O Valvulopatia

O que é valvulopatia?

A valvulopatia é uma doença na qual uma ou mais válvulas cardíacas não funcionam apropriadamente.

O coração tem quatro válvulas: tricúspide, pulmonar, mitral e aórtica. Essas válvulas têm abas que abrem a fecham em cada batimento cardíaco, as mesmas fazem com que o sangue flua na direção correta através das quatro câmaras cardíacas para o resto do corpo.

Defeitos de nascença, alterações relacionadas à idade, infecções e outras condições podem fazer com que uma ou mais válvulas cardíacas não abram totalmente, ou deixem o sangue vazar de volta para as câmaras cardíacas. Isso pode afetar a capacidade do coração de bombear sangue.

Valvulopatia Mitral

Etiologia

A Estonese mitral é uma doença valvar comum e tem como principal etiologia a a doença reumática. A estenose mitral decorre de um processo que evolui por anos e se deve a fibrose cicatricial e a posterior calcificação com encurtamento das cúspides e cordoalhas tendíneas. (cordoalhas tendíneas são estruturas elásticas que ligam os músculos papilares a parte externa da válvula mitral)

Prevalência

Ocorre quatro vezes mais no sexo feminino, em 50% dos casos não há referências de doença reumática prévia, por passar a fase aguda sem ter sido notada.

Incidência

Estenose mitral congênita é encontrado em menos de 1% dos casos adultos. A calcificação do anel valvar no idoso raramente leva a estenose.

Fisiopatologia

Na estenose valvar mitral o estruturamento do orifício dificulta o esvaziamento do átrio no ventrículo esquerdo causando o aumento da pressão arterial esquerda em determinados pelos diâmetros valvares e pelo fluxo sanguíneo este aumento de pressão no átrio esquerdo é responsável pelo aparecimento de fibrilação atrial que ocorre em 40% dos pacientes no curso da doença.

Quando a resposta ventricular for rápida podem surgir ou se agravar em os sintomas devido à diminuição do tempo de enchimento ventricular. Na estenose mitral, a pressão elevada no sistema venoso pelo aumento de pressão no átrio esquerdo associado a pressão hidrostática determina a constituição nas arteríolas na porção basal dos pulmões por essa razão a maior parte do fluxo sanguíneo se desloca para os lobos superiores, observando-se inversão da circulação pulmonar.

Insuficiência Mitral

Se deve a alteração em 1 ou mais componentes do aparelho valvar: cúspides, cordas tendíneas, anel valvar ou músculos papilares. Resultante da coaptação imperfeita dos folhetos mitrais durante a fase de ejeção.

Etiologia

A causa mais comum da insuficiência mitral é a doença reumática, mas também pode vim de um prolapso valvar e doença coronária.

Frequência

Homens.

Insuficiência Mitral Aguda

O átrio esquerdo é pequeno e complacente, logo, terá uma alta pressão na ejeção de sangue.

Insuficiência Mitral Crônica

o átrio esquerdo é dilatado, portanto o aumento da pressão em seu interior é pequeno, sem elevar muito a pressão na ejeção de sangue.

Prolapso da valva mitral

É uma síndrome caracterizada pela proliferação maximatosa da cúspide que aumenta e a torna proeminente para dentro do átrio, no momento da contração sistólica, podendo produzir um estalido.

Prevalência

De 5 a 10% da população.

Etiologia

Presença de proliferação maximatosa, doenças idiopáticas e distrurbio do tecido conjuntivo como distrofia muscular de Duchene, osteogenese imperfeita e periartrite.

Frequência

Mulheres.

Quadro clínico

O principal sintoma e a dispneia no grande esforço, desconforto torácico que se assemelha a angina e palpitações, devido a fibrilação arterial.

Exame Físico

Geral: Extremidades frias e cianose periférica.

Pulso: Pulso arterial apresenta-se com amplitude normal ou diminuída.

Exame Complementar

Eletrocardiograma

Rx de tórax: Ventrículo esquerdo estará edemaciado e aumentado.

Ecocardiografia

Hemodinâmica

Manometria

Angiografia: Avaliará o volume do átrio e ventŕiculo esquerdo.

Coronariografia

Tratamento Cirurgico

Comissurotomia Mitral: Troca da valva mitral

Valvotomia mitral com cateter-balão: Faz a dilatação da valva mitral e insere um cateter-balão.

Indicado para grávidas.

Valvulopatia Aórtica

É a segunda valvulopatia mais comum, vindo depois das patologias da válvula mitral.

Sua prevalência aumenta com a idade, afetando aproximadamente 4,5% da população com idade superior a 75 anos. No Brasil, com o aumento de expectativa de vida, estima-se que, em 2030, teremos aproximadamente 350 mil pacientes com a patologia.

São observados dois tipos de valvulopatia aórtica:

- No caso de estenose aórtica, a válvula aórtica fica impossibilitada de abrir-se de forma correta, o que leva a hipertrofia do ventrículo esquerdo. E existem 3 tipos:

- Estenose aórtica congênita:

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