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Lóris, O único Primata Venenoso

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Por:   •  6/1/2015  •  714 Palavras (3 Páginas)  •  439 Visualizações

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Resumo: Sabe-se que existem apenas sete tipos de mamíferos que são venenosos, entre os quais está lóris (Loris tardigradus). Ainda são se sabe tudo sobre o veneno que estes primatas produzem, mas as investigações realizadas revelam que a produção de veneno é activada pela combinação do óleo produzido na glândula braquial e a saliva e assemelha-se à estrutura heterodimérica da ponte dissulfureto de Fel-d1. Pensa-se que as funções do veneno são sobretudo as seguintes: matar as presas, defender-se de parasitas, membros da mesma espécie e até dos predadores.

Palavras-chave: primatas, veneno, adaptação fisiológica

Os lóris (Nycticebus sp.), são pequenos primatas perfeitamente adaptados à vida nocturna que se encontram espalhados pelas selvas asiáticas, movem-se muito devagar pelas árvores para não chamarem a atenção das suas presas e predadores. É o único primata venenoso do mundo, sendo capaz de matar um humano adulto com a sua dentada (Fábio Paschoal, 2013). Actualmente, encontra-se em risco de extinção devido à destruição de habitat, tráfico ilegal e grande procura como animal de estimação e o seu uso na medicina tradicional (Schulze and Groves e Streicher, 2004).

Os lóris selvagens alimentam-se maioritariamente de frutos e insectos, mas a sua dieta é muito variada incluindo sementes e seiva de árvores. Algumas espécies alimentam-se até de pequenos mamíferos e pássaros (Barrett, 1984). Como são vendidos nos mercados de animais exóticos, os comerciantes para evitarem a dentada venenosa do animal, arrancam ou cortam os dentes da frente, resultando na morte de maior parte dos animais devido ao abcesso ou pneumonia. Os poucos que sobrevivem já não são capazes de se alimentar de acordo com a sua dieta habitual, por isso têm poucas probabilidades de sobrevivência ao serem libertados no meio selvagem (Wiens et al, 2006).

Existem diversas espécies e subespécies de lóris, porém todos têm características em comum, são animais de pequenas dimensões com grandes olhos adaptados para a visão nocturna e as suas mãos e pés assemelham-se às dos humanos, conseguem permanecer agarrados a troncos de árvores e imóveis durante muito tempo devido a uma rede de vasos sanguíneos especializados nos seus membros. Mas a característica fisiológica que distingue estes animais de tantos outros é a presença de um par de glândulas braquiais que segregam uma substância que misturada com a sua saliva torna-a venenosa. Ao se sentir ameaçado, o lóris eleva os seus braços numa postura defensiva, lambendo assim a glândula braquial e misturando assim a toxina aí existente com a saliva. Os seus dentes também são bastante eficientes no que toca à injecção de veneno (Alteman, 1995).

Krane (2003) fez uma extracção de fluidos da glândula braquial de um espécime de zoo, e analisou a substância utilizando vários métodos, tendo sido a cromatografia líquida de alta performance (HPLC) o mais eficaz para identificar compostos orgânicos presentes na amostra. Concluíram que o fluido contém uma proteína com uma estrutura semelhante à estrutura heterodimérica das pontes de dissulfeto de Fel-d1.

A mordida de lóris pode causar doenças e até a morte em humanos. As doenças até à data registadas associadas com a mordida de lóris incluem reacções alérgicas

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