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Edução Formal

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Por:   •  22/2/2014  •  602 Palavras (3 Páginas)  •  824 Visualizações

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Relações Entre Educação Patrimonial e Educação Formal e Não Formal - Texto de Marla O'Hara

Relações Entre Educação Patrimonial e Educação Formal e Não Formal

Há manifestações restritas a certos grupos que são consideradas Patrimônio Cultural, título conferido por governos e outras instituições formais.

Até atingirem tal status, muitas delas passam por discriminações, perseguições, desprezo. A cultura não é neutra. Formada ao longo do tempo e do espaço traz em seu bojo todas as contradições e conflitos inerentes à sua existência. Portanto, não é estática. Transforma-se-a infinitamente.

Nas diversas modalidades em que se considera patrimônio poder ser classificado, a escolha daquilo a ser assim chamado, requer embates políticos e ideológicos. No caso das danças e a música dos Garífuna, na Guatemala, existe toda a ideia de pertencimento a um grupo étnico-cultural em luta por consubstanciar a própria identidade gerando crises entre seus membros. O processo de transformação nos meios de subsistência e a disputa de territórios com outros agrupamentos interferem sobremaneira fazendo com que as manifestações outrora orgânicas descolem-se e consubstancie-se em manifestação folclórica figurando em apresentações comemorativas muitas vezes.

Em relação ao Mistério de Elche, na Espanha, a própria igreja católica trata de metamorfosear-se de acordo com os coloridos locais permitindo, através de certa tolerância, a sua própria continuidade. De origem medieval, este teatro lírico primitivo teve uma autorização especial do Papa Urbano VIII para poder se realizar. A fé, assim, gera estética. Ou seria vice e versa?

O Oficio das Paneleiras de Goiabeiras no Espírito Santo, Brasil, fez da necessidade do dia a dia objeto de estudo acadêmico por também estabelecer uma continuidade de processo típico até os dias de hoje. Tendo de concorrer com artefatos de mesma natureza, mas já incorporando máquinas e fontes de energia mais modernas, sofre ainda com questões ambientais e sociais.

Educar-se através destas manifestações é fazer parte de um debate e de outras ações onde estão em jogo interesses políticos, econômicos, afetivos. É certo ser o passado novidade e o conhecimento fazer-se por acúmulos. Ninguém constrói sobre nada. A criticidade deve permear tais discussões. A escola que parte da realidade ou realidades de onde está inserida e quer-se mais produtora de conhecimento que reprodutora, abordará tais fenômenos mediante projeto realista e prático. A “verdade” estará no descompasso, no bom sentido, entre tal projeto e o fato em si.

Por outro lado, se os órgãos públicos e privados, responsáveis ou comprometidos pelo patrimônio, de que natureza for, quiserem desencadear procedimento a fim de informar a população em geral de suas ações, estarão confundindo-se, sob certo ponto de vista, com a própria escola. Embora tais papéis mudem ao sabor da “moda” intelectual, se assim podemos dizer, em voga, de acordo com o espírito da época e do lugar, não devem transformar seus objetivos em “turismo dos pobres”, como se dizia no passado em relação à Geografia. Suas ações e discursos, não carentes do didatismo, encaminhar-se-ão de acordo com seus próprios

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