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Microbiologia no dia a dia

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Por:   •  19/2/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.422 Palavras (10 Páginas)  •  353 Visualizações

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Microbiologia no dia a dia

Blog sobre assuntos da microbiologia inserida no dia a dia das pessoas com informações importantes para os alunos do curso de saúde e para a população de um modo geral.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

controle microbiano

Definições

Esterilização: Destruição ou remoção de todas as formas de vida de um objeto ou habitat.

Desinfecção: Processo que promove a inibição, morte ou remoção de vários microrganismos patogênicos e saprófitas, sem eliminar todas as formas de vida.

Sanitização: Processo que leva à redução dos microrganismos, a níveis seguros, de acordo com os padrões de saúde pública (elimina 99,9% das formas vegetativas).

Anti-séptico: Produto que evita a infecção em tecidos, seja inibindo ou matando os microrganismos. Como são aplicados em tecidos vivos, os anti-sépticos são, geralmente, menos tóxicos que os desinfetantes (agentes aplicadas em materiais inanimados).

Germicida: mata microrganismos, mas não endosporos.

“Cida”: Qualquer agente que promova a morte (ex: bactericida, fungicida, algicida)

“Stático”: Qualquer agente que promova a inibição do crescimento (ex: bacteriostático, fungistático)

Padrão de morte microbiana

Da mesma forma que no crescimento, a morte microbiana é um evento que ocorre de forma exponencial. Assim, após uma rápida redução do número, a taxa de morte pode tornar-se mais lenta, devido à sobrevivência de células mais resistentes.

Condições que afetam a atividade de um agente antimicrobiano, especialmente se tal agente é de natureza química.

1. Tamanho da população: Quanto maior a população, maior o tempo necessário à sua eliminação.

2. Natureza da população: Se nesta população de microrganismos existirem endosporos, os quais são muito mais resistente que formas vegetativas, sua eliminação não ocorrerá tão facilmente. No caso de células em diferentes estágios de crescimento - células mais jovens tendem a ser mais suscetíveis que células em fase estacionária. Havendo a presença de membros do gênero Mycobacterium, sua eliminação é mais difícil que de outras bactérias não esporuladas, etc.

3. Concentração do agente: Geralmente, quanto mais concentrado, melhor (exceto álcool). A relação entre a concentração e a eficiência via de regra não é linear.

4. Tempo de exposição: De acordo com normas da OMS, o tempo mínimo de exposição deve ser de 30 minutos. Em casos de agentes esterilizantes, a exposição deve ser tal que a chance de haver sobreviventes é de 1 em 106.

5. Temperatura: Dentro de limites, o aumento da temperatura torna o processo mais eficiente. Para agentes químicos, geralmente o aumento de 1°C da temperatura aumenta em 10 vezes a eficiência do processo, o que também permite a diluição do agente.

6. Condições "ambientais": pH do meio - quando é ácido, favorece a eliminação térmica; presença de matéria orgânica - dificulta a ação do produto (necessidade de lavagens dos materiais antes do controle por agentes químicos), seja por proteger o microrganismo ou competir pelo produto em uso. Altas concentrações de açúcar, proteínas ou lipídeos diminuem a penetrabilidade do calor, enquanto o sal pode aumentar ou diminuir a resistência ao calor. A consistência do material ou solução também interfere.

Controle microbiano por agente físicos

Os principais agentes físicos que promovem o controle microbiano são: Calor, Filtração e Radiações. Eventualmente, outros agentes, tais como as baixas temperaturas, dessecação, podem ser utilizados.

CALOR - Uso disseminado desde épocas remotas, correspondendo ainda um dos agentes físicos mais práticos e eficientes para a esterilização e/ou desinfecção. O calor pode ser empregado sob duas formas: seco e úmido, tendo a vantagem de apresentar, basicamente, apenas 2 parâmetros a serem controlados: tempo e temperatura.

Para todos os organismos são definidas as temperaturas cardeais, ou seja, as temperaturas mínima, máxima e ótima de crescimento. Assim, quando estes são submetidos a temperaturas superiores à temperatura máxima de crescimento, os efeitos letais tornam-se aparentes. A morte é um fenômeno que ocorre de forma exponencial, sendo proporcional apenas à concentração inicial da população. Já o tempo para uma determinada fração da população a ser morta é independente da população inicial.

Processos empregando calor:

A morte se dá pela oxidação de constituintes celulares e desnaturação de proteínas e ácidos nucléicos. Não é a melhor maneira de utilização do calor, uma vez que o ar é menos condutor da temperatura que a água.

Calor seco

Incineração (E): processo drástico de eliminação de microrganismos, que destrói o produto.

Ao rubro (E): processo onde os materiis são levados à incadescência, promovendo a destruição de todos os microrganismos.

Flambagem (D): processo onde o material é submetido diretamente ao fogo, seja seco ou embebido em álcool. Bastante utilizado na desinfecção de alças de vidro.

Estufa esterilizante (E: 160†C/2 hs ou 180°C/1 h). Amplamente utilizado para vidrarias e outros materiais.

Calor úmido - Como mencionado anteriormente, é um processo mais eficiente devido ao maior poder de penetração do vapor d’água. A morte é decorrente da desnaturação de ácidos nucléicos e proteínas, podendo também romper membranas. Além disso, o vapor tem maior capacidade de romper as pontes de hidrogênio.

Autoclave (E - 121°C/20 min./1 atm) - Destrói esporos, em um pequeno volume, em 10 a 12 minutos. Com volumes maiores, o tempo é maior (5 litros => 70 minutos). Frequentemente são utilizados indicadores da eficiência de esterilização, por exemplo, ampolas contendo esporos de B. stearotermophilus ou de Clostridium PA3679, os quais são inoculados em meios de cultura após o processo de esterilização. Caso haja o desenvolvimento de células vegetativas, o processo não foi realizado adequadamente, uma vez que não houve a esterilzação.

Água em ebulição (D - 100°C/30

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