) de cada perspectiva, mas

ressaltando-se apenas as contundências e imposições que elas

carregam (ou se fazem presentes nas argumentações

coercitivas de uma contra a outra), há uma preocupação nossa

de como o embate chega e é trabalhado nas salas de aula. Esse

problema noz conduz a um aspecto que ainda é pouco discutido

na área do ensino de Ciências, mas de grande relevância: as

possíveis implicações dos conflitos entre criacionismo e

evolucionismo para a formação moral (laica) dos alunos. Não há

minimização

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