Anticonceptivos

Conceitos:

Anticonceptivos  

“são drogas usadas no controle da fertilidade. Os para uso femenino consistem de progestagenios e estrogenios.” (KOROIKOVAS; BURCKHALTER, 2013, P 700).

.Teoricamente falando, a fecundação pode ser impedida de vários modos, tanto no homem quanto na mulher. No homem, mediante interferência: na espermatogénese, no trasporte do esperma, na composição do fluido  seminal. Na mulher, por intervenção em um ou mais dos seguintes processos: a ovulação, transporte do óvulo, transporte do esperma, fertilização, transporte do zigoto, implantação. Em outras palavras, pode –se evitar a fecundação atravez de uma ou mais das seguintes medidas:

• Limitar as relações sexuais ( coito ) a uma época do ciclo reprodutivo femenino quando não existe óvulo disponivel para a fecundação;
• Impedir que os espermatozóides sejam  depositados no canal vaginal;
• Bloquear os espermatozóides no muco cervical e impedir, assim, sua penetração no trato superior do aparelho reprodutor femenino;
• Impedir a liberação dos espermatozóides para dentro do esperma.
• Bloquear a ovulação ou impedir a penetração do óvulo na porção mediana da trompa onde ocorre a fecundação;
• Interferir no transporte do ovo pela trompa ou impedir o processo de implantação.

EMPREGO

Actualmente são usados vários métodos anticoncepcionais, dentre os quais destacam - se os seguintes : contraceptivos orais, contraceptivos injectáveis, dispositivos intra - uterinos, intracervicais e vaginais, esterilização do homem ou da mulher, interrupção da gravidez, abstinência periódica da actividade sexual.

Segundo pesquisas realizadas, indicam que os principais métodos contaceptivos usado pelas mulheres casadas na faixa etária de 15 a 44 anos são: Pílulas ( 22%), esterilização ( 19, homens e mulheres), Preservativo ( 7%), dispositivos intra - uterino ( 6% ), rítmo (3%), diafrágma (3%).

No que concerne a eficácia, os principais métodos podem ser classificados da seguinte maneira:

• Mais eficazes: anticoncepcionais orais;
• Altamente eficazes: diafragma com geléia ou creme espermaticida, dispositivos - intra uterinos, métodos de ovulação;
• Moderadamente eficazes: Preservativo, preparados espermaticidas, método da temperatura;
• Menos eficazes: coito interrompido, método do rítmo;
• Pouco eficaz: ducha vaginal.

EFEITOS ADVERSOS

Os anticonceptivos  causam diversos efeitos adversos, para o lado dos seguintes Sistema:

• Cutáneo – cloasma ou melisma, perda de cabelo, hirsutismo, acne;
• Gastro - intestinal – náusea, vómitos, aumento ou diminuição de apetite, dor abdominal, constípação, diarréias, anemia megaloblastica, ictericia colestática, adenoma hepático, e mais;
• Cardiovascular – tromboflebite, embolismo pulmonar, trombose cerebral, infarto do miocárdio.
• Endócrino – anovulação, alteração no metabolismo dos carboidratos, aumento do nivel de transcostina, e mais.
• Nervoso – alterações psíquicas, distúrbios neuroflálmicos.

CLASSIFICAÇÃO

“Os anticoncepcionais químicos  mais usados podem ser divididos em quarto classes: contraceptivos orais, abortifaciêntes, espermatocidas e antiespermatogênicos.” (KOROIKOVAS; BURCKHALTER, 2013, P 700).

Contraceptivos orais

Os contraceptivos orais são, por enquanto, de uso exclusivamente femenino. Constam de derivados dos seguintes esteróides: estradiol, testosterone, pregna-4, 6-dieno-3, 20-diona e pregnadieno. Outro grupo é constituido de compostos sintéticos com estruturas variadas.

“Existem dois tipos principais de contraceptivos orais: combinação de um estrogenio com uma progesterona ( a pílula combinada); e Somente progesterona ( a pílula apenas com progesterona).”(RANG et all. P.425).

A PÍLULA COMBINADA

“A pilula contraceptiva oral combinada actua ipedindo a ovulação. ” LOBO e STANCZYK, 1994 (apud GOODMAN, GILMAN, 1996, P 1222).

É extremamente eficaz, pelo menos na ausência de doenças intercorrentes e de tratamento com fármacos com os quais, potencialmente, possa interagir. O estrogenio que, na maioria dos casos, é combinado nessas preparações  e o etinilestradiol, apesar de algumas poucas preparações conterem o mestranol. A progesterona pode ser noretisterona, levonorgestrel, etinodiol, ou em pilulas de Terceira geração – desogestrel ou gestodeno, que são mais potentes, possuem menos acção androgénica e causam poucas mudanças no metabolismo de lipoproteinas, mas que provavelmente, possuem risco maior de trombolia que as prearações de segunda geração. Essa pílula combinada é tomada por 21 dias consecutivos, seguido de 7 dias sem pílula, o que causa sangramento.

Mecanismo de acção

O modo de actuação da pílula combinada é a seguinte:

• O estrógeno inibe a secreção de FSH, via retroalimentação negativa na adeno-hipófise, e, assim, suprime o desenvolvimento do ciclo ovariano;
• A progesterona inibe a secreção do LH e, assim, previne a ovulação; também estimula a produção do muco cervical menos suceptivel a passgem de esperma;
• Estrógeno e progesterona agem combinadamente para alterar o endométrio de tal forma a evitar a implantação.

Efeitos Adversos

• Ganho de peso, retenção de fluido ou efeito anabólico, ou ambos;
• Pouca náusea, rubor, tontura, depressão e irritabilidade;
• Mudanças na pele (Acne e/ou aumento na pigmentação);
• Amenorreia de duração variável na sessação da ingestão da pílula.

PÍPULA SÓ COM PROGESTERONA

Os fármacos usados nas pílulas só com progesterona incluem noretisterona, levonorgestrel ou etinodiol. A pilula é tomada sem interupção. O mecanismo de acção ocorre primariamente sobre o muco cervical, que se torna inviável para o esperma. A progesterona, provavelmente, também impede a implatação através do seu efeito sobre o endométrio, e sobre a motilidade e as secrecções das tubas uterina.