O lúpus eritematoso sistêmico (LES)

Todos os indivíduos apresentam sistema imunológico ativo. Essa capacidade do sistema imune faz com que o corpo monte uma resposta eficaz contra qualquer antígeno eliminando o elemento “estranho”. Entretanto, o sistema imune falha, por vezes, em reconhecer o próprio organismo provocando as chamadas doenças autoimunes. Desta maneira, doença autoimune é uma doença criada contra o próprio corpo. Entre as doenças autoimunes existentes neste trabalho vamos explicar sobre o lúpus eritematoso sistêmico.

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, multissistêmica, de causa desconhecida e de natureza auto-imune, caracterizada pela presença de diversos auto-anticorpos. Evolui com manifestações clinicas polimórficas, com períodos de exacerbações e remissões. De etiologia não totalmente esclarecida, o desenvolvimento da doença está ligado à predisposição genética e fatores ambientais, como luz ultravioleta e alguns medicamentos.

É uma doença rara, incidindo, mais frequentemente, em mulheres jovens, ou seja, na fase reprodutiva, na proporção de nove a dez mulheres para um homem, e com prevalência variando de 14 a 50/100.000 habitantes, em estudos norte-americanos (D). A doença pode ocorrer em todas as raças e em todas as partes do mundo.

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas lúpus) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva (em meses) ou mais rapidamente (em semanas) e variam com fases de atividades e de remissão. São reconhecidos 2 tipos principais de lúpus: o cutâneo, que se manifesta apenas com manchas na pele (geralmente avermelhadas ou eritematosas e daí o nome lúpus eritematoso), principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar (rosto, orelhas, colo (“V” do decote) e nos braços) e o sistêmico, no qual um ou mais nos braços) e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos. Por ser uma doença do sistema imunológico, que é responsável pela produção de anticorpos e organização dos mecanismos de inflamação em todos os órgãos, quando a pessoa tem LES ela pode ter diferentes tipos de sintomas em vários locais do corpo. Alguns sintomas são gerais como a febre, emagrecimento, perda de apetite, fraqueza desânimo. Outros específicos de cada órgão como dor nas juntas, manchas na pele, inflamação na pleura, hipertensão e/ou problemas nos rins.

É uma doença pouco frequente. A prevalência mundial é de cerca de 1 em 1000 a 1 em 1.600 pessoas, variando nos diferentes grupos étnicos e raciais embora mulheres em idade reprodutiva e negras possuem uma incidência um pouco mais elevada. Predomina em mulheres jovem sendo a proporção de nove mulheres para cada homem acometido pela doença. É uma doença crônica, com curso imprevisível, podendo afetar qualquer órgão, levando grande impacto na qualidade de vida do paciente, além de grande impacto econômico. A média anual dos custos diretos com a doença varia nos EUA entre $13,700 a $21,000 (dólares).

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