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Considerações Musculares sobre Movimento

Por:   •  22/10/2015  •  Resenha  •  1.313 Palavras (6 Páginas)  •  1.022 Visualizações

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UNIVERSIDADO CONTESTADO- UnC

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

PROFESSOR:

DISCIPLINA: CINESIOLOGIA

ACADÊMICAS:

FASE: 5ª

Título da resenha:Interpretação do livro –

Considerações Musculares sobre Movimento

Pretende-se nesse trabalho a partir da leitura dos capítulos 3 e 5 do livro Bases Biomecânicas do Movimento Humano, analisar e descrever de maneira sintetizada os conceitos sobre músculos superiores e movimentos. Como objetivo, esta resenha buscou compreender as definições de musculo x movimento a partir de Hamill.  

A biomecânica está presente em todos os movimentos do ser humano: o comprimento da passada quando se caminha, a angulação dos movimentos ao se alongar; ou seja, vai desde o simples gesto de levar o garfo com comida à boca, na hora do almoço, até a disputa de uma medalha olímpica no salto com vara. Com isso, a biomecânica visa, por meio dos conceitos da física clássica, a analisar e compreender os complexos movimentos do corpo humano. Como a biomecânica oferece diferentes formas de análise para diferentes objetivos (esportes, medicina, engenharia, computação, entre outros), diferentes autores são ora divergentes, ora complementares, ao descrever seu foco de estudo. Hay (1976), Brüggemannet al. (1991) e Amadio (1989, 1996), citados por Amadio (2000) e Okuno (2003), entre outros, indicam que a biomecânica é a ciência responsável pelas mais diversas formas de análise do movimento humano.

A biomecânica é o estudo do movimento e do efeito das forças internas e externas de um corpo baseado em análises quantitativas e qualitativas, utilizando parâmetros como: velocidade, direção, quantidade de força, etc. As características e descrição do movimento fazem parte da cinesiologia, que complementa a abordagem descritiva da origem do deslocamento, e a fisiologia, por sua vez, estuda o funcionamento da articulação através da nutrição, irrigação, inervação das estruturas envolvidas, etc.

A articulação é formada pela coaptação de dois ossos com o auxílio de músculos esqueléticos, ligamentos e cápsula articular. Para uma melhor compreensão é necessário ressaltar algumas considerações distintas sobre o sistema músculo esquelético.

O sistema esquelético determina nossa estrutura (tamanho e forma do corpo humano) em conjunto com hábitos alimentares, nível de atividade física e postura. Suas principais funções são: formação de alavancas para o aumento de forças e/ou velocidade dos movimentos, suporte, proteção, armazenamento de gordura e minerais, e formação de células sanguíneas.

O sistema músculo esquelético tem como funções principais: produção de movimentos, auxílio na estabilidade articular, manutenção da postura e posicionamento corporal, e suporte. O músculo se insere no osso diretamente ou por meio de tendões e/ou aponeuroses (faixas achatadas tendão), que suportam altas forças de tensão produzidas pelos músculos, absorvendo ou aumentando a tensão no sistema. As ações musculares (excêntricas, concêntricas e isométricas) estabilizam e maximizam a armazenagem de energia e desempenho muscular. Alguns fatores que influem na estabilidade articular e força muscular são: o ângulo de inserção do músculo, relação comprimento-tensão e força-velocidade.

Existem vários tipos de articulações, mas as mais presentes em nosso corpo são as sinoviais, que podem ser classificadas conforme a quantidade de movimento permitido, tipo e tamanho dos ossos, formas de contato entre as superfícies articulares, e planos e eixos de movimento. Estas características proporcionam seu potencial de movimento e função: uma das articulações mais estáveis do corpo humano é o quadril, pois possui bom suporte muscular, capsular e ligamentar, além dos efeitos da gravidade e do vácuo da articulação (grande coaptação entre as estruturas). O ombro, por sua vez, é uma das articulações menos estáveis, suprido pela cápsula e músculos, possui contato articular menor, devido ao formato dos ossos e superfícies articulares reduzidas.

As articulações sinoviais possuem uma camada de cartilagem em suas superfícies articulares, nutrida pelo líquido sinovial (espécie de óleo lubrificante), permitindo a estabilidade e distribuição das cargas sobre as superfícies com redução dos estresses de contato pela metade. Ela permite ainda, o movimento entre os ossos com o mínimo de atrito e desgaste consideráveis ao longo da vida, gerados pelo uso repetido. Os possíveis traumas e desgastes provocam alterações das substâncias articulares até ocorrer uma degradação enzimática, e remoção da matéria pela ação mecânica, provocando assim, uma diminuição das áreas de contato e erosão da cartilagem. Em consequência, as possíveis fissuras, formação de cistos e osteófitos sugerem o início da osteoartrite (doença articular degenerativa com inflamação, desgaste e redução articulares).

Em algumas articulações existe uma cartilagem adicional (fibrocartilagem ou menisco) para transmissão adicional de carga, estabilidade, melhora no ajuste de superfícies, proteção e lubrificação.Para aumentar a estabilidade das articulações, a cápsula articular protege a articulação, definindo sua forma com a criação de uma porção interna e pressão atmosférica reduzida, para uma melhor cooptação. Os ligamentos auxiliam na estabilidade (junção de ossos), controle e limitação do movimento, suportando cargas de tensão. Imobilizações nestas regiões alteram as propriedades mecânicas da cápsula e ligamentos, podendo resultar em rigidez articular, devido a necessidade de cargas e compressão na articulação para troca de nutrientes e resíduos.

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