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Sisal

Relatório de pesquisa: Sisal. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  9/1/2015  •  Relatório de pesquisa  •  1.574 Palavras (7 Páginas)  •  278 Visualizações

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O sisal é uma planta originária do México, sendo introduzida no Brasil, em 1903 no estado paraibano, foi difundida inicialmente na Paraíba e somente no final da década de 30 na Bahia. Atualmente o Brasil é o maior produtor de sisal do mundo e a Bahia é responsável por 90% da produção da fibra nacional.

O território paraibano, possui cerca de 80% de seu território localizado em pleno semi-árido, o que corresponde à uma área de aproximadamente 43.606 Km2.

O território é de excelente qualidade para o plantio do A. sisalina, podendo ser colhido durante todo o ano: para isto ser possível, não são destacadas do caule as folhas mais novas. O sisal é uma plana resistente à aridez e ao sol intenso do sertão nordestino. É a fibra vegetal mais dura que existe.

Nesse contexto vemos a necessidade de implantação de uma cooperativa para que os produtores de sisal possam através dela buscar oportunidade de capacitação e formas de colaboração, gerando empregos e incrementando a renda das famílias. Para isso faz-se necessário buscar formas de melhorar a produção, aumentar a competitividade e facilitar o comércio dos produtos derivados do sisal.

2 – INTRODUÇÃO

Apesar de proveniente do México, atualmente o Brasil é o maior produtor e exportador do sisal, sendo sua produção concentrada no semi-árido nordestino, sobretudo no estado da Bahia que é o maior produtor nacional com mais de 90% da produção. Essa atividade é responsável pelo sustento de diversas famílias que obtém suas rendas a partir do plantio dessa espécie, ganhando em cada colheita o equivalente à R$1,60 por quilo de fibra cortada. Mesmo com essa grande produção, a renda obtida com a extração da fibra para cada família não é suficiente para manter uma boa qualidade de vida devido à vários fatores como: falta de capacitação dos agricultores, de materiais apropriados para a lavoura, de incentivos governamentais, da forte concorrência com a fibra sintética e pouca divulgação dos produtos produzidos com a fibra.

O projeto de uma cooperativa visa fortalecer a produção do sisal e trazer uma nova fonte de renda para as famílias que vivem na região sisaleira. Inicialmente a proposta da cooperativa é buscar juntos à órgão governamentais, como o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social o apoio para financiamento do projeto que tenha o foco na qualificação e estruturação de atividades produtivas com populações de baixa renda. Uma visão ampla de desenvolvimento é englobar o econômico, social e ambiental nas comunidades. Buscando agir junto aos produtores para que se possa conseguir eliminar uma série empecilhos que prejudicam a produção local, introduzindo o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a busca de melhores equipamentos para a produção e recursos que visam melhorar a produção, a capacitação e a comercialização dos produtos do sisal, sendo uma unidade de referência da produção agrícola. O projeto quer fortalecer a produção dando maior renda a essas famílias. Para isso seria construído um galpão de armazenamento para o sisal e a busca de capital de giro. Hoje, paga-se muito pouco ao produtor pela fibra bruta. Por outro lado, o projeto pretende implantar projetos junto à comunidade de agricultores para que se possa melhorar suas condições de trabalho e o processo de produção e comercialização. A produção realizada pelas famílias pode ser utilizada para a confecção de artesanato entre os próprios produtores associados da cooperativa. Pensamos em uma atividade que fosse menos agressiva para esses agricultores, que gerasse renda familiar extra e fosse mais rentável. O retorno é à longo prazo e exige investimento para isso. É um que visa a ser empreendedor. O foco é fortalecer e colocar em evidência capacidades internas, tornando mais confortável a vida dessas famílias.

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3. FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

O sisal produz à principal fibra vegetal, sendo a fibra, a mais dura produzida no mundo, contribuindo com, aproximadamente, 70% da produção comercial de todas as fibras desse tipo (FAO, 1996). No Nordeste do Brasileiro a extração do sisal concentra-se, sobretudo no interior dos Estados da Bahia (87%), Paraíba (7,4%) e Rio Grande do Norte (5,2%).

A fibra do sisal, na forma bruta, beneficiada ou industrializada, representa importante fonte de renda para esses Estados, contribuindo para alavancar o produto interno bruto desses Estados. Por se tratar de um produto de exportação que gera divisas em torno de milhões de dólares e, também, pela capacidade de gerar empregos, por meio de sua cadeia de serviços, que envolve as atividades de manutenção das lavouras, colheita, desfibramento, beneficiamento da fibra, industrialização e confecção de artesanato (SILVA; BELTRÃO, 1999). O cultivo do sisal concentra-se, geralmente, em áreas de pequenos produtores, com predomínio do trabalho familiar, sendo, portanto, muito importante para fixar o homem no campo. Para o homem da região semiárida nordestina, ele também é importante porque serve também, como atividade de apoio à pecuária a nível das fazendas, principalmente em períodos de estiagens prolongadas pelo uso direto da planta na alimentação dos bovinos ou através da pastagem nativa nas áreas exploradas com a cultura (BANDEIRA; SILVA, 2006).

O sisal representa enorme importância econômica para vários Munícipios da região semiárida nordestina. Apesar da grande importância socioeconômica que o sisal representa para os nordestinos é fácil compreender o grau de dependência que o produto (fibra e manufaturados) sofre em relação às condições impostas pelo mercado - depois da internacionalização da economia globalizada - o que tem agravado muito a situação da cultura; isto porque a baixa rentabilidade, tanto de produtividade por planta, quanto o baixo preço pago pela fibra que muitas vezes é vendida de forma bruta, inviabiliza a prática dos tratos culturais, resultando no abandono das lavouras ou na sua substituição por pastagens e/ou outras culturas, muitas vezes de alto risco, devido às condições locais de solo e clima.(SANTOS, 2006).

Avaliando-se a atual conjuntura do mercado e da agricultura do sisal, e analisando o número de pessoas envolvidas, direta ou indiretamente, no processo produtivo e de industrialização, é de fundamental importância a busca de métodos que possibilite a competição desta fibra com os fios sintéticos, tendo que os fios sintéticos

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