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A Neurofisiologia Sensibilidade Somática

Por:   •  20/5/2019  •  Ensaio  •  3.936 Palavras (16 Páginas)  •  305 Visualizações

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Neurofisiologia

Sensibilidade somática

        Os receptores sensoriais, por meio dos órgãos dos sentidos, são específicos para cada tipo de energia transformada:

Somático – sensibilidade mecânica, térmica e dolorosa.

Visual – captação de ondas luminosas.

Auditiva – captação das ondas sonoras.

Vestibular – movimentos da cabeça

Olfativa – sensação de odor.

Gustativa – sensação de paladar.

        

        O sistema nervoso somático é capaz de armazenar os estímulos similares por meio de 3 propriedades básicas:

1) amplitude ou quantidade do estímulo (velocidade dos potenciais de ação e número de receptores ativados).

2) aspectos qualitativos do estímulo (cor, tom, cheiro, etc.).

3) localização espacial do estímulo (somática, visão, audição).

Fisiologia dos receptores somáticos

        

        As sensações somáticas podem ser divididas em toque, pressão, vibração, estiramento, térmica, nocicepção e propriocepção. A informação espacial é codificada por regiões periféricas específicas capazes de alterar a atividade neuronal quando estimuladas – campos receptivos ou receptive fields (RF).[pic 1]

        É importante ter vários RF para que a percepção da área e do estímulo seja mais detalhada.

1) o tamanho do RF varia com o tipo de receptor e localização do receptor.

2) cada área é monitorada por um único receptor.

3) quanto maior a área, mais difícil localizar o estímulo.

        Os receptores sensoriais humanos são classificados como: mecanorreceptores, quimiorreceptores, termorreceptores ou fotorreceptores.

Obs.: Ver o teste de discriminação de dois pontos.

Grafestesia é a capacidade de, com os olhos fechados, identificar letras e desenhos feitos em sua pele.

Estereognosia é a capacidade de, com os olhos fechados, reconhecer objetos apenas com o tato.

Neurônios aferentes somatossensoriais

        Os corpos celulares dos neurônios somatossensorias localizam-se ou nos gânglios das raízes dorsais da medula ou em núcleos no tronco encefálico. Para que haja percepção do meio externo, o estímulo precisa ser convertido em um potencial de ação – transdução de sinal. A causa básica da alteração do potencial de membrana é a alteração da permeabilidade da membrana do receptor, que permite que os íons se difundam através dela alterando seu potencial. Quanto maior o estímulo, mais canais serão abertos e maior será a despolarização (mais rápida será a resposta).

Receptores externos; receptores viscerais; proprioceptores.

Adaptação

        Redução da sensibilidade na presença de um estímulo continuado. Os mecanorreceptores, por exemplo, diferem uns dos outros de acordo com sua resposta temporal:

Receptores de adaptação rápida → estímulo continuado → taxa de PA diminui rapidamente.

Receptores de adaptação lenta → estímulo continuado → taxa de PA diminui lentamente.

        As sensações somáticas de diferentes modalidades são mediadas por fibras nervosas periféricas que diferem em diâmetro e velocidade de condução. Fibras de grande diâmetro conduzem potenciais de ação mais rapidamente, pois a resistência interna ao fluxo de corrente ao longo do axônio é menor e os nodos de Ranvier são amplamente espaçados.

   [pic 2]

Velocidade de condução:

Fibra grossa mielinizada → 6x o diâmetro do axônio.

Fibra fina mielinizada → 5x o diâmetro do axônio.

Fibra amielinizada → 1,5 a 2,5x o diâmetro do axônio.

        Quando saem do gânglio e se aproximam da medula espinal (ME), as fibras de diâmetros diferentes se separam nas divisões mediais e laterais da ME:

Divisões mediais → fibras mielinizadas e de grande diâmetro (A alfa e A beta), informações proprioceptivas e cutâneas.

Divisões laterais → fibras pequenas e finamente mielinizadas (A delta) e fibras amielinizadas C, informações nociceptivas, térmicas e viscerais do mesmo dermátomo.

        Em um corte transversal, a medula é dividida em substâncias cinzenta e branca. A s. branca é dividida em 3 funículos (posterior, lateral e anterior) e cada funículo apresenta fibras de vários tratos e fascículos, logo, a s. branca representa uma via de passagem, as vias ascendentes são sensitivas e as vias descendentes são motoras.

        Em cada segmento espinal, a substância cinzenta é dividida em 3 regiões funcionalmente distintas: cornos dorsal, ventral e zona intermediária. A alfa terminam no corno ventral, A beta terminam na zona intermediária do corno dorsal, A delta e C terminam na parte mais dorsal da s. cinzenta.

        A separação funcional dos aferentes sensoriais é mantida nas vias para os centros superiores no encéfalo. A informação somatossensorial é transmitida para o tálamo e córtex cerebral por duas vias ascendentes. O sistema coluna dorsal-lemnisco medial transmite as informações tátil e proprioceptiva enquanto o trato espinotalâmico transmite informações dolorosas e térmicas. Uma terceira via, o trato dorso-lateral, transmite informação somatossensorial da metade inferior do corpo ao cerebelo.

        As informações transportadas pelos axônios de grande diâmetro são transmitidas para o giro pós-central do neocórtex e, então, para as regiões corticais envolvidas com o controle motor e a cognição. As informações originadas nos axônios de pequeno diâmetro  viajam para o córtex somatossensorial primário, mas também para as regiões corticais envolvidas com funções autonômicas e emoções, como a ínsula e o córtex cingulado anterior.        

        Divisão anatômica:

        Os tratos ascendentes conduzem informações aferentes que podem ou não chegar a consciência, informações essas que são divididas em exteroceptivas e proprioceptivas num arranjo que geralmente engloba 3 neurônios.

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