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Vagalumes

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Por:   •  20/3/2015  •  1.478 Palavras (6 Páginas)  •  234 Visualizações

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Bioluminescência em Vagalumes

Caracterização das famílias

Entre os Coleoptera que se encontra o maior número de insetos luminescentes, nas famílias Elateridae e Lampyridae, e nos gêneros: Lmpyria, Lucíola, phrixothix, e outros. Os vagalumes ou pirilampos (do grego, pyris=fogo e lampis= luz) são os insetos melhor estudados sob o ponto de vista da luminescência. São pequenos besouros, pertencentes a duas famílias distintas: Elateridae e Lampyridae, que se caracterizam e se diferenciam, pela localização dos órgãos luminosos, e também pela intermitência ou não da luz por eles produzida.

Taxionomia

Nos Lampyridae, família do verdadeiro vagalume, vulgarmente chamados “pisca-pisca”, pela intermitência da sua luz, os órgãos luminosos estão localizados na face ventral dos últimos segmentos abdominais, ou nas partes laterais do abdome; e nos Elateridae, eles se localizam no pró-tórax, em posição dorsal posterior. Tanto nos Lampyridae como nos Elateridae, os órgãos luminosos se apresentam como manchas ou faixas de coloração amarelada. Também a coloração da luz emitida pode auxiliar o reconhecimento desses dois grupos de vagalumes; assim, nos Elateridae a luz é de uma bela cor azul-esverdeada, ao passo que nos Lampyridae ela é amarelada e brilhante.

Estrutura

A estrutura do órgão fotogênico nos Elateridae, os órgãos fotogênicos ou luminoso estão situados no dorso do pró-tórax, e se apresentam como duas manchas laterais e posteriores, de coloração amarelo opaca, são de forma lenticular e contorno circular. É aceito que a luz por esses órgãos sirva para facilitar a aproximação dos sexos, o que parece oferecer provas satisfatórias.

A estrutura geral de um órgão fotogênico ou luminoso é a seguinte: consta de uma parte ou camada externa, que é fotogenia, e uma parte ou camada interna, que a refletora; traqueias e nervos penetram ambas as camadas, sendo em maior abundancia na camada externa; uma cutícula cobre todo o órgão, sendo mais fina e mais transparente, formadas por grandes células dispostas em lóbulos, que estão associadas com grandes ramos traqueais. A distribuição exata das traqueias varia nas diferentes espécies, porém, a disposição é tal que fornecem abundante provisão de oxigênio. A camada refletora é composta também de grandes células, cujo citoplasma contém numerosos cristais de urato; elas têm uma coloração leitosa aparente, e funcionam como um anteparo, distribuindo a luz incidente e prevenindo sua dispersão interna.

A vida dos pirilampos

Os lampirídeos tem ciclo biológico longo. Variam muito de cor, do castanho-claro ou escuro ao castanho-amarelado ou avermelhado. As lanternas ficam no ventre e variam de tamanho e disposição. Emitem luz esverdeada intermitente durante as poucas horas do entardecer. Habitam matas, campos, cerrados, preferindo os lugares úmidos e alagadiços como os brejeiros. Em algumas espécies as fêmeas também tem aspecto de larvas, que emitem sua luz por órgãos luminescentes situados no abdômen.

Elaterídeos tem cor variante do castanho-escuro ao marrom-avermelhado. Na parte anterior do tórax, duas manchas que, quando apagadas, tem coloração alaranjada. Usa-se achar que essas manchas são os olhos do pirilampo. Mas são suas ‘lanternas’. Uma terceira lanterna fica no abdômen e só entra em atividade quando o inseto está voando. É tão desenvolvida que chega a emitir um facho de luz de quase um metro de diâmetro. Esses vagalumes costumam voar muito alto, acima da copa das árvores. A luz que emitem é contínua. Na lanterna torácica, a luz tem uma tonalidade esverdeada. Na lanterna abdominal, é amarelo-alaranjada. O ciclo de vida dos elaterídeos é longo: dois ou mais anos. Os adultos vivem somente no verão, períodos em que se acasalam. Os ovos são postos em madeiras semi-apodrecidas no interior das matas. Após certa de quinze dias, surgem as primeiras larvas, que passarão quase dois anos comendo outros insetos e crescendo, até se transformarem nas pupas, que irão depois converter-se em insetos adultos.

Nos Fengodídeos, as fêmeas sempre tem aspecto larvar. São somente conhecidas como bondinho elétrico ou trem de ferro. Algumas espécies de fengodídeos emitem luz vermelha, a região da cabeça, e esverdeada no corpo. Outras emitem luz esverdeada em todo corpo. Os machos, alados, têm pontinhos luminosos em posição e número variáveis, todos no abdômen. Sabe-se que as larvas gostam de comer gongolos, o popular piolho-de-cobra. E são muito vorazes; sugam toda a parte mole do corpo do bicho, dispensando as partes duras. Emitem luz contínua e vivem no chão, à procura de suas presas.

Reprodução

Outro fator que impulsiona emissões luminosas é o de chamar atenção de seu parceiro ou parceira. O macho emite sua luz avisando que está se aproximando enquanto a fêmea pousada em determinado local emite sua luz para avisar onde está. Na reação química, cerca de 95% aproximadamente da energia produzida transforma-se em luz e somente 5% aproximadamente se transforma em calor. O tecido que emite a luz é ligado na traqueia e no cérebro, dando ao inseto total controle sobre sua luz. Infelizmente, os vagalumes estão ameaçados pela forte iluminação das cidades, pois quando entram em contato com essa forte iluminação, sua bioluminescência é anulada interferindo fortemente na reprodução, podendo até serem extintos.

Bioluminescência x Reação enzimática

A bioluminescência é a emissão de luz por um organismo vivo. Este fenômeno é devido a uma reação química (quimiluminescência), na qual a conversão de energia química em energia radiante e direta e 100% realmente eficiente, isto é, muito pouco calor é produzido neste processo. Por esta razão, a emissão desta luz fria e chamada luminescência.

A produção de luz é feita por componentes essenciais emissores de luz são a molécula orgânica e oxidável de luciferina, e a enzima luciferase, que são específicos para diferentes organismos.

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