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Frangula

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Por:   •  3/6/2013  •  2.312 Palavras (10 Páginas)  •  563 Visualizações

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Universidade de São Paulo

FARMACOGNOSIA II

Malva sylvestris L.

Luciana Zago n.USP: 5972988

Raquel Garozzo n. USP: 5413372

INTRODUÇÃO

As drogas vegetais desempenham um importante papel no desenvolvimento de novos fármacos. Atualmente, um enorme número de medicamentos com ações variadas (ação específica sobre enzimas, canais iônicos, pex.) não chegariam no desenvolvimento que têm, sem o auxílio de produtos naturais. Esses são também utilizados como matéria prima na síntese de moléculas mais complexas em que há interesse farmacológico além de protótipos para o desenvolvimento de novos medicamentos.

Por esses motivos, o interesse das indústrias no aproveitamento da biodiversidade vêm crescendo: o tratamento de algumas doenças em que a síntese orgânica tem se mostrado ineficaz é um dos exemplos desse interesse. E, entre a enorme gama de plantas utilizadas na farmacologia,

Entre a enorme gama de plantas utilizadas na farmacologia, falaremos sobre a Rhamnus frangula L.. A primeira citação que se tem notícia desta espécie data do século XIV, em um texto do agrônomo italiano Pietro Crescenzi. Frângula, significa “partir”, uma alusão à fragilidade de seus ramos. No entanto, seus achados foram ignorados durante anos pelos farmacologistas até que Hieronymus Bock, médico e botânico alemão, na edição de 1552 do “De Stirpiumlibri” faz menção à planta, apesar de desconhecer os efeitos laxativos da mesma. Mattioli, na edição de 1554, já comenta sobre o amieiro negro e sua casca purgente, sobre a ação de limpeza e adstringência interna, no entanto, reforça que o uso da frângula se resume à droga vegetal seca; do contrário há a ocorrência de vômitos.

Neste trabalho pretendemos, de maneira resumida, apresentar as principais características da planta popularmente conhecida como Sanguinho de Água, abrangendo aspectos desde sua morfologia até sua utilização na área farmacêutica e pesquisas atuais sobre os benefícios dos princípios ativos naturais nela contidos.

2. TAXONOMIA

A ordem taxonômica é a que se segue:

Reino: Plantae

Sub-reino: Tracheobionta - Plantas vasculares

Superdivisão: Spermatophyta - Plantas com sementes

Divisão: Magnoliophyta - Plantas com flores

Classe: Magnoliopsida - eudicotiledônias

Subclasse: Rosidae

Ordem: Rhamnales

Família: Rhamnaceae

Gênero: Frangula Miller

Espécie: Frangula alnus Miller

2.1 Nome científico

Rhamnus frangula L.

2.2 Sinonímia

Frangula alnus Miller

2.3 Nome Popular

A Ramnus frangula L. é conhecida por toda a extensão do globo como:

- Português: Frângula, Amieiro Preto, Amieiro Negro, Cangica, Cangiqueira e Sanguinho de Água.

- Alemão: Brechwegdorn

- Espanhol: Hediondo

- Francês: Aulne Noir, Bourdaine e Nerprun-Bourgène

- Inglês: Alder Buckthorn, Berry-Bearin Buckthorn, Black Alder, Buckthorn, Buckthorn Alder e European Alder Buckthorn

- Italiano: Frangola.

3. CARACTERÍSTICAS

3.1 Morfologia

O amieiro negro é um arbusto que mede entre 1 a 4 metros de altura, tem tronco ereto, com ramos horizontais flexíveis, alternos e não espinhosos. As folhas são inteiras, membranosas, alternas, caducas, com 8 a 12 pares de nervuras salientes, paralelas e quase retas.

As flores são esverdeadas, hermafroditas, com 5 sépalas, 5 pétalas ovais, 5 estames, estilete simples e reunidas de 2 a 10 em cimeiras frouxas. O fruto é uma drupa verde e depois vermelha, adquirindo a cor preta na maturação.

A casca da Frângula, a qual é a parte utilizada, é descrita pela British Pharmacopeia como fragmentos curvados ou quase planos, em peças enroladas - semelhantes à casca da canela, sozinhas ou duplas, de 0,5 a 2 mm de espessura, de comprimento e largura variáveis. A superfície externa é de cor marrom acinzentada, enrugada em sua longitude e coberta com muitas lenticelas alongadas, cinzentas, transversalmente. A superfície interna é lisa e possui estrias longitudinais e a cor varia de marrom alaranjado ao vermelho amarronzado, mudando para o vermelho quando tratada com base. A fratura é pequena na parte externa e fibrosa na parte interna.

Figura 1 - Estruturas da Frangula alnus Miller.

3.2 Partes Utilizadas - Droga vegetal

O amieiro negro tem distribuição principal na Europa não mediterrânica, no nordeste dos Estados Unidos e no sudeste canadense. Essa planta também se ditribui no noroeste africano e na Ásia. O amieiro negro normalmente habita solos úmidos, sombreados e ácidos- como regiões alagadiças, pântanos.

Como mencionado acima, a parte utilizada da Frângula para obtenção dos princípios ativos naturais é a casca do tronco e de ramos. No entanto, vale salientar que a mesma deve ser utilizada seca - a casca fresca é tóxica. Dessa maneira, a casca da Frângula passa pelo processo de secagem. No caso da Frângula, espera-se cerca de um ano para a utilizaçao da mesma.

A casca fresca apresenta glicosídeos de antronas monoméricas. No processo de secagem,

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