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Florística E Estrutura Da Vegetação Arbustivo-arbórea

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Por:   •  21/2/2014  •  5.128 Palavras (21 Páginas)  •  290 Visualizações

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Florística e estrutura da vegetação arbustivo-arbórea das Areias Brancas do Parque Nacional Serra de Itabaiana/Sergipe, Brasil

TÚLIO VINICIUS PAES DANTAS1,4, JOSÉ ELVINO DO NASCIMENTO-JÚNIOR2, ADAUTO DE SOUZA RIBEIRO3, ANA PAULA DO NASCIMENTO PRATA2

Título resumido: Florística e estrutura da vegetação das Areias Brancas

ABSTRACT – (Floristic and structure of the shrub and tree vegetation of White Sands of Serra de Itabaiana National Park/Sergipe,Brazil) The Serra de Itabaiana National Park distinguish whether for phytophysiognomic diversity, among these, a locally know as White Sands, an open vegetation, ranging from herb-shrub to shrub-tree and classified by some authors as restinga or cerrado, depending on the sized. In intention to characterize and classify vegetational type were selected two sites in White Sands of Serra de Itabaiana National Park and built a list following deposited material in the ASE Herbarium and additional sampling. To phytosociological study was used wandering quarter method, sampling all individuals with trunk circumference (> 15cm) at breast height (1,30m). Was verified, at the White Sand, the occurrence of 193 species in the 145 genera and 60 families, and are mostly represented by herb and shrub species. Highlights to high number of species found in White Sands when comparad with studies conducted throughout National Park. There are significant floristic similarity between sampling sites, but structurally the two areas should be considered as different sucessional faces, by changes in density, height and dominance. Even with plant species in common, the White Sands of the National Parque can not be classified as restinga or cerrado for not have common origins of these formations. The White Sands should be considered as an ecological refuge, a azonal vegetation derived from the special conditions of substrate formation

Key words - ecotone, refuge, succession

RESUMO - (Florística e estrutura da vegetação arbustivo-arbórea das Areias Brancas do Parque Nacional Serra de Itabaiana/Sergipe, Brasil). O Parque Nacional Serra de Itabaiana destaca-se pela diversidade fitofisionômica, dentre estas, uma conhecida localmente por Areias Brancas, uma vegetação aberta que varia de arbustiva-herbácea a arbustiva-arbórea e classificada por alguns autores como restinga ou cerrado, a depender do porte. Com intuito caracterizar e classificar esta fitofisionomia foram selecionadas duas áreas amostrais de Areias Brancas no Parque Nacional Serra de Itabaiana e construída uma listagem de acordo com o material depositado no Herbário ASE e de coletas adicionais. Para o estudo fitossociológico foi utilizado o método dos quadrantes errantes, amostrando todos os indivíduos com circunferência do tronco (> 15cm) a altura do peito (1,30m). Foi verificada nas Areias Brancas do Parque, a ocorrência de 193 espécies, distribuídas em 143 gêneros e 60 famílias, sendo, em sua maioria, representadas por espécies herbáceas e arbustivas. Destaca-se o alto número de espécies encontradas nas Areias Brancas quando comparado com estudos realizados em todo Parque Nacional. Há similaridade florística significativa entre as áreas amostradas, porém estruturalmente as duas áreas devem ser consideradas como diferentes fisionomias sucessionais pelas variações de densidade, altura e dominância. Mesmo possuindo espécies vegetais em comuns, as Areias Brancas do Parque Nacional não podem ser classificadas como restinga ou cerrado por não possuir características de origem comuns a estas formações. As Areias Brancas devem ser consideradas como um refúgio ecológico, uma vegetação azonal derivada de condições especiais da formação do substrato.

Palavras-chave - ecótono, refúgio, sucessão

Introdução

O Estado de Sergipe é o menor estado da Federação brasileira, possuindo uma extensão aproximada de 21.994 km2 (Embrapa 1975) apresenta uma pequena cobertura vegetal primitiva, possuindo algumas manchas de floresta costeira, matas de Restingas e Caatingas (Andrade & Santos 1985).

O Parque Nacional Serra de Itabaiana está situado em uma área de ecótono entre Mata Atlântica e Caatinga, em uma zona de transição denominada de agreste, na qual coexistem espécies da flora de ambos os ecossistemas limítrofes. A posição geográfica do Parque Nacional lhe garante características especiais que favorecem a existência de diversos tipos vegetacionais a depender do solo e do relevo no qual se encontram. A devastação causada pelo homem resultou no isolamento dos fragmentos florestais da Serra em relação às florestas costeiras, e o próprio Parque Nacional já foi bastante devastado antes de sua implantação, resultando em um gradiente de vegetação em diversos estádios de regeneração, existindo poucas áreas de vegetação primária e contínua (Franco, 1983, Vicente et al. 2005).

As formações vegetais florestais do Parque Nacional são compostas por florestas secundárias localizadas nas encostas e acompanhando os riachos que recortam a Serra. As formações não florestais, por sua vez, foram classificadas em quatro diferentes habitats naturais: Areias Brancas, Vegetação Arbustiva, Áreas Úmidas e Áreas com Gramíneas e Ciperáceas (Vicente et al. 1997).

No habitat das Areias Brancas, uma comunidade arbustivo-herbácea esclerófila é distinta das vegetações de matas estacionais e de Caatinga hipoxerófila, características das regiões do agreste do Estado de Sergipe. A associação dos indivíduos em moitas é um atributo desta comunidade. As moitas podem ser formadas por indivíduos da mesma espécie, como Vellozia dasypus e Melocactus zehntneri (Vilar et al. 2000) ou por diversas espécies em moitas mais complexas (Vicente et al. 2005).

Neste habitat, os solos são compostos inteiramente por areias brancas, comuns na face leste da Serra de Itabaiana e Serra Comprida, que conjuntamente com a Serra do Cajueiro, formam o complexo de Serras que compõem o Parque Nacional Serra de Itabaiana. Estes solos são formados por areias quartzosas distróficas, excessivamente drenados, moderado a extremamente ácidos e de baixa fertilidade natural (Embrapa 1975).

Observações e estudos nestas áreas têm descrito esta vegetação de uma maneira confusa em relação a sua caracterização. Ora esta vegetação era caracterizada como restinga (Governo de Sergipe

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