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Miocardite

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Por:   •  5/10/2014  •  Relatório de pesquisa  •  1.355 Palavras (6 Páginas)  •  279 Visualizações

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O que é Miocardite?

É uma doença inflamatória do Miocárdio.

O que é Miocárdio?

Miocárdio é um conjunto de células musculares, que apresentam uma disposição e estrutura peculiar que constituem a parede do coração.

O músculo cardíaco contém uma enorme quantidade de fibras musculares, cuja principal característica é sua grande capacidade de contração, funcionando como uma autentica bomba mecânica, enviando e recebendo sangue com velocidade e força determinada.

O miocárdio somente obtém energia do metabolismo aeróbio, ou seja, necessita de oxigênio para poder funcionar. Quando falta oxigênio no músculo cardíaco, ocorre o conhecido infarto do miocárdio, que se traduz numa necrose das células miocárdicas.

Miocardite Viral: A mais comum.

Fase Aguda (1º ao 4º Dia)

Caracteriza-se pela alta viremia com infecção viral miocárdica. Há a invasão dos miócitos pelo vírus, com agressão direta deste, e a ativação de um sistema de defesa local, mediado principalmente pelos linfócitos teciduais locais (células T killers e macrófagos), que liberam mediadores e citocinas inflamatórias (como perforina, interleucina 1, interleucina 2, interferon gama e fator de necrose tumoral) com objetivo destruir o vírus, mas que acaba lesando também o miócito, causando necrose local. Ela tem um pico de atividade entre o 4º e o 7º dia.

Fase Subaguda (4º ao 14º Dia)

Nessa fase, há o desenvolvimento da resposta imune celular. Com a exposição dos aminoácidos virais na superfície da membrana citoplasmática dos miócitos, ocorre o desenvolvimento de receptores de histocompatibilidade. Estes receptores estimulam a resposta inflamatória mediada pelo linfócito Te promovem a agressão do miócito. Dessa forma, ocorre redução dos betarreceptores adrenérgicos, disfunção dos canais de cálcio, desacoplamento da ativação da proteína G estimuladora, levando à disfunção contrátil do miocárdio. Ocorre também miocitólise e apoptose celular com formação de diversos graus de necrose. É nessa fase que ocorre maior dano ao músculo cardíaco.

Fase Crônica (14º ao 90º Dia)

Normalmente é a fase em que o paciente procura o atendimento médico, referindo história prévia de um quadro infeccioso, há 2 ou 3 meses. Essa fase pode apresentar três modelos diferentes de evolução:

Miocardite Aguda;

Miocardite Fulminante;

Miocardite Chagásica;

Miocardite Hipertrófica.

Sintomas:

Febre;

Dor muscular;

Dor no peito;

Tontura;

Desmaio;

Respiração muito rápida e ofegante;

Palpitações cardíacas;

Pernas inchadas.

Causas da Miocardite:

Infecção viral;

Uso de drogas ilícitas;

Difteria;

Infecção com HIV;

Veneno;

Doença de Chagas;

Doença auto imune;

Fatores genéticos.

Diagnóstico:

 Enzimas Cardíacas:

Elevações de enzimas cardíacas refletem necrose do miocárdio e são vistas em alguns, mas não todos, os pacientes com miocardite. As elevações de troponina I ou T (cTnI ou cTnT) podem ser mais comuns do que a elevação da CK-MB em pacientes com biópsia comprovada de miocardite. Os níveis séricos enzimáticos correspondem ao grau de agressão miocárdica e apresentam um comportamento diferente do infarto agudo do miocárdio, pois não seguem o padrão usual da curva enzimática. Elevações persistentes das enzimas cardíacas são indicativas de agressão miocárdica ativa.

 Eletrocardiograma:

O ECG pode ser normal ou anormal na miocardite. As alterações são inespecíficas, a menos que haja envolvimento do pericárdio. As mudanças que podem ser vistas incluem anormalidades inespecíficas do ST, extrassístoles atriais ou ventriculares, arritmias ventriculares complexas (TVNS ou TVS) ou, menos comuns, taquicardia atrial ou fibrilação atrial. A presença de bloqueios atrioventriculares avançados é incomum e geralmente transitória.

A presença de ondas Q ou bloqueio de ramo esquerdo está associada com pior prognóstico e maiores taxas de morte ou transplante cardíaco.

 Radiografia de Tórax;

A área cardíaca pode estar normal ou aumentada, em consequência de dilatação das câmaras cardíacas. Achados compatíveis com congestão pulmonar e derrames pleurais podem ser encontrados.

 Ecocardiograma;

O ecocardiograma tornou-se o meio mais importante para detectar a diminuição da função ventricular na suspeita de miocardite, mesmo quando subclínica. O achado mais comum é a disfunção sistólica que geralmente é difusa, mas também pode ser segmentar. Dilatação das câmaras cardíacas, insuficiência mitral e tricúspide secundárias, disfunção diastólica, trombos intracardíacos e envolvimento do pericárdico (derrames) também são achados.

Normalmente a miocardite aguda e a miocardite fulminante estão associadas com disfunção ventricular sistólica esquerda, porém, na miocardite aguda, há aumento do diâmetro diastólico do VE com espessura septal normal, enquanto que, na sua forma fulminante, geralmente o diâmetro diastólico do VE é normal e a espessura septal está aumentada.

 Cintilografia Miocárdica;

Vários radiofármacos podem ser utilizado para avaliação de miocardite, entre eles o gálio-67 e o estudo cintilográfico com anticorpo monoclonal antimiosina marcado com ln-111 (indium) ou TC 99m, que são os mais utilizados.

O exame marcado com In-111 ou TC 99m reflete o grau da extensão de necrose no miocárdio por meio da ligação dos anticorpos monoclonais

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