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Aflatoxina

Por:   •  10/11/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.228 Palavras (5 Páginas)  •  249 Visualizações

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Introdução

A Aflatoxina é um tipo de toxina produzida por fungos, como o Aspergillus flavus, que muitas vezes parece esverdeada a olho nu, mas é, de fato, inodora e não possui cor nem sabor. O fungo Aspergillus flavus existe no solo e produz aflatoxina, quando permanece em um ambiente bem oxigenado, húmido e temperado, em regra, de 28 a 33℃. A aflatoxina encontra-se, geralmente, nos amendoins, espigas de milho, cereais e seus derivados. Os animais podem acumular aflatoxinas no seu organismo através da ingestão de alimentos contaminados e, por isso, podem passá-las para a carne e produtos lácteos. As aflatoxinas são resistentes a altas temperaturas e, como tal, não são eliminadas durante a cozedura dos alimentos.

AFLATOXINA é a denominação dada a um grupo de substâncias que atualmente são conhecidas 20,  muito semelhantes, e que são tóxicas para o homem e para os animais. Elas são produzidas, principalmente, por dois fungos (bolores) denominados Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus, que se desenvolvem sobre muitos produtos agrícolas e alimentos quando as condições de umidade do produto, umidade relativado ar e temperatura ambiente são favoráveis. Os quatro principais metabólitos são identificados como B1 e B2  (por apresentarem fluorescência violeta, quando observadas sob luz ultravioleta) e G1 e G2. Duas outras substâncias denominadas M1 e M2 foram detectadas no leite, urina e fezes de mamíferos, resultantes do metabolismo das B1 e B2.  Além dessas, os fungos produzem outras toxinas como os ácidos ciclopiazônico, oxálico, cójico, aspergílico e beta-nitropropiônico e, também, esterigmatocistina, aspertoxina e uma substância tremorgênica. A ocorrência das aflatoxinas é maior no amendoim porque este é o produto preferido pelo fungo e muitas vezes há demora e chuvas no período de secagem. Entretanto, sua maior incidência se dá quando o amendoim é batido, ensacado e armazenado com umidade elevada e quando reumedece depois de estar seco. Além do amendoim a aflatoxina pode ser encontrada em muitos outros produtos, tais como, milho, centeio, cevada e outros cereais, sementes oleaginosas, nozes, castanha-do-brasil, produtos curados etc.

Causas e Sintomas

O público fica exposto às aflatoxinas principalmente através da ingestão de alimentos contaminados, podendo a sua toxicidade assumirem as formas aguda ou crónica.

 

1.       Impacto agudo: A ingestão de elevadas doses de aflatoxinas num curto espaço de tempo pode causar uma intoxicação alimentar aguda, mas, hoje em dia, tais casos são raros nas sociedades desenvolvidas. Os seus sintomas clínicos são a febre, vómitos e icterícia, mas pode causar uma lesão hepática aguda que, nos casos mais graves, pode ser fatal.

 

2.       Impactos crónicos: Como os alimentos podem estar contaminados com doses ínfimas de aflatoxinas, o seu consumo, em longo prazo, pode causar cancro do fígado.

 

Efeitos

Quando consumidas em doses elevadas as aflatoxinas podem ser letais, porém, no caso de exposições subletais podem levar a toxicidade crônica, o que resulta em neoplasias em diversas espécies de animais. Os efeitos tóxicos apresentados dependem da estrutura química da toxina, da sua concentração nos alimentos e rações, do tempo de exposição, animal afetado, quantidade consumida, sexo e estado nutricional. Os primeiros efeitos agudos observados são danos estruturais e funcionais no fígado, incluindo necrose celular, hemorragias, lesões, fibrose e cirrose. Quando a exposição às toxinas causa efeitos crônicos, pela ingestão de pequenas doses por longo período, pode conduzir a efeitos mais significativos do que a exposição aguda. O consumo de rações contendo farelo, milho, ou qualquer outro alimento contaminado com aflatoxinas, pode causar a morte de animais ou diminuir o seu desempenho, desenvolvimento e produção, de maneira que só será percebida quando o prejuízo já ocorreu. Alimentos e rações contaminados com aflatoxinas ingeridos por mamíferos podem acarretar o aparecimento de produtos de biotransformação destas toxinas em seu leite e consequentemente em seus derivados.

Como toda a cadeia alimentar pode ser afetada pela contaminação, o controle de qualidade da matéria-prima para a fabricação de rações pode ser uma medida eficaz contra as aflatoxinas. Com o objetivo de reduzir a umidade do grão, alguns agricultores fazem uso da colheita tardia, o que pode aumentar a incidência de insetos nos grãos e também favorecer a contaminação.

Tratamento

O tratamento da aflatoxina é ainda um grande desafio, no entanto, medidas preventivas permanecem como arma mais eficaz. A adoção de técnicas de cultivo e manejo que torne impossível o crescimento fúngico em cereais, o conhecimento da fisiologia, desenvolvimento dos fungos, e da produção de toxinas pelos mesmos são ações que devem ser levadas em consideração.

Conclusão

A presença de aflatoxinas em grãos e alimentos tem sérias implicações na saúde humana e animal. Inúmeros casos de neoplasias em humanos podem estar diretamente relacionados à alimentação e à presença de aflatoxinas na dieta. A melhor forma de prevenção da contaminação de alimentos são as boas práticas agrícolas, transporte e armazenagem, além de uma legislação que assegure a qualidade dos produtos tanto de origem vegetal como animal. Assim, é necessário um trabalho conjunto entre produtores, indústria e a vigilância sanitária, de forma a contribuir com a caracterização dos fatores de risco à saúde humana em relação à contaminação dos alimentos por aflatoxinas. Novas pesquisas já vêm sendo desenvolvidas, mas muito ainda há que ser feito no sentido de desenvolver compostos que possam ser incluídos na dieta para minimizar os efeitos das aflatoxinas, ou mesmo amenizar ou combater os efeitos das aflatoxinas.

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