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A LEPTINA e GRELINA

Por:   •  14/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.949 Palavras (8 Páginas)  •  509 Visualizações

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LEPTINA e GRELINA

INTRODUÇÃO

A obesidade é um dos grandes problemas de saúde que afeta milhares de pessoas em todo o mundo, que pode gerar outros problemas de saúde mais graves. Com a recente descoberta dos hormônios, leptina e grelina foi possível entender melhor como esses hormônios participam da regulação do balanço energético e estão relacionadas com o controle da obesidade.

A leptina, um polipeptídeo produto do gene ob, atua no cérebro para regular o balanço de energia. A descoberta de receptores de leptina na região do hipotálamo despertou interesse em se conhecer de que maneira a leptina influencia na obesidade. Alguns estudos experimentais em camundongos demonstraram que a administração de leptina resultou em considerável perda de peso nos animais. Além disso, esses estudos mostraram que baixas doses de leptina quando administrada diretamente no cérebro de animais, reduzia efetivamente a ingestão de alimento e o peso corporal. Com isso, surgia então, a expectativa de uma nova alternativa terapêutica no controle da obesidade.

A grelina é outro hormônio, que foi descoberto recentemente, considerado um novo regulador de grande interesse para o complexo sistema que controla a ingestão alimentar e peso corpóreo. Esta substância, produzida principalmente pelo estômago, foi revelada pelos pesquisadores, como um fator que estimula o apetite e parece estar envolvida no estímulo para iniciar uma refeição.

Por meio dessas descobertas pode se conhecer melhor como determinados hormônios conseguem ter um papel importante no controle da obesidade. Com o trabalho a seguir, realizado por meio de pesquisas, será possível conhecer melhor sobre esses hormônios, leptina e grelina, onde eles são produzidos, o modo de ação e onde eles estão localizados.

LEPTINA

O que é

A Leptina é um hormônio protéico específico produzido e secretado pelo tecido adiposo, que funciona como um “adiposto”, referindo-se à teoria lipostática, que produz a composição e o peso corporal em humanos é determinado por interações entre fatores genéticos, ambientais, comportamentais e sociais e da resposta a sinal periférico produzindo em quantidades proporcionais ao tecido adiposo no organismo.

A existência desse fator circulante, que aumenta com estoques de energia age no cérebro para inibir a ingestão de alimentos e as reservas no tecido, foi descoberta após mutações genéticas com os camundongos apresentam a mesma idade, sendo que um dos camundongos apresentava deficiência na produção do hormônio leptina.

A descoberta da leptina tem ajudado a esclarecer o papel dos adipócitos como sistema endócrino e de que modo ocorre a sinalização para ingestão ou não de alimentos, bem como, a regulação do metabolismo energético. Assim, a coordenação do balanço energético e do peso corporal envolve uma regulação entre ingestão de alimentos e gasto de energia em resposta a sinais agudos.

A leptina é sintetizada como um peptídeo de 167 aminoácidos (aa), transportadas para a circulação sanguínea com apenas 146 aa e uma massa molecular 14-16 kDa.. A cristalografia revela quatro hélices com estruturas semelhantes às das citoquinas, tais como as interleucinas.

Locais de produção e Modos de produção

Síntese e regulação

A leptina é produzida principalmente no tecido adiposo, embora também possa ser encontrada (em poucas quantidades) no epitélio intestinal, placenta (funcionando com um fator de crescimento para o feto, por sinalizar o estado nutricional da mãe), leite materno, músculo esquelético, gástrico e cérebro.

É codificada por um gene que tem três exons e dois íntrons(Figura 3). A região promotora tem elementos como TATA box, C/EBP (região de ligação à proteínas), GRE (elemento responsivo a glicocorticóides) e CREB (elemento de ligação à proteínas responsivo ao AMPc). A transcrição e a tradução ocorrem no tecido adiposo, placenta e trato gastrintestinal, onde a razão de produção é diretamente relacionada à massa de tecido adiposo. Em um indivíduo com peso corporal normal, a leptina está mais correlacionada com a massa de gordura absoluta do que com o índice de massa corpórea (BMI) ou percentagem de gordura corporal.

Os níveis de leptina circulantes parecem estar diretamente relacionados com a quantidade de RNAm para leptina no tecido adiposo. Além disso, vários fatores metabólicos e endócrinos contribuem para regular a transcrição dos genes da leptina em adipócitos. Por exemplo, ocorre diminuição de leptina em resposta a baixos níveis de insulina, havendo uma relação diretamente proporcional entre as concentrações desses hormônios.

Glicocorticóides (como o cortisol), infecções agudas e citoquinas inflamatórias; aumentam os níveis de leptina, mas, baixas temperaturas, estimulação adrenérgica, hormônio do crescimento (GH), hormônios tireoidianos, melatonina, e fumo têm a propriedade de diminuir os níveis de leptina, como observado na Tabela 1.

Tabela 1: Influência de fatores orgânicos e ambientais nos níveis de leptina.

Há também o efeito do sexo, pois com a mesma quantidade de gordura corporal mulheres secretam duas vezes mais leptina que homens. A leptina humana tem uma meia-vida de aproximadamente 25 min e é a mesma em indivíduos obesos e com peso corporal normal. Essa meia-vida curta na circulação é determinada pelo clearence renal mediado por filtração glomerular.

Ingestão de alimentos x gasto de energia

O papel da leptina como hormônio antiobesidade é essencialmente derivado de suas ações como diminuidor do apetite e estimulador do gasto de energia. A propriedade inibidora do apetite deve-se ao mecanismo de sinalização desta no hipotálamo, estimulando a síntese de neuropeptídeos anorexigênicos comoPOMC (Proopiomelanocortina), a-MSH (Hormônio Estimulante de a-Melanócitos), CRH (Hormônio Liberador de Corticotropina) e CART (Transcrito Regulado por Cocaína e Anfetamina) que diminuem a ingestão de alimentos pela sensação de saciedade. Os neuropeptídeos anorexigênicos, por sua vez, inibem a síntese de neuropeptídeo Y (NPY), que estimula a ingestão de alimentos, inibe a termogênese (liberação de energia na forma de calor sem produção de ATP) e é diminuido por altos níveis séricos de insulina, promovendo aumento da lipogênese, síntese proteica e armazenamento de glicose.

A propriedade de alterar

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