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O Emile Durkain

Por:   •  28/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.334 Palavras (6 Páginas)  •  183 Visualizações

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Émile Durkheim

David Émile Durkheim (1858-1917) foi sociólogo, antropólogo, cientista político, psicólogo social e filósofo francês. Suas principais contribuições são: os fatos sociais, a solidariedade social e a instituição social e anomia. Em seus estudos baseou-se em Auguste Comte e no positivismo. Junto com Karl Marx e Max Weber, é comumente citado como o pai da Sociologia Moderna.

Preocupado com a aceitação da Sociologia como uma ciência legítima propôs um objeto de estudo para esta: os fatos sociais. Os fatos sociais são maneiras de agir, pensar e sentir que exercem determinada força sobre os indivíduos, obrigando-os a se adaptar às regras da sociedade em que vivem. Os fatos sociais apresentam três características essenciais: a coercitividade, força que os padrões culturais de uma sociedade impõem sobre os indivíduos; a exterioridade, quando um indivíduo nasce, a sociedade já está organizada, cabe a ele se adaptar a ela, por intermédio da educação, por exemplo; e a generalidade, os fatos sociais são coletivos, não existem para um único indivíduo, mas para um grupo social ou toda a sociedade.

Durkheim também se preocupou com o estudo da solidariedade social, ou seja, a forma como as pessoas se organizam na sociedade. Cada indivíduo possui uma consciência individual que sofre influência da consciência coletiva (a combinação das consciências individuais de todos os homens ao mesmo tempo em uma sociedade). A consciência coletiva seria responsável pela formação de nossos valores morais, e exerce uma pressão externa aos indivíduos no momento de suas escolhas. Acreditava que a soma da consciência individual com a consciência coletiva forma o ser social. Por tanto, a existência de uma sociedade só é possível a partir de um determinado grau de consenso (adequação da consciência individual à consciência coletiva) entre os seus indivíduos. Dependendo do grau de consenso, temos dois tipos de solidariedade:

  • Mecânica: Nessas sociedades, os indivíduos que a integravam compartilhavam dos mesmos valores sociais, tanto no que se refere às crenças religiosas como em relação a divisão de trabalho e aos interesses materiais necessários à sobrevivência do grupo, essa correspondência de valores, ou seja, essa homogeneidade, é que assegurava a coesão social. 

  • Orgânica: Nessas sociedades, cada indivíduo tem uma função e depende dos outros para sobreviver, fruto da diferenciação e especialização na divisão social de trabalho, já que são essas diferenças que unem os indivíduos pela necessidade de troca de serviços e pela sua interdependência. O indivíduo é socializado porque, embora tenha sua individualidade, depende dos demais e, portanto, se sente parte de um todo.

As instituições sociais são formas da sociedade se organizar, o conjunto de regras e procedimentos padronizados socialmente, com o objetivo de manter a organização do grupo e satisfazer as necessidades dos indivíduos. Uma sociedade sem regras claras ("em estado de anomia"), sem valores, sem limites leva o ser humano ao desespero.

Durkheim não desenvolveu um método pedagógico, o que fez foi ressaltar o significado da educação e sua importância social. A educação é responsável por formar cidadãos e torna-los partícipes dos espaços públicos. A escola pública possui o papel de transferir os valores éticos, costumes, direitos e deveres, respeitando as diferenciações das sociedades.

Karl Marx

Karl Marx (1818 – 1883) foi um filósofo, sociólogo, jornalista e revolucionário socialista. A obra de Marx em economia estabeleceu a base para muito do entendimento atual sobre o trabalho e sua relação com o capital, além do pensamento econômico posterior. Publicou vários livros durante sua vida, sendo O Manifesto Comunista (1848) e O Capital (1867-1894) os mais proeminentes.

Para Marx, o conflito que explica a história é a luta de classes. O conflito de classes já havia sido responsável pelo surgimento do capitalismo, cujas raízes estariam nas contradições internas do feudalismo medieval. No capitalismo, a classe dominante é a burguesia; e aquela que vende sua força de trabalho é o proletariado. As sociedades se estruturam de modo a promover os interesses da classe economicamente dominante.

Segundo Marx, o que faz a sociedade são as relações por meio do trabalho, a forma que se associa a vida ao trabalho é chamada de modo de produção. O modo de produção da sociedade atual é o capitalista, voltado para a produção e o consumo de mercadorias visando o lucro. O retorno da produção de cada homem é uma quantia de dinheiro, que, por sua vez, será trocada por produtos. Um conceito importante é o de alienação, quando um operário vende sua força de trabalho em troca de um salário, tornando-se uma espécie de mercadoria. O comércio seria uma engrenagem de trocas em que tudo – do trabalho ao dinheiro, das máquinas ao salário – tem valor de mercadoria, multiplicando o aspecto alienante. Esse processo se dá à custa da concentração da propriedade por aqueles que empregam a mão de obra em troca de salário, através da exploração da mais-valia. As necessidades dos trabalhadores os levarão a buscar produtos fora de seu alcance, o pressionando a querer romper com a própria alienação.

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