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Soja

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Por:   •  29/9/2014  •  Tese  •  1.766 Palavras (8 Páginas)  •  228 Visualizações

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A SOJA

A soja pertence à família Fabaceae (leguminosa), assim como o feijão, a lentilha e a ervilha. É empregada na alimentação, sobretudo na indústria de óleos comestíveis. A palavra soja vem do japonês shoyu. 1 A soja é originária da China e do Japão. Soja (Glycine Max) é um grão rico em proteínas, cultivado como alimento tanto para humanos quanto para animais.

Dentre os minerais, os mais presentes são: potássio, cálcio, magnésio, fósforo, cobre e zinco. É fonte de algumas vitaminas do complexo B, entre elas: a riboflavina e aniacina, como também em vitamina C (ácido ascórbico). Porém, é pobre em vitamina A e não contém vitamina D e B12.2

Além destes nutrientes, a soja contém a isoflavona3 4 , também chamado de fitoestrógeno, que atua na prevenção de doenças crônico-degenerativas como o câncer de mama, de cólon de útero e de próstata. Sua estrutura química é semelhante ao estrógeno(hormônio feminino) e, por isso, é uma substância capaz de aliviar os efeitos da menopausa e da tensão pré-menstrual5 .

As propriedades estrógenas também ajudam a reduzir um outro problema causado pela deficiência hormonal: a osteoporose. Na maioria dos alimentos à base de soja, o teor de isoflavonas varia de 100 a 300 mg até 100 g.6

As fibras dietéticas solúveis e insolúveis presentes na soja contribuem para a manutenção do nível glicêmico e para a melhora da sensibilidade à insulina, e por apresentar baixo índice glicêmico é relevante na prevenção e tratamento de diabetes e obesidade.

O grão ainda possui Ácido Fítico, também chamado de Fitato. Os fitatos são considerados fatores antinutricionais, pois reduzem a biodisponibilidade no organismo de alguns minerais como cálcio, ferro, magnésio, manganês, cobre e zinco, principalmente. Porém, na última década, estudos demonstraram que os fitatos também atuam como potentes agentes antioxidantes (prevenindo a oxidação ou envelhecimento das células), cumprindo assim uma função importante na redução dos riscos de inúmeras doenças crônicas e degenerativas, como alguns tipos de câncer e artrites.

O teor de fitatos na soja varia de 1,5% da composição do grão, no feijão de 2,5% e nos farelos como o de trigo e o arroz esta entre 4,5%. Entretanto, ele é neutralizado por aquecimento, tanto cozinhando em casa, como por meio dos processos industriais (processo UHT), resultando em preparações adequadas para o consumo humano. Portanto, bebidas à base de soja, como Ades, não possuem fatores antinutricionais, podendo ser consumidos com segurança.7 8

O óleo de soja é o mais utilizado pela população mundial no preparo de alimentos. Outros produtos derivados da soja incluem bebidas a base de soja, óleos, farinha, sabão, cosméticos, resinas, tintassolventes e biodieseis.

A SOJA E SUA UTILIZAÇÃO NA RAÇÃO ANIMAL

A utilização do grão de soja cru na alimentação animal tem sido evitada em função da presença de substancias tóxica, estimulatórias ou inibitórias, incluindo fatores alergênicos e anticoagulantes. Segundo estes autores, para ruminantes a maior parte destas substâncias não apresentam problemas, sendo desativadas ou metabolizadas durante o processo de digestão, sendo a maior preocupação para a utilização de grão de soja na alimentação de ruminantes a presença de fatores que inibem a atividade da tripsina e/ou quimo tripsina.

A presença destes fatores apresenta potencial de reduzir a digestibilidade da proteína da dieta e aumentar a excreção de nitrogênio. Apesar do potencial em reduzir a eficiência de utilização do nitrogênio disponível nas dietas, o grão de soja cru tem sido utilizado na alimentação de vacas em lactação sem nenhum tipo de processamento, ou, em determinadas situações, moído imediatamente antes de ser fornecido nas rações.

Apesar da presença de fatores anti-nutricionais, este autor cita que o grão de soja cru tem sido fornecido em rações de vacas em lactação entre 1,8 a 2,3 kg/vaca/dia, sem apresentar problemas de redução de aproveitamento de nutrientes ou na saúde dos animais. No entanto, o fornecimento de maiores quantidades de grão de soja cru nas rações necessita da tostagem e/ou extrusão dos mesmos para serem utilizados em dietas de vacas leiteiras. Porém, não está claro o efeito deletério sobre o aproveitamento de nutrientes da utilização do grão de soja cru em ruminantes, especialmente para vacas em lactação, existindo um limite teórico de 2,3 kg/vaca/dia.

Da mesma forma, a utilização de grão de soja tostado ou extrusado na alimentação de vacas leiteiras tem por objetivo fornecer maior quantidade de PNDR, sendo situação adequada para o nível de produção de leite das vacas em países desenvolvidos, como os Estados Unidos. Segundo o NRC (2001), quando são formuladas rações para vacas de alta produção (>35,0-40,0 kg/dia) e no início de lactação, é recomendado aumentar a proporção da proteína bruta dietética oriunda da PNDR, sendo normalmente alterado de 25-30% para aproximadamente 35-45% da PB. Porém, para a maioria dos sistemas de produção de leite do Brasil, as situações onde são necessários aumentos da proporção da PB em PNDR são reduzidas, especialmente em função do nível de produção de leite das vacas destes sistemas.

Assim, é possível que o grão de soja seja utilizado não somente como fonte de proteína em rações para vacas leiteiras, substituindo o farelo de soja, mas também como eventual substituto do fubá de milho.

O potencial de utilização do grão de soja cru em rações de vacas leiteiras ainda não foi explorado adequadamente em função da preocupação com a qualidade da proteína, de alta degradabilidade, e da presença de fatores anti-nutricionais, que teriam o potencial de reduzir o aproveitamento de nutrientes.

Apesar de a preocupação existir, não está claro na literatura a partir de que nível nas rações a presença do grão de soja cru poderia influenciar a eficiência de utilização do nitrogênio ou o aproveitamento de nutrientes dietéticos. A hipótese científica a ser avaliada neste projeto de pesquisa sugere que a utilização de grão de soja cru e integral em rações de vacas em lactação terço médio e final de lactação (média de produção de leite entre 18,0 e 25,0 kg/vaca/dia), em substituição parcial a utilização de fubá de milho e farelo de soja, não influencia negativamente a digestão e o desempenho de vacas leiteiras em rações baseadas em silagem de milho como volumoso.

O presente estudo será conduzido

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