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Teoria Das RIs

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Por:   •  17/11/2013  •  6.640 Palavras (27 Páginas)  •  593 Visualizações

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Aula 04 – 15/08/2013

 Todos os textos:

Login: teoriadasri1@yahoo.com.br

Senha: Iuperj2013

 Funcionalismo:

 Corrente liberal que surge depois da 2ª GM, focando na preocupação liberal da cooperação.

--- Reconhece que a maior proximidade entre os Estados faz com que eles tenham que resolver problemas fundamentais em comum (ex: transporte – mandar uma carga do Brasil para a Europa; mares territoriais; aviação; etc.)-

--- David Mitrany percebe que existem diferentes tipos de funções que os Estado desempenham: algumas funções mais técnicas e algumas funções políticas.

- Funções Políticas: mais sensíveis/problemáticas: a dinâmica política

- Funções Técnicas: mais burocráticas: só enviar um especialista na matéria.

--- “Peace by pieces”: primeiro se começa uma cooperação mais técnica que vai gerar uma burocracia, uma pre-disposição dos Estados para resolver problemas no diálogo até que o processo de cooperação técnica gere uma cooperação de funções políticas: a prática da cooperação técnica transborda (spill over) em funções políticas. Dessa forma, a dinâmica da cooperação será um processo de socialização.

- Ex: Processos de integração regional: União Europeia: começa com a questão do carvão e do aço até a criação da UE com moeda única, etc.

--- Mitrany critica a Liga das Nações dizendo que ela foi criada diretamente nas funções políticas, pulando a etapa das funções técnicas.

- A vertente do funcionalismo não foi muito vista na empiria com exceção da União Européia.

 Neofuncionalismo:

--- Autor mais importante: Ernst B. Haas

--- Learning: cooperação como processo de aprendizagem. Todavia, para Haas, a aprendizagem da cooperação somente funciona quando os Estados se interessam no aprendizado. Não existe uma linha certa de funções técnicas e funções políticas. O Estado só precisa se interessar na função, não dependendo se ela é técnica ou política.

--- Grupos de interesse: (ex: sindicato de trabalhadores que quer ter mobilidade) não precisa ser necessariamente Estados. Os sindicatos (por ex.) podem pressionar a União Europeia para que os Estados cooperem para melhorar a mobilidade dos trabalhadores. Podem ser ONGs, sociedade civil, empresas, OIs, etc.

 Hoje em dia, as teorias funcionalistas e neofuncionalistas não são muito estudadas por falta de empiria que lhes dê base.

 Vinte anos de crise:

 Livre Comércio: depois da 1ª GM, os Estados começaram a levar políticas protecionistas, principalmente depois da crise de 1929. Por isso não há mais cooperação através do comércio.

 Instituições: falência política da Liga das Nações, não havendo cooperação pelas instituições.

 Democracia: os Estados europeus apresentam uma tendência crescente ao Autoritarismo (Nazismo, Fascismo vão se firmando), desfavorecendo a cooperação.

--- Neste contexto, vê-se um descompasso entre a teoria acadêmica estudada em Relações Internacionais recente criada e a prática dos acontecimentos da política internacional. E.H. Carr identifica que isso era um problema da disciplina que não conseguia compreender os elementos políticos das RI.

--- Carr cria o livro “Vinte anos de crise”, onde ele apresenta uma análise da conjuntura. Depois desse livro, vão começar a dizer que o liberalismo era utópico, pensando numa teoria que não dialogava com a prática internacional. Assim, ele faz uma crítica às RI, devendo observar os elementos reais da política internacional.

--- Carr identifica que sempre que uma área nova é criada, deve-se observar sempre um otimismo/desejo muito maior do que a objetividade acadêmica. No caso das RI, quando a disciplina é criada, o desejo de resolver o conflito era maior do que estudar o por que da guerra acontecer. Dessa forma, em 1929 é criado o Pacto de Rellogg-Briand que proíbe os Estados de fazerem a guerra ofensiva. Isso exemplifica o grande desejo de proibir a guerra para nunca mais ter guerra, o que não acaba com o problema da ameaça da guerra.

- Para Carr, deve-se ter o balanço entre o desejo/otimismo com a objetividade/conhecimento da realidade. Por isso que Carr não pode ser considerado um realista, pois ele pensa que a utopia (desejo/otimismo) tem a sua importância, devendo somente apaziguá-las com a objetividade realista. Sendo assim, Carr pode ser classificado como um Realista Crítico. Ele pode ser caracterizado também como um marxista.

--- Existe uma diferença do liberalismo do Séc. XIX (Grã-Bretanha) e o liberalismo do Séc. XX (EUA): no Séc. XIX não havia uma diferença entre o liberalismo teórico e a realidade da política internacional. Já no Séc. XX começa a haver uma disparidade entre o liberalismo teórico com a prática. Para Carr, isso representa a vontade dos teóricos de resgatar o cenário pretérito à 1ª GM.

Aula 06 – 22/08/2013

 O Realismo Clássico:

--- Car faz uma análise de conjuntura do período entre guerras, apontando o descompasso teórico que havia entre o liberalismo e a realidade da política internacional. Por isso que Carr chama o liberalismo de utopismo (o desejo que os liberais possuíam em fazer a paz era maior do que a capacidade das teorias de dar conta dos encaminhamentos da política dos Estados)

--- A política internacional deveria ser visualizada como uma perspectiva de poder.

--- O realismo não legitima a questão do conflito, mas visualiza que a dinâmica de poder deve ser estudada para evitar a guerra.

--- Carr fala que o utopismo dos liberais é uma pretensão do próprio indivíduo, sendo algo importante de ser mantido. Deve-se equilibrar o utopismo com as questões fáticas reais.

--- Pós 2ª GM: acontece a Guerra Fria:

--- A Guerra Fria cria a bipolaridade trazendo as armas nucleares. As armas nucleares eleva essa disputa de poder para um patamar global.

--- Ascenção dos EUA como potência: os EUA, embora liberais, não usavam medidas

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