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Vírus

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Por:   •  8/4/2014  •  Tese  •  1.956 Palavras (8 Páginas)  •  280 Visualizações

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Vírus (do latim virus, "veneno" ou "toxina") são pequenos agentes infecciosos (20-300 ηm de diâmetro) que apresentam genoma constituído de uma ou váriasmoléculas de ácido nucleico (DNA ou RNA), as quais possuem a forma de fita simples ou dupla. Os ácidos nucleicos dos vírus geralmente apresentam-se revestidos por um envoltório proteico formado por uma ou várias proteínas, o qual pode ainda ser revestido por um complexo envelope formado por uma bicamada lipídica.1 2

As partículas virais são estruturas extremamente pequenas, submicroscópicas. A maioria dos vírus apresentam tamanhos diminutos, que estão além dos limites de resolução dos microscópios ópticos, sendo comum para a sua visualização o uso de microscópios eletrônicos. Vírus são estruturas simples, se comparados acélulas, e não são considerados organismos, pois não possuem organelas ouribossomos, e não apresentam todo o potencial bioquímico (enzimas) necessário à produção de sua própria energia metabólica. Eles são considerados parasitasintracelulares obrigatórios, pois dependem de células para se multiplicarem. Além disso, diferentemente dos organismos vivos, os vírus são incapazes de crescer em tamanho e de se dividir. A partir das células hospedeiras, os vírus obtêm: aminoácidos e nucleotídeos; maquinaria de síntese de proteínas (ribossomos) e energia metabólica (ATP).3 4 5

Fora do ambiente intracelular, os vírus são inertes.1 2 Porém, uma vez dentro da célula, a capacidade de replicação dos vírus é surpreendente: um único vírus é capaz de multiplicar, em poucas horas, milhares de novos vírus. Os vírus são capazes de infectar seres vivos de todos os domínios (Eukarya, Archaea eBacteria). Desta maneira, os vírus representam a maior diversidade biológica do planeta, sendo mais diversos que bactérias, plantas, fungos e animais juntos.4 5

Índice

[esconder]

• 1 Histórico

• 2 Taxonomia

o 2.1 Classificação taxonômica

o 2.2 Classificação de Baltimore

• 3 Genoma

• 4 Estrutura

o 4.1 Partícula

o 4.2 Morfologia

• 5 Ciclo de replicação

o 5.1 Adsorção do vírus à célula

o 5.2 Entrada no citosol

o 5.3 Desnudamento do ácido nucléico

o 5.4 Transcrição e tradução da informação genética

 5.4.1 Síntese de mRNA

 5.4.2 Síntese de proteínas

o 5.5 Replicação do genoma viral

o 5.6 Montagem do vírion

o 5.7 Liberação de novas partículas virais

• 6 Vírus: seres vivos ou seres não vivos?

• 7 A origem dos vírus

• 8 Origem da diversidade genética viral

• 9 Doenças humanas virais

o 9.1 Prevenção e tratamento de doenças virais

 9.1.1 Vacinas virais

 9.1.2 Drogas antivirais

• 10 Agentes infecciosos subvirais

• 11 Referências

• 12 Ligações externas

• 13 Ver também

Histórico[editar | editar código-fonte]

Em meados do século XIX, Louis Pasteur propôs a teoria microbiana das doenças, na qual explicava que todas as doenças eram causadas e propagadas por algum “tipo de vida diminuta”, que multiplicava-se no organismo doente, transmitia-se para outro e o contaminava. Pasteur, no entanto, ao trabalhar com a raiva, constatou que, embora a doença fosse contagiosa e transmitida pela mordida de um animal raivoso, o micro-organismo não podia ser observado. Pasteur concluiu que o agente infeccioso estava presente mas era muito pequeno para ser observado através do microscópio.6

Em 1884, o microbiologista Charles Chamberland desenvolveu um filtro (conhecido como filtro Chamberland ou Chamberland-Pasteur), com poros menores que bactérias. Assim, ele conseguiu filtrar uma solução com bactérias, removendo-as por completo da solução.7 Em 1886, Adolf Mayer demonstrou que a doença do tabaco podia ser transmitida à plantas saudáveis pela inoculação com extratos de plantas doentes.8 9Em 1892, o biólogo Dmitry Ivanovsky fez uso do filtro Chamberland para demonstrar que folhas de tabaco infectadas trituradas continuavam infectadas mesmo após a filtragem.10 11 Ivanovsky sugeriu que a infecção poderia ser causada por uma toxinaproduzida pelas bactérias, mas ele não persistiu nesta hipótese.12 Em 1898, o microbiologista Martinus Beijerinck repetiu a experiência independentemente e ficou convencido que a solução filtrada continha um novo agente infeccioso, denominado de contagium vivum fluidum (fluido vivo contagioso).13 14 Ele também observou que este agente apenas se reproduzia em células que se dividiam, mas não conseguiu determinar se este seria constituído de partículas, assumindo que os vírus estariam presentes no estado líquido.15 Beijerinck introduziu o termo 'vírus' para indicar que o agente causal da doença do mosaico do tabaco não tinha uma natureza bacteriana, e sua descoberta é considerada como o marco inicial da virologia.16 A teoria do estado líquido do agente foi questionada nos 25 anos seguintes, sendo descartada com o desenvolvimento de teste da placa por d'Herelle em 1917,17 18 pela cristalização desenvolvida por Wendell Meredith Stanley em 193519 20 e pela primeira microfotografia eletrônica realizada em 1939 do vírus do mosaico do tabaco.21 22

Em 1898, Friedrich Loeffler e Paul Frosch identificaram o primeiro agente filtrável de animais, o vírus da febre aftosa(Aphtovirus).23 E em 1901, Walter Reed identificou o primeiro vírus humano, o vírus da febre amarela (Flavivirus).24 Em 1908, Vilhelm Ellerman e Olaf Bang demonstraram o potencial oncogênico de um agente filtrável, descobrindo o vírus da leucose aviária.25 E em 1911, Peyton Rous transmitiu um tumor maligno de uma galinha para outra, descobrindo o vírus do sarcoma de Rous, e demonstrando que o câncer

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