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Entorpecentes

Tese: Entorpecentes. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  7/10/2014  •  Tese  •  844 Palavras (4 Páginas)  •  181 Visualizações

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A pessoa vai ficando tolerante aos efeitos da cocaína, fenômeno que acontece com todas as drogas. Na primeira vez, como o cérebro não está acostumado, o impacto de prazer é mais imediato e tende a durar mais. Com o passar do tempo, porém, há uma readaptação cerebral ao estímulo constante da droga. O cérebro vai se acostumando e são necessárias doses cada vez maiores para produzir o efeito que passa muito depressa. Na verdade, o cérebro procura sempre manter certo equilíbrio. Ele tenta readaptar-se após a exposição à droga o que, com a repetição do uso, torna o efeito mais rápido e passageiro, contribuindo assim para manutenção da dependência e o aparecimento dos danos causados pela cocaína.

Vale salientar que existe o mito de que a cocaína é um estimulante cerebral, considerando seu efeito euforizante que faz a pessoa sentir-se mais poderosa. Na realidade, porém, o metabolismo do cérebro cai muito com seu uso, porque diminui a quantidade de oxigênio em zonas importantes. O cérebro do usuário de cocaína é embotado, muito pobre em termos de estímulos.

Atualmente, há recursos que permitem avaliar o funcionamento cerebral e deixam claro o enorme contraste existente entre o cérebro normal, rico e vivo que consome bastante glicose, por exemplo, e o do usuário de cocaína, que se mostra alterado substancial e principalmente nas regiões frontais, ou seja, nas regiões do pensamento, do controle dos estímulos e da impulsividade. Isso explica em parte o comportamento impetuoso dessas pessoas. Conhecer esse fato é importante para as famílias e para os clínicos, pois ajuda a entender por que elas não pensam muito, gastam dinheiro demais e muitas vezes se tornam violentas (parte da violência urbana está relacionada com o uso de cocaína). A pessoa que está “cheirada” e comete se envolve num crime é a que atira primeiro e por qualquer motivo, já que o funcionamento de seu cérebro está substancialmente alterado.

s sintomas de abstinência são peculiares a cada droga. O impacto do reflexo biológico da cocaína é diferente do da nicotina. O sintoma agudo da cocaína é o efeito que dá prazer imediato e a sensação de poder. Quando ele passa, o sintoma remoto da abstinência se caracteriza por diminuição desse prazer, um pouco de depressão e alienação.

Você se referiu a um aspecto importante da abstinência em sua pergunta. Estudos indicam que, quando o usuário vê cocaína, ou se encontra numa situação em que pode consegui-la, ou assiste a filmes que abordam o tema, várias regiões de seu cérebro quase que se iluminam, pois o impacto biológico é muito grande e aumenta a vontade de consumir a droga.

Isso tem implicação no tratamento. O cérebro de pessoas que se tornaram dependentes e estão tentando recuperar-se, reage de modo distinto diante da possibilidade de usar cocaína. Algumas ficam internadas seis meses em uma clínica e voltam para casa. A perspectiva de ter acesso à droga ou de encontrar um amigo que a consuma provoca uma reação biológica, um impacto cerebral diferente. Isso já foi demonstrado pelo PET Scan (um exame para analisar a atividade dos vários centros cerebrais) e essas pessoas precisam estar preparadas para enfrentar a inevitável vontade de usar cocaína, caso se vejam diante dessa possibilidade no futuro.A quantidade necessária para provocar uma overdose varia

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