A Passiflora

1. INTRODUÇÃO

O atributo mais destacado das Passifloras é a formosura de suas flores, as quais seduziram e intrigaram os jesuítas que, durante os séculos XVI e XVII, chegaram ao Novo Mundo para executar a tarefa da catequese. Os catequizadores tornaram as estruturas florais símbolos da Paixão de Cristo e essa associação conferiu à planta o nome de “Flor-da-Paixão”, mantendo assim, o nome desta família de plantas – Passifloraceae (SACCO apud DE SOUZA, 1997).

A família Passifloraceae compreende cerca de 650 espécies dispostas em 16 gêneros, disseminados nas regiões tropicais e subtropicais da América e da África (CRONQUIST, 1981). O gênero Passiflora é basicamente americano, porém é cultivado em vários países do mundo. No Brasil, existem ao menos 79 espécies, distribuídas especialmente pelos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (SACCO, 1980).

As espécies mais mencionadas na literatura, para as quais há informações científicas coerentes com o uso empírico são P. actinia, P. alata, P. edulis, P. incarnata e P. quadrandularis. Destas, apenas P. alata é citada pela Farmacopéia Brasileira, nas suas 1ª, 2ª e 3ª edições. Além disso, é representado por vários medicamentos fitoterápicos comercializados no Brasil, com a indicação de calmante (ANVISA, 2006).

P. alata é uma trepadeira com gavinhas, caule firme, tetrangulado, os ângulos alados. Com folhas simples, inteiras, ovais ou ovado-oblongadas, membranáceas, peninervadas, de margem lisa ou finamente denticulada de até 21 cm comprimento e de até 14 cm de largura, na face vivaz de cor verde-escura e no verso, lívidas. O pecíolo é curto, com 2 a 6 cm superiormente canaliculados, com 2-4 glândulas sésseis, orbiculares. Estípulas pequenas, foliáceas, lineares ou linear- lanceoladas a ovado-lanceoladas, de margem lisa ou serrilhada, com 1 a 2 cm de extensão e até 1 cm de largura (SACCO, 1980).

Segundo KIM e GORMAN (2005), medo e ansiedade compõem as primeiras respostas naturais de defesa frente a uma ameaça potencial, sendo a habilidade de pressentir a ameaça uma chave imprescindível à sobrevivência. No entanto esse mecanismo pode perder a habilidade de auto regulação transformando-se assim, em um distúrbio de ansiedade. Um indivíduo ansioso sente-se exposto ao perigo a todo momento, ou seja, esse indivíduo é incapaz de “ligar” e “desligar” o seu instinto de proteção quando mister.

Neste sentido, as plantas medicinais podem se tornar uma fonte de moléculas inovadoras com mecanismos de ação diferenciados dos existentes ou com melhor relação risco/benefício que os fármacos atualmente disponíveis no comércio (CALIXTO, 2001).

O conhecimento atual sobre a farmacologia do gênero Passiflora sugere seu potencial para o desenvolvimento de medicamentos ansiolíticos e hipnótico/sedativos. Apesar do caráter oficial de P. alata, os estudos com esta espécie são insuficientes, em aspectos químicos e farmacológicos. (DE PARIS et al., 2002; REGINATTO et al., 2006; FENNER, 2006).

1. OBJETIVOS

1. Objetivo Geral

Realizar revisão bibliográfica sobre os efeitos da Passiflora alata no SNC (Sistema Nervoso Central).

1. Objetivo Específicos

• Identificar as propriedades da Passiflora alata;
• Identificar os mecanismos de ação da P. alata no SNC;
• Identificar as enfermidades tratáveis com a P. alata.

1. METODOLOGIA

Realizar levantamento bibliográfico, com embasamento em bancos científicos a respeito da Passiflora alata.

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CRONOGRAMA

1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Banco de dados. Produtos das empresas de medicamentos e hemoderivados. Disponível em: http://www.anvisa.gov/medicamentos/banco_med.htm. Acesso: dezembro 2006.

BERNACCI LCC, A.C.; Milward-de-Azevedo, M.A.; Nunes, T.S.; Imig, D.C.; Mezzonato, A.C. Passifloraceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil http://www.floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB125082015 [cited 2015 24 Ago].

CALIXTO, J.B. Estudo Farmacológico Pré-Clínico de Plantas Medicinais. In: YUNES, R. A. & CALIXTO, J.B. (Org.) Plantas Medicinais sob a ótica da Química Medicinal Moderna. Chapecó: Argos, 2001, p. 77-99.