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IMPORTÂNCIA CLÍNICA DAS BETA-LACTAMASES

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Por:   •  28/11/2014  •  367 Palavras (2 Páginas)  •  332 Visualizações

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IMPORTÂNCIA CLÍNICA DAS BETA-LACTAMASES

A incidência crescente da produção de β-lactamases por patógenos presentes na comunidade como em hospitais, tem exercido um impacto considerável na maneira de prescrever os antimicrobianos. No tratamento de infecções comuns adquiridas pela comunidade tais como infecções do trato urinário (ITU), otite média ou broncopneumonia, o uso de penicilinas tem diminuído, aumentando assim, o uso de associações de penicilinas ou cefalosporinas de segunda e terceira geração com algum inibidor de b-lactamase (Nicolas-Chanoine, 1996).

Os microrganismos produtores de ESBL ocorrem com frequência em surtos e causam um dilema terapêutico devido ao padrão de resistência a múltiplas drogas. Esses microrganismos também causam uma preocupação com o controle da infecção devido à disseminação de cepas de paciente para paciente, e pelo aparecimento de cepas policlonais devido à transmissão de elementos genéticos entre cepas e gêneros distintos de bacilos Gram-negativos (Patterson, 2000).

As características epidemiológicas dos surtos de ESBL têm sido estudadas por vários pesquisadores. Dentre os fatores de risco associados à aquisição de microrganismos que produzem ESBL, podemos citar o uso de cateteres (arterial, venoso central e urinário), colonização intestinal, duração da estada na UTI ou mesmo no hospital, administração anterior de ceftazidima ou aztreonam, cirurgia abdominal de emergência e assistência ventilatória (DeChamps et al., 1991; Schiappa et al., 1996; Lucet et al., 1996; Piroth et al., 1998).

Medidas para controlar surtos foram relatadas incluindo a restrição ao uso de oximino-beta-lactâmico (especialmente ceftazidima) e um controle rígido das infecções com ênfase nos cuidados de barreira e lavagem das mãos. O trato intestinal é um reservatório de microrganismos que produzem ESBL, assim, a descontaminação intestinal tem sido também usada para o controle de surtos nas UTI (Brun-Buisson et al., 1989; Peña et al., 1998).

A avaliação dos tratamentos para o combate às infecções devido aos microrganismos que produzem ESBL é complicada pela diversidade dos tipos dessa enzima e pela variedade de fatores que podem modificar sua expressão. Os resultados podem ser influenciados pelo tipo de infecção e dependendo se o paciente está efetivamente infectado ou apenas colonizado. Frequentemente os pacientes estão infectados com vários patógenos necessitando de múltiplos agentes antimicrobianos. Também, é importante mencionar que, trocas significativas de uso de antibióticos também exercem uma pressão seletiva para novos microrganismos resistentes (Jacoby, 2000).

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