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O Resumo Embriologia

Por:   •  16/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.769 Palavras (8 Páginas)  •  252 Visualizações

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A primeira semana do desenvolvimento embrionário tem início com a fecundação (ou fertilização), que é o processo de encontro do espermatozoide e do ovócito. Dos, aproximadamente, 200 milhões de espermatozoides eliminados durante a ejaculação, apenas 100-200 chegarão ao local da fecundação, que ocorre preferencialmente na ampola uterina. Após o encontro com o ovócito, o espermatozoide necessita penetrar o seu interior, processo que não é fácil, uma vez que há três barreiras que protegem o interior do ovócito: 1) corona radiata; 2) zona pelúcida e 3) membrana plasmática do ovócito. Por isso, a fecundação acontece em três etapas:

1) Penetração da corona radiata: o espermatozoide penetra através dela por conta da movimentação do flagelo como também pela liberação da enzima hialuronidase;

2) Penetração da zona pelúcida: o espermatozoide se liga à zona pelúcida, e para ultrapassar a barreira, ocorre a reação acrossômica, sendo que somente um espermatozoide consegue ultrapassar a barreira por conta do fenômeno da reação cortical e reação de zona, que impedem que outros espermatozoides penetrem no ovócito;

3) Fusão entre as membranas do espermatozoide e do ovócito: após ultrapassar a zona pelúcida, ocorre a fusão das membradas dos dois gametas, e com isso, o núcleo do espermatozoide entra no interior do ovócito.

Após a fecundação, o ovócito irá concluir a segunda divisão meiótica, e os núcleos haploides do espermatozoide e do ovócito crescem, e formam os pronúcleos masculino e feminino. Há então a junção dos cromossomos, formando uma única célula com núcleo diploide contendo 46 cromossomos, que é denominada de zigoto (que ainda é circundado pela zona pelúcida). O sexo já é estabelecido após a fecundação, caso o espermatozoide X penetre o ovócito, formará um zigoto XX, do sexo feminino; enquanto que se o espermatozoide Y que penetra o ovócito, formará um zigoto XY, do sexo masculino.

O próximo passo do desenvolvimento embrionário é a clivagem do zigoto (ou segmentação), que é uma série de divisões mitóticas, que promoverá um rápido aumento do número de células do zigoto. As células novas são denominadas blastômeros, que se tornam menores a cada divisão, sendo que o processo ocorre enquanto o zigoto está flutuando pela tuba uterina a caminho do útero. Quando há de 12-32 blastômeros tem-se a mórula, que chegará na cavidade uterina, onde perda a zona pelúcida e se transforma em blastocisto. A formação do blastocisto se dá pela entrada de um líquido uterino, que fará as células se dividirem em dois grupos: trofoblasto e embrioblasto; sendo que ao final da primeira semana, o blastocisto se conecta superficialmente ao endométrio para iniciar o processo de implantação.

Na segunda semana do desenvolvimento o embrioblasto se diferencia em: epiblasto (células colunares) e hipoblasto (células quadradas), que juntas formam o disco embrionário bilaminar. Acima do epiblasto forma-se a cavidade amniótica, que posteriormente armazenará o líquido amniótico.

O trofoblasto se diferencia em: citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto. O citotrofoblasto é a camada que envolve o blastocisto, enquanto que o sinciciotrofoblasto é uma massa com vários núcleos de células que se fundiram, e que invadirá o endométrio para que ocorra a implantação. Sendo que é o sinciciotrofoblasto que produz o HCG, hormônio que é detectado pelos testes de gravidez.

O sinciciotrofoblasto formará lacunas (que são cavidades que surgem a partir dele), que em algum momento, após o seu crescimento, romperá os vasos sanguíneos maternos, permitindo a circulação uteroplacentária, que promoverá a nutrição do embrião. Ao mesmo tempo, as células do hipoblasto formam a membrana exocelômica, que está junta ao citotrofoblasto (após o surgimento desta membrana ocorrerá a formação do saco vitelino primitivo).

Com o passar do tempo, surgirá uma nova população de células entre a membrana exocelômica e o citotrofoblasto, formando o mesoderma extraembrionário, que posteriormente formará a cavidade coriônica. O saco vitelino primitivo diminuirá e o formará o cisto exocelômico e o saco vitelino secundário.

Agora, o mesoderma extraembrionário, o citotrofoblasto e o sinciciotrofoblasto estão juntos e foram o saco coriônico, que é a estrutura que dará origem à placenta. Enquanto as células do hipoblasto adotam a forma colunar em determinado local, onde então se formará a placa pré-cordal (membrana orofaríngea), que é o futuro local da boca. Neste momento já conseguimos identificar duas regiões no embrião: região cefálica e região caudal.

Na terceira semana do desenvolvimento ocorrerá a gastrulação, evento no qual haverá a formação dos três folhetos embrionários: ectoderma, mesoderma e endoderma; como também o disco bilaminar se converterá em um disco embrionário trilaminar. Esse processo se inicia com o aparecimento da linha primitiva na superfície do epiblasto (ela inicia na região caudal, bem centralizada, e cresce no sentido da região cefálica); e de acordo com que a linha cresce, surgirá o nó primitivo (nele está a fosseta primitiva) na região cefálica, como também surgirá o sulco primitivo. Células do epiblasto migrarão na direção do hipoblasto, substituindo as células ali presentes e formará então três camadas: endoderma, mesoderma e ectoderma (cada camada dessa dará origem a uma série de estruturas essenciais para a formação embrionária, tais quais: sistema nervoso, músculos, trato gastrointestinal, etc.).

Nessa etapa do desenvolvimento também ocorrerá a formação da notocorda, que é a base da formação do esqueleto axial e indica o futuro local das vértebras; além de ocorrer também o processo de neurulação, que é responsável pela formação do tubo neural (primórdio do futuro sistema nervoso central) a partir do ectoderma. Já próximo do fim da terceira semana será formado os somitos a partir do mesoderma, eles estão localizados em cada lado do tubo neural e darão origem aos músculos, vértebras e costelas.

E no final dessa etapa que também ocorrerá a formação do sistema cardiovascular primitivo, que tem início com a vasculogênese e angiogênese. Após a formação dos vasos, dará início o desenvolvimento do coração primitivo na área cardiogênica (que se encontra no mesoderma), primeiro com a formação de dois tubos cardíacos endocárdicos, que posteriormente se fundem e formam o tubo cardíaco primitivo (o coração primitivo, e de onde surgirá as demais estruturas que formam o coração).

Por fim, há a formação do alantoide em direção ao pedículo do embrião (tem função de sustentação), e ambas as estruturas formarão o cordão umbilical.

Da quarta

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