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Fármacos e outros objetos sócio-técnicos

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Por:   •  9/10/2013  •  Seminário  •  3.855 Palavras (16 Páginas)  •  689 Visualizações

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Fármacos e outros objetos sócio-técnicos:notas para uma

genealogia das drogas

Estas notas esboçam uma genealogia das drogas. Trata-se de acompanhar os movimentos intersticiais constituídos pelas e em torno das drogas, tal exploração propõe que as drogas sejam consideradas como uma categoria complexa e polissêmica que recobre e reúne, por vezes de modo marcadamente ambíguo,como também isola e separa, tantas vezes de modo instável, matérias moleculares as mais variadas.Chamara de “alimentos-droga” – como o açúcar, o café, o chá e o chocolate, por exemplo – bem como àquelas que correntemente nomeamos medicamentos ou fármacos.

Os contatos dos europeus com os povos do Oriente existiam há longa data. Entretanto, desde a cisão do império romano, eles haviam escasseado. Essa situação só viria a se alterar significativamente com as Cruzadas. Entre elas figura o gosto pelas especiarias exóticas, o qual se fazia notar, sobretudo entre os nobres abastados da Europa Medieval

Entre elas figura o gosto pelas especiarias exóticas, o qual se fazia

notar sobretudo entre os nobres abastados da Europa Medieval .Também as camadas populares não aderiram às novas perspectivas abertas pela anatomia

e pela alquimia de modo automático, nem viram suas precárias condições de vida alteradas demodo significativo a partir desse período.

Conforme Schivelbusch (1993, p. 12-13), “as especiarias desempenharam um tipo de papel catalisador na transição da Idade Média para os tempos modernos. Elas compreenderam parte de ambos os períodos, não pertencendo claramente a nenhum deles, e, não obstante, influenciando os dois de maneira decisiva”. No entanto, a loucura das especiarias não poderia durar para sempre, ao menos não da mesma maneira. Um dos fatores responsáveis pela queda da importância das especiarias no tráfico internacional foi a emergência, na Europa do início do século XVII, de um novo grupo de“alimentos de luxo”: o café, o chá, o chocolate, o açúcar, o tabaco e as bebidas alcoólicas destiladas.

O outro fenômeno diz respeito ao uso de drogas terapêuticas. Até o século XIX, a produção de substâncias de uso terapêutico envolvia o emprego quer de plantas inteiras, frescas ou secas, quer de produtos caracterizados pela mistura de uma impressionante variedade de substâncias, como as tinturas e as ancestrais triagas

De fato, foi impressionante o montante de novos produtos introduzidos, a partir da

química, nas práticas terapêuticas ao longo do século XIX. Entre eles, destacam-se aquelas substâncias de origem vegetal com pronunciado efeito fisiológico sobre os animais que passaram a ser conhecidas, a partir de 1818, como alcalóides16, bem como uma variedade de produtos de síntese17 cujo emprego teve forte impacto, quer no campo da terapêutica, quer muito além dele. A lista de novas substâncias introduzidas ao longo do século XIX mudaria drasticamente a capacidade de intervenção terapêutica da medicina.

Apesar desse impressionante volume de novas drogas introduzidas nas práticas terapêuticas ao longo do século XIX, nenhuma das teorias médicas avançadas ao longo de quase todo o século XIX seria capaz de explicar seus mecanismos de ação e sua eficácia.

sujeita a doenças

e em contato íntimo com a morte, as gerações passadas eram, apesar de tudo, acostumadas a conviver com a doença e a

freqüentar as antecâmaras do vazio, sabendo que qualquer esperança de longevidade era pouco justificada.

Conforme Canguilhem (1975, p. 51), “a prática da vacinação [...] é historicamente a primeira invenção de um tratamento efetivo e real para uma doença”. O termo “antibiose” (cujo sentido etimológico é “contra a vida”) foi inicialmente proposto em 1889 pelo microbiologista Paul Guillemin para designar os novos rumos da terapêutica preconizados pela bacteriologia de Pasteur.

Não obstante, para que isso se evidencie é necessário, de um lado, que se evite confundir extensão com quantidade e intensidade com qualidade, em suma, que se evite fazer uma leitura racionalista de extensão ou uma leitura romântica da intensidade; de outro lado, que se considere a extensão e a intensidade como distribuídas numa polaridade que, sendo tão tensa quanto tênue, é vazada por inúmeras situações intermediárias.

OBESIDADE

Atualmente o numero de obesos vem aumentando significativamente. Este fato é decorrente principalmente, do modo de vida que as pessoas estão levando. No Brasil, o numero de obesos superou o numero de desnutridos, o que torna a obesidade uma situação ainda mais preocupante.

A obesidade é o acúmulo de gordura no corpo causado quase sempre por um consumo de energia na alimentação, superior àquela usada pelo organismo para sua manutenção e realização das atividades do dia a dia. Ou seja: a ingestão alimentar é maior que o gasto energético correspondente.

Encontrar medicamentos seguros e efetivos para redução de peso há muito tempo tem sido o objetivo tanto de médicos quanto da indústria farmacêutica. Pesquisadores acreditam que medicamentos são a solução e esperam que algum dia substituam as caras e extremamente perigosas cirurgias bariátricas como as de bypass gástrico.

As drogas para o controle da obesidade são altamente criticadas e poucas são liberadas, mas médicos afirmam que elas não são as piores, por exemplo, anticoncepcional oral aumenta em 250 vezes o risco de derrame, anti-inflamatórios elevam em até três vezes o risco de infarto e a aspirina aumenta a chance de sangramento digestivo e no cérebro, o que mostra que todo remédio tem sem efeito colateral.

É difícil emagrecer, com ou sem remédio, mas obesidade pode matar. É preciso fazer campanhas contra a obesidade e discutir com a indústria a redução dos teores de açúcar, sal e gordura nos alimentos. A luta é de toda a sociedade

Mazindol

1. Introdução

Mazindol é um fármaco anorexígeno, estruturalmente relacionado com a anfetamina, introduzido no mercado farmacêutico do Brasil em 1999, utilizado no tratamento da obesidade.[1]

2. Estrutura

O mazindol apresenta uma estrutura molecular

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