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Bases Diagnostica

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Por:   •  20/10/2013  •  3.202 Palavras (13 Páginas)  •  580 Visualizações

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IMUNIDADE E TIPOS

DE RESPOSTA

IMUNOLÓGICA 1

CONCEITO

Imunidade é a capacidade do organismo de reconhecer substâncias, considerá-las

estranhas e promover uma resposta contra elas, tentando eliminá-las.

A palavra imunidade origina-se do latim immunis, que se referia a indivíduos livres

de impostos, de encargos pesados, a pessoas protegidas ou beneficiadas em relação às

demais.

A grande maioria das substâncias que o organismo reconhece como “estranhas”

consiste em microrganismos ou substâncias que não são próprias dele e, portanto, a

eliminação desses agentes é um mecanismo de proteção. No caso de existirem células

anômalas, como células neoplásicas, também ocorre defesa diante do agente endógeno.

Assim, quase sempre a imunidade é benéfica ao indivíduo.

Em uma minoria de casos, o organismo passa a reconhecer

como agente “estranho” um componente endógeno próprio

do organismo ou responde de forma exacerbada contra certos

agentes exógenos. Nesses casos, a defesa passa a ser prejudicial.

Assim, imunidade não é sinônimo de defesa benéfica, embora

isso se dê na maioria dos casos.

A imunidade ocorre por meio do reconhecimento, da metabolização,

da neutralização e da eliminação de substâncias

consideradas estranhas ao organismo (Figura 1.1).

IMUNOLOGIA E IMUNOPATOLOGIA

Imunologia é o estudo da imunidade, cujo sufixo tem origem

no grego logos, que significa palavra, discurso sobre. Imunopatologia

é o estudo das alterações da imunidade, cujo sufixo

Figura 1.1

Conceito de imunidade.

18 capítulo 1 IMUNIDADE E TIPOS DE RESPOSTA IMUNOLÓGICA

tem origem no grego pathos, que significa doença. A imunopatologia

estuda em especial as alergias, as doenças auto-imunes e as imunodeficiências

(Figura 1.2).

A descrição da defesa do organismo precedeu ao conhecimento da

existência de microrganismos. Jenner, em 1796, tentou demonstrar uma

defesa contra varíola humana a partir de varíola em vacas; não conseguiu

que sua teoria fosse aceita, apesar de ter feito até uma auto-inoculação.

Koch, no século XIX, fez referência aos “microrganismos”. Com Pasteur,

em 1880, reconheceu-se o início da imunologia com a aplicação da vacina

anti-rábica. Metchnikoff, em 1887, descreveu a ingestão e a digestão de

microrganismos por células fagocitárias, estudando estrelas-do-mar. Em

1890, von Behring utilizou o termo “anticorpos” (Figura 1.3).

A imunologia está cada vez mais relacionada à etiopatogenia das

diferentes doenças e, ao estudar os processos utilizados pelo hospedeiro,

na manutenção de sua estabilidade, no confronto com substâncias consideradas

estranhas ao organismo, deixa implícito o fato de abranger

ciências básicas e clínicas.

O objetivo do estudo da imunologia é conhecer os conceitos da resposta

imunológica, os elementos inerentes a ela, como esses elementos

estão envolvidos nos mecanismos de defesa do organismo, como pode

ser feita a avaliação imunológica e como as alterações do sistema imunológico

podem levar a doenças. O entendimento dos conceitos imunológicos

das alergias e das doenças auto-imunes, seus mecanismos

etiopatogênicos e fisiopatológicos determinando sinais e sintomas, permite

a verificação de como tais mecanismos estão imbricados no tratamento

básico das doenças imunológicas do ser humano. O estudo das

imunodeficiências implica o conhecimento da imunologia básica com

os conceitos dos mecanismos envolvidos no imunocomprometimento,

suas repercussões clínicas e a investigação do comportamento da resposta

imunológica, permitindo o diagnóstico dessas deficiências.

SISTEMA IMUNOLÓGICO

O sistema imunológico é aquele responsável pela imunidade, ou seja, que determina

a defesa do indivíduo contra agentes agressores.

Anatomicamente, é constituído por dois sistemas: monocítico – macrofágico ou

fagocítico mononuclear; e linfocítico ou linfocitário – daí ser referido como sistema

linfocítico-macrofágico (Figura 1.4). Anteriormente, o sistema monocítico-macrofágico

era conhecido como sistema reticuloendotelial (SRE).

O sistema monocítico-macrofágico atua com uma constante vigília para o hospedeiro.

Diante de agentes estranhos, principalmente microrganismos intracelulares e células

neoplásicas, as células deste sistema realizam quimiotaxia, fagocitose e sintetizam

citocinas. O sistema

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