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Vacina Gênica

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Por:   •  3/3/2015  •  1.201 Palavras (5 Páginas)  •  561 Visualizações

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1. VACINA

As características mais importantes do Sistema Imunológico são especificidade e memória. A especificidade é a capacidade de reconhecer e reagir com determinada molécula e a memória é a capacidade de voltar a reconhecer e reagir rapidamente a esta mesma molécula (quando reintroduzida no organismo).

As moléculas que são reconhecidas pelo sistema imune são denominadas de antígenos que são partículas, substâncias ou micro-organismos estranhos ao corpo humano. Já os anticorpos são proteínas produzidas pelos plasmócitos (imunoglobulinas), em resposta à presença de um antígeno.

Antígenos e anticorpos são específicos. Isto quer dizer que cada antígeno estimula a produção de anticorpos direcionáveis apenas à sua própria molécula. Assim, cada anticorpo pode inibir ou neutralizar apenas o antígeno contra o qual ele foi criado.

A vacinação é um método de provocar a imunidade adquirida contra doenças específicas. Consiste em uma solução de antígenos de um agente causador de doença (bactéria ou vírus), injetados no indivíduo para estimular a produção dos anticorpos que irão protegê-lo.

1.1. Vacina convencional e vacina gênica

As vacinas convencionais são feitas com o agente patogênico inativado ou com sua capacidade de infecção atenuada.

Os avanços na tecnologia de vacinas permitiram a introdução de novas estratégias para a obtenção e produção de antígenos, assim como foram otimizadas novas maneiras de se administrar e apresentar esses antígenos para as células do sistema imune. Essas estratégias abriram caminhos para inovações, particularmente no contexto do desenvolvimento de vacinas mais seguras, eficazes e polivalentes.

Mais recentemente, surgiram as vacinas gênicas: as vacinas a partir do DNA. Os genes de agentes causadores de doenças e que codificam proteínas responsáveis por estimular o sistema imunológico humano têm sido isolados, inseridos em bactérias e clonados. O produto da atividade desses genes é purificado e pode atuar como vacina, que, introduzida no organismo humano, estimula a produção de anticorpos específicos.

A vacina de DNA, ainda em fase de experimentação e testes clínicos, pode se tornar a maior ferramenta de combate a doenças infecciosas para as quais, até hoje, não existe prevenção segura e eficaz, como herpes, síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), malária, tuberculose, hepatite, esquistossomose e dengue, dentre outras. Além disso, elas têm grande potencial de aplicação na prevenção e cura de determinados tipos de câncer.

2. FABRICAÇÃO

A clonagem tem início com processo de isolamento de genes, pela ação da enzima de restrição, de fragmentos do DNA a serem clonados. Depois de isolados esses agentes são introduzidos no DNA de outros organismos. Esses organismos são chamados de vetores. Ao se reproduzir, esses microrganismos multiplicam as moléculas recombinantes, dando origem a um grande número de cópias idênticas. Consegue-se desse modo produzir um grande número de cópias exatas de um mesmo trecho de DNA.

Utilizando as técnicas da biologia molecular, os cientistas estão na fase de construção da vacina de DNA, os genes, frequentemente relacionados com a expressão de moléculas associadas com a virulência ou patogenia dos agentes infecciosos, são clonados e inseridos em um fragmento de DNA circular denominado plasmídeo. Os plasmídeos usados em vacinas gênicas devem ter: origem de replicação em bactérias, o que permite a sua eficiente duplicação, chegando a centenas de cópias por célula; um gene de seleção, que geralmente confere resistência a um antibiótico, permitindo assim a seleção dos clones de células que carregam o plasmídeo; um sítio múltiplo de clonagem que pode ser clivado com enzimas de restrição, permitindo a inserção do gene de interesse, que no caso das vacinas é um gene que codifica um antígeno; um promotor, geralmente um promotor viral, que permite a transcrição do gene de interesse em células eucariotas. Após a clonagem do gene que codifica o antígeno vacinal no plasmídeo, ele é introduzido em uma bactéria hospedeira, geralmente Escherichia coli, por um processo denominado de transformação bacteriana, com a finalidade de se produzir plasmídeos em larga escala e haver quantidade suficiente de DNA para a vacinação propriamente dita.

3. APLICAÇÃO

A administração da vacina de DNA pode ser feita em várias espécies animais e no homem por diversas vias e esquemas. Além da injeção intramuscular, que é a via mais utilizada, as vacinas gênicas também podem ser administradas por via intranasal, na forma de aerossol, por via oral ou por via intradérmica por meio de bombardeamento de micropartículas de ouro cobertas com o material genético. Embora a injeção intramuscular seja um processo

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