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Schistosoma Mansoni

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Por:   •  9/7/2014  •  1.152 Palavras (5 Páginas)  •  299 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O Schistosoma Mansoni é o parasita causador da Esquistossomose, doença conhecida popularmente no Brasil como Barriga d’água. Sendo um indicativo sócio econômico, por ser encontrada nas regiões mais pobres. No Brasil há cerca de 5 milhões de pessoas contaminadas com esse parasita. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, 2014)

Pertencente ao filo Platyhelmintes, o Schistosoma Mansoni são animais de corpo achatado, da classe trematoda que habitam a água doce. Possuindo a cor esbranquiçada, não possui cílios, divisões ou epiderme externos, sendo o seu corpo recoberto por uma cutícula. (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA, 2014)

O Schistosoma Mansoni possui o tubo digestivo é incompleto e órgãos rudimentares. A fêmea possui cerca de 1,2 a 1,6 cm. Sendo o seu ovário encontrado na metade anterior do corpo e o seu útero curto, com um a quatro ovos. O macho possui seus tegumentos com tubérculos grosseiros e cerca de 6 a 8 pequenos testículos. Medindo cerca de 0,6 a 1,4 cm de comprimento. Na época de reprodução o macho que possui o canal ginecóforo, libera os espermatozoides para que atinjam o poro genital da fêmea. Os ovos são alongados e com espinho lateral, medindo aproximadamente 150 µm de comprimento, sendo postos pela fêmea na porção final do reto e liberados nas fezes para o meio externo. (REY, 2013)

2. CICLO DE VIDA

Os Schistosoma Mansoni necessitam de dois hospedeiros para completar a sua evolução, um molusco aquático do gênero Biomphalaria e um vertebrado, principalmente o Homem. Os parasitas adultos, localizados no hospedeiro definitivo, se acasalam nas vênulas da parede intestinal e liberam seus ovos nas fezes. (REY, 2013, ALBA et al, 2012 )

Os ovos ao entrarem em contato com a água eclodem, liberando o miracídio. O miracídio, que mede externamente 160 por 60 µm nadam em círculos durante horas em busca do hospedeiro intermediário, o molusco aquático do gênero Biomphalaria. Segundos os estudos realizados em laboratório, há liberação de substâncias pelos moluscos que estimulam a atividade miracidiana, que aceleram seus movimentos até encontra-lo e penetra-lo, essa penetração deve ser realizada no máximo até 24 horas da eclosão do ovo, caso contrário o miracídio morrerá. (ALBA et al, 2012.)

Após a penetração no caramujo o miracídio se desenvolve, sofrendo uma remodelação da sua estrutura e após 48 horas, a larva se transforma em uma estrutura sacular alongada, crescendo a cada dia, no oitavo a mesma apresenta-se como um tubo enovelado, imóvel, cheio de células germinativas em multiplicação. Essa fase é definida como esporocisto primário, que se multiplicaram. Os esporocistos secundários migram para as regiões do hepatopâncreas e do ovotéstis do molusco, onde continuam a crescer, possuindo uma parede mais grossa e cavidade germinativa mais estreita que os esporocistos primários, exibindo na extremidade anterior uma protuberância móvel e um poro para a eliminação das cercárias. (REY, 2013)

A maturação dos esporocistos e a reprodução assexuada dos mesmos formam as cercarias, sendo este tempo de 3 a 4 semanas, dependendo da temperatura ambiente. As cercárias são eliminadas por volta da quinta semana dos esporocistos, onde ganharam a corrente sanguínea seguindo para o reto, onde rompem as vesículas no tegumento dos moluscos, atingindo o exterior. (REY, 2013)

As cercárias se dividem entre corpo e cauda, sendo que o verme adulto se desenvolve a partir do corpo, onde se encontra os esboços embrionários, além dos órgãos necessários para a penetração no hospedeiro vertebrado, que devem acontecer no máximo de 30 horas após a saída do caramujo, caso contrário não sobreviveram. (REY, 2013)

Ao encontrar o hospedeiro definitivo, o Homem, as cercárias são atraídas pela superfície dérmica, onde através da ação lítica dos produtos de suas glândulas, as proteases, penetram o hospedeiro, deixando a cauda no exterior. (REY, 2013)

As cercarias após penetrarem a pele do homem, sofre uma nova reorganização que altera sua morfologia e fisiologia, se transformando em esquistossômulo. Após dois ou três dias, se o parasito não for destruído pelo sistema de defesa do hospedeiro, ele irá penetrar um caso cutâneo sendo levado pela circulação em direção ao coração e aos pulmões. Nos vasos pulmonares as larvas se tornam mais delgadas e mais longas, logo após se direcionam para o coração onde através da circulação chegam ao fígado, sendo necessário alcançar o sistema porta intra-hepático para completar o seu desenvolvimento. Após cerca de três semanas, eles crescem e seu tubo digestivo se desenvolve, ocorrendo também o amadurecimento sexual do macho e o acasalamento, que é essencial para que a fêmea possa completar o seu próprio desenvolvimento. Interligados eles se deslocam contra a corrente circulatória do sistema porta até chegar as vênulas do intestino, onde irão depositar os seus ovos. (REY, 2013)

3. SINTOMAS

Na fase aguda da doença o paciente apresenta coceiras e dermatites, febre, inapetência, tosse, diarreia, enjôos, vômitos e emagrecimento. (CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, 2007)

Já a fase crônica

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