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Alexitimia

Tese: Alexitimia. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/3/2014  •  Tese  •  999 Palavras (4 Páginas)  •  396 Visualizações

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Alexitimia

Introdução

O presente trabalho é sobre alexitimia, transtorno raro que impede o indivíduo de expressar suas emoções verbalmente.

Este trabalho foi elaborado com o objetivo de orientar e informar a sociedade que nem todo indivíduo que não consegue se expressar verbalmente ou não se relaciona socialmente o faz simplesmente porque assim deseja. Existem pessoas que por serem portadoras de alexitimia, transtorno que as impedem ou dificultam que manifestem o que sentem, se distanciam das demais; as vezes porque a sociedade as rejeitam ou até mesmo pelo motivo de se sentirem incomodadas em não se expressarem com clareza.

A metodologia utilizada foi a pesquisa realizada em sites da internet.

Alexitimia

Alexithymia é de origem grega, onde a partícula “a” tem sentido de “falta ou ausência”; lex significa “palavra” e thymos “emoção ou sentimento”. A palavra alexitimia pode ser literalmente traduzida como “sem palavras para sentimento”.

Na verdade, a alexitimia é a incapacidade que o indivíduo tem de exprimir verbalmente os estados emocionais, ainda que os sinais fisiológicos que correspondem a tais estados estejam claramente presentes.

Na infância não aprenderam a expressar alegria, raiva ou tristeza. Mesmo assim não são indiferentes a situções que provocam algum tipo de emoção como quando perdem a linha de pensamento durante uma apresentação numa reunião de trabalho, por exemplo, deixam transparecer sinais evidentes de constrangimento: enrubescem, gaguejam, transpiram, têm taquicardia; porém se são questionadas sobre o que sentem nessa circunstância não conseguem explicar. Elas simplesmente não são capazes de exprimir suas emoções em palavras.

Para que haja sentimento é necessário que exista uma passagem, uma sequência entre as áreas subcorticais responsáveis pela emoção e as áreas corticais pré-frontais responsáveis pela cognição, para que a pessoa crie sentimentos conscientes; e isso não ocorre de maneira satisfatória nas pessoas que tem alexitimia.

Conforme estudos americanos recentes estima-se que a cada sete pessoas, pelo menos uma preencha os critérios do transtorno de alexitimia e dentre elas os homens têm uma porcentagem maior da ocorrência do distúrbio do que as mulheres. Os estudos mostram que para um sentimento ser percebido de forma consciente, primeiro é preciso que o córtex frontal (lobo frontal) analise as informações enviadas pelo sistema límbico. Foi descoberto indícios de que em indivíduos com alexitimia os dois hemisférios cerebrais se comunicam de forma precária e talvez por isso eles não consigam relacionar as sensações físicas com os respectivos estados mentais. Segundo os pesquisadores, é provável que a causa do transtorno se encontre na primeira infância porque um bebê, assim como o alexitímico, ainda não associa suas emoções a conceitos como medo ou alegria; eles as percebem apenas de forma física como por exemplo, quando por causa do medo sentem um nó na garganta ou surgem lágrimas em seus olhos. Somente mais tarde as crianças aprendem a organizar as próprias reações corporais em contextos mais amplos e reconhecem que outras pessoas têm experiências semelhantes. É nesse momento que adquire condições para se tornar um indivíduo social e consciente.

Nessa fase os pais e as pessoas mais próximas à criança desempenham papel decisivo no processo de desenvolvimento. Ao interrogar, consolar ou repreender o filho, a mãe costuma utilizar expressões como “você está feliz!”, “não fique triste” ou “não seja tão impaciente!”. Com essas frases ela dá nome às emoções e assim, mais tarde, a criança poderá, por si só, identificar seus sentimentos e compartilhá-los com os outros mais facilmente.

O psiquiatra Maurice Corcos, doutor da Universidade Paris-Diderot, ressalta que as primeiras trocas entre a mãe e a criança são decisivas para a criação de uma espécie de “banco de dados dos sentimentos”. Se os pais sofrem de alexitimia ou depressão ou têm personalidade instável, há o risco de proporcionarem associações insuficientes a seus filhos. Mais tarde faltarão os vocábulos e principalmente os sentidos necessários

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