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Por:   •  24/6/2014  •  Projeto de pesquisa  •  10.526 Palavras (43 Páginas)  •  183 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Na conversa diária, usamos a palavra política de diversas formas que não se referem necessariamente a seu sentido fundamental . Assim, sugiro a alguém que seja mais político na sua maneira de agir, ou nos referimos à política da empresa, da escola, da Igreja, enquanto formas de exercícios e disputa do poder interno. Podemos falar ainda do caráter político de um livro de literatura, ou da arte em geral.

Mais próximo do sentido de política que nos interessa nesta Unidade, sempre nos referimos à política quando tratamos de ciência, de moral e, especificamente, de trabalho, lazer, quadrinhos, corpo, amor e etc... Embora se confundia com o objeto próprio de cada um desses assuntos, a política permeia todos eles.

Há também o sentido pejorativo da política, dado pelas pessoas desencantadas diante da corrupção e da violência, associando-a à politicagem, falsa política em que predominam os interesses particulares sobre os coletivos.

Mas afinal, de que trata a política ?

A política é a arte de governar, de agir o destino da cidade. Etimologicamente política vem de pólis ( cidade em grego ) .

Explicar em que consiste a política é outro problema, pois, se acompanharmos o movimento da historia, veremos que essa definição varia e toma nauances as mais diferentes. O mesmo ocorre quando lembramos que o político é aquele que atua na vida pública e é investido do poder de imprimir determinado rumo à sociedade. Múltiplos são os caminhos, entre eles podemos destacar : * se quisermos estabelecer a relação entre política e poder ; * entre poder, força e violência ; * entre autoridade coerção e pensamento ; * entre Estado e governo e etc... Por isso é complicado tratar de política em geral , é preciso delimitar as áreas de discussão e situar as respostas historicamente.

Assim, é possível entender a política como luta pelo poder, conquista, manutenção e expansão do poder. Ou refletir sobre as instituições políticas por meio das quais se exerce o poder.

E também indagar sobre a origem, natureza e significação do poder. Nessa última questão surgem problemas como, qual é o fundamento do poder ? Qual é a sua legitimidade ? É necessário que alguns mandem e outros obedeçam ? O que torna o poder de um sobre o outro ? Qual é o critério de autoridade ?

Abordaremos alguns dessas questões nos capítulos seguintes, á medida que tratarmos dos problemas que preocuparam os filósofos no correr da história.

O PODER

Discutir política é referir-se ao poder, embora haja inúmeras definições e interpretações a respeito do conceito de poder, vamos considerá-lo aqui, genericamente, como sendo a capacidade ou possibilidade de agir, de produzir efeitos desejados sobre indivíduos ou grupos humanos. Portanto, o poder supõe dois pólos ;O de quem exerce o poder ; E o daquele que o poder é exercido ; Portanto, o poder é uma relação, ou um conjunto de relações pelas quais indivíduos ou grupos interferem na atividade de outros indivíduos ou grupos.

PODER E FORÇA

Para que alguém exerça o poder, é preciso que tenha força, entendida como instrumento para o exercício do poder. Quando falamos em força, é comum pensar-se imediatamente em força física, coerção, violência. Na verdade, este é apenas um dos tipos de força.

Diz Gérard Lebrun, “ se, uma democracia, um partido tem peso político, é porque tem força para mobilizar um certo número de eleitores . Se um sindicato tem peso político, é porque tem força para deflagar uma greve. Assim força não significa necessariamente a posse de meios violentos de coerção, mas de meios de outra pessoa. A força não é sempre ( ou melhor, é rarissimamente ) um revólver apontado para alguém, pode ser charme de um ser amado, quando me extorque alguma decisão ( uma relação amorosa é , antes de mais nada, uma relação de forças ) . Em suma, a força é a canalização da potência, é a sua determinação . “

ESTADO E PODER

Entre tantas formas de forças e poder, as que nos interessam aqui referem-se à política e, em especial, ao poder do Estado que, desde os tempos modernos, se configura como a instância põe excelência do exercício do poder político.

Na Idade Média certas atribuições podiam ser exercidas pêlos nobres em seus respectivos territórios, onde muitas vezes eram mais poderosos do que o próprio rei. Além disso, era difícil, por exemplo, determinar qual a última instância de uma decisão, daí os recursos serem dirigidos sem ordem hierárquica tanto a reis e parlamentos como a papas, concílios ou imperadores.

A partir da Idade Moderna, com a formação das monarquias nacionais, o Estado se fortalece e passa a significar a posse de um território em que o comando sobre seus habitantes é feito a partir da centralização cada vez maior do poder. Apenas o Estado se torna apto para fazer e aplicar as leis, recolher impostos, Ter um exercito. A monopolização dos serviços essenciais para garantia da ordem interna e externa exige o desenvolvimento do aparato administrativo fundado em sua burocracia controladora.

Por isso, segundo Max Weber, o Estado moderno pode ser reconhecido por dois elementos constitutivos a presença do aparato administrativo para prestação de serviços públicos e o monopólio legítimo da força.

O PODER LEGÍTIMO

Embora a força seja uma condição necessária e exclusiva do Estado para o funcionamento da ordem na sociedade, não é condição suficiente para a manutenção do poder. Em outras palavras, o poder do Estado que apenas se sustenta na força não pode durar. Para tanto, ele precisa ser legítimo, ou seja, Ter o consentimento daqueles que obedecem.

Ao longo da história humana foram adotados os mais diversos princípios de legitimidade do poder .

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