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Espaço Miguel Torga

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Por:   •  11/10/2014  •  1.199 Palavras (5 Páginas)  •  765 Visualizações

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Souto Moura entre o do Modernismo e Pós-Modernismo

Pareceu-nos importante fazer uma contextualização dos movimentos presentes na carreira de Souto de Moura e qual a sua relação com os mesmos.

Arquitetura moderna é uma designação genérica para o conjunto de movimentos e escolas arquitetônicos que vieram a caracterizar a arquitetura produzida durante grande parte do século XX (especialmente os períodos entre as décadas de 10 e 50), inserida no contexto artístico e cultural do Modernismo. O termo modernismo é, no entanto, uma referência genérica que não traduz diferenças importantes entre arquitetos de uma mesma época.

Uma das principais banderias dos modernos é a rejeição dos estilos históricos pricncipalmente porque acreditavam ser a devoção ao ornamento .

Esta filosofia vira a ser adoptada pela Bauhaus fundada por Walter Gropius e pelo Movimento Moderno, e é resumida na fórmula dos três “efes”, “form follows function” do arquitecto americano Louis Sullivan, tambem foi muito marcada pela frase do Arquiteto Mies “Less is More”. Mies foi um dos grandes mentores do movimento e na altura produzia uma arquitetura que procurava a forma pura, com espaços interiors continuos e fluidos.

O Funcionalismo enquadra-se na corrente Racionalista da Arquitectura do século XX, tendo origem na conjuntura social do pós Primeira Guerra Mundial com o rápido desenvolvimento industrial, a mecanização dos transportes e um grande crescimento populacional urbano.

As transformações inerentes ao segundo pós-guerra materializada nos movimentos culturais da década de 50 do século XX marcaram a transição entre o moderno e o pós-moderno. Novas propostas de caráter metodológico inserem-se em todos os campos da produção artísticas. Esse período coincide com o desaparecimento de um dos grandes mestres do movimento moderno, Le Corbusier. Um conjunto de arquitetos propõe projetos com novas formas e símbolos inéditos, com vínculo no resgate do passado . O modernismo em Portugal desenvolveu-se aproximadamente no início do século XX até ao final do Estado Novo, na década de 1970.

O pós-modernismo surge nos anos 60 do século XX. O contexto histórico da

contracultura, numa fase de total transformação com ideias e estratégias projectuais diferentes das defendidas e criadas pelo período moderno fazem a grande crítica ao estilo internacional, ao mesmo tempo em que se reavaliava a importância do contexto histórico no desenvolvimento de novos projetos de arquitetura. Para o autor “(…) a arbiteraridade usada no pós modernismo é ridicula, a sua falta de rigor para o programa de recuperação de liguagens historicas, na sua critica à priferia e à desumanização (…)

Quando em 2011 o Arquiteto Souto Moura ganhou o Pritzker o júri, reconheceu o espírito inovador de Souto de Moura, que “já nas suas primeiras obras, realizadas nos anos 1980, (…) nunca adotou as tendências de momento. Àquela época, ele estava fora de moda, uma vez que desenvolveu seu caminho individual durante o auge do pós-modernismo”. Ao licenciar-se em arquitetura pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto, Souto de Moura travou contato com Siza Vieira e Fernando Távora, que desenvolviam, um estilo de arquitectura sob inspiração do modernismo. “Eu fui formado em pleno pós modernismo, massacrado pelo pós-modernismo, e como estudante vi no Mies o ar fresco, a capacidade de dizer coisas simples e banais, que aquilo de que a arquitetura precisava”

As necessidades pragmáticas de uma sociedade de massa colocaram, para Souto de Moura, o desafio de reescrever o espaço urbano. Ele incorporou, nesse sentido, as influências de Ludwig Mies van der Rohe e do movimento moderno. Para Souto de Moura, o contexto subsequente à Revolução dos Cravos impunha a necessidade de “uma linguagem clara, simples e pragmática para reconstruir um país, uma cultura, e ninguém melhor que o proibido Movimento Moderno poderia responder a esse desafio (…). Se ‘arquitetura é a vontade de uma época traduzida num espaço’, Mies van der Rohe abriu-nos as portas na redefinição da disciplina tão massacrada até então, pela linguística, semiótica, sociologia e outras ciências afins. O importante é que a arquitetura fosse ‘construção’ , com a urgência, que nos pedia o país”. “As ferramentas operacionais para a acção não se encontravam em discussões de gosto, tentamos descobrir as formas corretas, programas e sistemas construtivos, e desse ponto de vista a Arquitetura Moderna, é pura e simples e dava-nos uma linguagem para resolver os problemas.”

Os tempos atuais, da pós-modernidade e da alta tecnologia, têm sido reiteradamente associados ao desejo, não muito claro (na verdade, um dos principios do homem contemporâneo é o de que, cada vez mais, nada é

muito claro) de ocultamento, de alternar

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