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A Origem da Pesquisa FOSFOETANOLAMINA

Por:   •  30/4/2016  •  Resenha  •  711 Palavras (3 Páginas)  •  525 Visualizações

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A Origem da Pesquisa

O professor e pesquisador químico Gilberto Orivaldo Chierice sintetizou o composto hoje conhecido como FOSFOETANOLAMINA é uma substância produzida pelo corpo humano e pode ter como função ser antitumoral, possuindo ação antiproliferativa e estimula a apoptose, que seria uma “morte celular programada”, ou seja, impede que o câncer se espalhe e produz a morte de suas células. Os estudos com esta substância foram iniciados no começo dos anos 90 no Instituto de Química de São Carlos – USP, O pesquisador ele e seu grupo pretendiam chegar a uma substância que tivesse certa seletividade para íons cálcio. No processo de investigação, depararam-se com dois trabalhos, feitos nas décadas de 1930 e 1960, e que analisavam uma substância (a fosfoamina) encontrada ao redor de tumores. Aqueles textos determinaram que a substância era cancerígena.

 Contudo, deixaram Gilberto Orivaldo Chierice intrigado, “pois afinal, todas as células possuem essa substância em suas membranas, além de outras derivadas como, por exemplo, a esfingomielina”. Ele passou, então, a estudar com mais profundidade biologia celular e bioquímica, pois achava que havia um equívoco na literatura. Concluiu que, na verdade, o acúmulo de fosfoamina ao redor dos tumores era um reflexo da ação do sistema imunológico e que a substância era originária do retículo endoplasmático de células de músculos longos e do fígado. Assim, considerou que se conseguisse produzir aquela substância em laboratório, ela poderia ser usada para combater células neoplásicas que são as células tumorai .

A Síntese e os Testes

Assim o Gilberto Orivaldo Chierice com o seu grupo passou a sintetizar o composto, que passou a ser chamado de fosfoetanolamina sintética, e o encaminhou para a Faculdade de Medicina da Unesp de Bauru, onde foram feitos testes para avaliar efeitos colaterais e de toxicidade em animais. O estudo apontou que o composto não era tóxico e que a Dose Letal (DL50) foi o equivalente a 7 kg para uma pessoa de 70 kg, ou seja, seria necessário que alguém ingerisse uma quantidade enorme da substância para que corresse algum risco de morte.

No ano de 1995 foi realizado um convenio  entre a USP e o Hospital Amaral Carvalho, de Jaú, para que a fosfoetanolamina fosse testada em humanos, na época na existia a Anvisa a mesma passou a existir só em 1999 , porem  era necessário atender a protocolos do Ministério da Saúde, que chancelou o convênio. Foram iniciados os testes hoje chamados de “pré-clínicos”: DL50, toxicidade e, por fim, eficácia. Os pacientes assinavam um documento atestando que estavam cientes de que a substância era experimental. O estudo para a aplicação em seres humanos foi realizado em cinco áreas: cabeça e pescoço, gastrenterologia, mama, urologia e ginecologia.

Fim do Convênio

O convênio durou alguns anos, mas não o prazo previsto inicialmente. Por razões que Chierice desconhece, as quantidades de fosfoetanolamina demandadas pelo hospital foram diminuindo e alguns médicos abandonaram o projeto. No protocolo constava que foram escolhidos 11 pessoas em cada uma das cinco áreas, significando que 55 pacientes participaram do experimento. O hospital alega não dispor dos resultados.

Com o desinteresse do hospital, outros médicos que participaram dos estudos passaram a orientar os pacientes a obterem as cápsulas diretamente na USP.

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