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Por:   •  7/1/2013  •  1.873 Palavras (8 Páginas)  •  754 Visualizações

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SWATCHMOBILE: É A HORA CERTA PARA CARROS PEQUENOS?

Se alguém lhe perguntasse o que um relógio Swatch e um automóvel Mercedes-Benz têm em comum, você provavelmente responderia: “não muito”. Você poderia até pensar que a pergunta fosse o início de uma anedota. Afinal, o Swatch é um relógio da moda, descartável, que custa entre 35 a 50 dólares, com peças de plástico e fabricado em linhas de montagem. A Mercedes, ao contrário, orgulha-se de fabricar os “carros mais bem projetados e construídos do mundo” — máquinas de grande complexidade, projetadas por engenheiros que não medem esforços nem dinheiro e que nem sequer fazem concessões.

UM CASAMENTO INVEROSÍMIL

Bom, tudo isso é verdade, mas , na verdade, a Swiss Corporation for Microeletronics and Watchmaking Industries (SMH) e a Mercedes-Benz têm uma coisa em comum — o Swatchmobile. Em 1994, as duas empresas anunciaram que desenvolveriam em conjunto um carro inovador, subcompacto, económico, projetado para alcançar velocidades até 150 quilómetros por hora com um consumo de 1 litro por 30 quilómetros ao preço de aproximadamente de 10 mil dólares. A idéia por trás dessa joint venture era combinar a experiência e o conhecimento da Mercedes no projecto e fabricação de automóveis com a experiência e o conhecimento da SMH na microtecnologia e na produção automatizada.

O DESENHO DO CARRO

O conceito do Swatchmobile resultou do trabalho de dúzias de engenheiros em calças de ganga e t-shirts que trabalharam sem descanso dentro de uma garagem secreta em Biel, na Suíça. Conceberam um carro de dois lugares, que combinaria as características de segurança do Mercedes com a moda de ter um relógio Swatch. Além de alcançar altas velocidades com grande economia de combustível, o Swatchmobile seria 20 por cento menor do que um carro compacto típico–seria possível estacioná-lo em qualquer lado e em qualquer tipo de estacionamento! Para que tudo isso se concretizasse, os engenheiros projectaram um motor de 600cc (centímetros cúbicos) e três cilindros, que poderia funcionar com gasolina, eletricidade ou com uma combinação de ambas, e pesava um décimo do típico motor a gasolina com a mesma potência.

Esse casamento inverosímil é também o resultado das realidades do mercado. A Swatch, depois do sucesso que alcançou com os relógios, estava à procura de outra coisa para associar o seu nome. Tinha experimentado telefones, óculos de sol e outros — todos sem muito sucesso. Neste espaço de tempo, a Mercedes viu as vendas descerem em 11 por cento no início da década de 90 por causa da concorrência cerrada dos japoneses no mercado de carros de luxo. A Mercedes percebeu que precisava de atrair os compradores que não tinham condições de adquirir um dos seus carros tradicionais. Ela já tinha anunciado os seus planos para lançar um modelo compacto de quatro lugares denominado “Vision A” por cerca de 18 mil dólares em 1997.

Além disso, muitas empresas do sector automobilístico estavam a começar a desenvolver conceitos de carros mais pequenos. Elas temiam que as grandes cidades viessem a excluir os carros convencionais devido às preocupações com a poluição. Por isso, as empresas pretendiam dar início a projectos de carros menores que causassem menos poluição. Muitas delas estavam já a pensar em carros eléctricos.

CARROS MICROCOMPACTOS

Swatch e Mercedes formaram uma joint-venture com o nome de Micro Compact Car AG (MCC) para desenvolver o novo veículo. Nicolas Hayek, o homem que conduziu a Swatch ao sucesso, inicialmente era proprietário de 49 por cento da empresa e a Mercedes, dos outros 51 por cento. Desde então, a Mercedes passou a comprar a participação de Hayek e agora é a única proprietária. A sede da empresa fica em Biel e nela trabalham 80 pessoas. Há ainda um centro tecnológico em Renningen, na Alemanha, com 170 pessoas.

A MCC investiu cerca de 507 milhões de dólares na pesquisa e no desenvolvimento do novo carro e os seus investidores entraram com mais 507 milhões na nova fábrica e em equipamentos. A MCC produzirá os carros em Hambach, na França. Quando a fábrica estiver a operar com sua capacidade total, empregará 2 mil pessoas e produzirá 200 mil carros por ano.

As empresas também mudaram o nome do carro para “Smart” – uma combinação de Swatch, Mercedes e art. O público-alvo do Smart Car são os solteiros sem filhos entre 18 e 36 anos e casais com dois salários que moram em áreas urbanas e querem um segundo carro. A empresa quer posicionar o seu carro como um meio de transporte divertido, mas útil para cidades congestionadas. Embora o carro seja pequeno, oferece a mesma protecção contra acidentes do sedan Mercedes-Benz.

Desde a concepção inicial do carro, os engenheiros abandonaram a opção do motor elétrico por falta de baterias adequadas em favor de um pequeno motor a gasolina. Em vez de utilizar uma linha de montagem convencional, os montadores juntarão as peças do carro mais ou menos como se faz com um modelo de carrinho de brinquedo para crianças. Usarão cinco submódulos de montagem produzidos nas fábricas de fornecedores localizadas em áreas próximas à linha de montagem em Hambach. Os trabalhadores conseguem montar um carro em apenas quatro horas e meia. Como as partes do carro são módulos que se ajustam uns aos outros, a empresa oferecerá aos clientes a possibilidade de estes modificarem as suas características. Por exemplo: se após um mês, o cliente não gostar mais da cor do carro, poderá simplesmente substituir os painéis por outros de cor diferente. O comprimento total do carro é de 2,5 metros. Mesmo sendo pequeno por fora, os engenheiros dizem que o interior é bem espaçoso. O Smart faz aproximadamente entre 20 a 21 quilómetros com 1 litro de combustível, com as duas versões de motores de 44 ou 54 cavalos e alcança uma velocidade máxima de 135 quilómetros por hora. A fábrica garante que a manutenção periódica do carro leva menos de duas horas.

A empresa planeou a venda do carro em Março de 1998 a um preço entre 9 500 e 11 400 dólares. Neste intervalo de preços, a margem de lucro dos revendedores alcança 16 por cento. Os revendedores oferecerão um pacote de aluguer comercial (leasing) que inclui o aluguer de um carro maior durante duas semanas por ano num momento no qual o cliente possivelmente precisará de mais assentos e mais espaço para a bagagem. Financiamento, licenciamento e seguros estão disponíveis no local da venda, portanto a compra do Smart leva menos de uma hora.

A MCC começou a credenciar revendedores em 1997, tendo como meta credenciar cem na Europa (excluindo o Reino Unido) na primeira fase de desenvolvimento

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