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Grelina

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Por:   •  22/3/2015  •  2.433 Palavras (10 Páginas)  •  252 Visualizações

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NewsLab - edição 64 - 2004130

Grelina e Controle da Energia de Homeostase

Susan M. Gale1, V. Daniel Castracane & Cristos S. Mantzoros

1 - Diagnostic Systems Laboratories, Inc, EUA 2 - Beth Israel Deaconess Medical Center, EUA

Tradução: Sônia M.M. Fleira Genese Prods. Farm. Diag. Ltda

Artigo

IntroduçãoIntrodução

US Surgeon General estabeleceu que problemas de saúde resultantes de sobrepeso e obesidade foram compensados por vários descobrimentos obtidos pela medicina moderna (1). A obesidade é, hoje, o maior fator de mortalidade nos Estados Unidos, com uma estimativa de 300.0 mortes por ano, apenas nos Estados Unidos, atribuídas diretamente à obesidade. A lista relacionada às desordens de saúde é extremamente alarmante: problemas cardíacos, diabetes, câncer, asma, apnéia do sono, artrite, complicações reprodutivas e distúrbios psicológicos estão incluídos nas pos- síveis conseqüências. Tem sido cogitado que em algumas décadas, a obesidade poderá substituir o tabagismo como número um na lista de risco de saúde em sociedades desenvolvidas (1).

O controle de energia de homeostase e a patogênese da obesidade estão sendo estudados há muitos anos; porém, em paralelo com aumentos na prevalência da obesidade está acontecendo um aumento dramático no número de estudos científicos e clínicos com o objetivo de avançar o entendimento no campo do balanço energético. Os endocrinologistas reconhecem que existem muitos fatores hormonais centrais e periféricos envolvidos na energia de homeostase e que o en- tendimento destes mecanismos devem levar a tratamentos efetivos para o controle da obesidade. Descoberta recentemente em 1999, a Grelina é um novo regulador de grande interesse para o complexo sistema que controla a ingesta alimentar e peso corpóreo. Ao longo deste artigo os autores discutem a significância clínica da Grelina e de uma série de outros hormônios reguladores importantes, descobertos nos últimos anos.

Leptina

O interesse renovado no controle hormonal do balanço energético iniciou-se em 1994 em cima da descoberta da Leptina,

Obesity continues to be a major medical problem in western societies throughout the world. Over the past decade, there has been a tremendous increase in the prevalence of obesity and related health disorders, and the strain on the public health purse is clearly evident. This article describes the role of ghrelin and other significant endocrine hormones in energy homeostasis.

A obesidade continua a ser o maior problema médico em sociedades do mundo todo. Nas últimas décadas, houve um aumento significante na prevalência da obesidade e problemas de saúde a ela relacionada e a tensão por parte dos órgãos de saúde é claramente evidente. Este artigo foi realizado por pesquisadores da DSL e descreve o papel da grelina e outros hormônios significantes, na energia de homeostase.

Resumo Summary

131NewsLab - edição 64 - 2004 produto do gene da obesidade e logo em seguida, a caracterização do receptor de leptina e da proteína de ligação de leptina circulante. A leptina é uma proteína gligosilada com 16 kDa e 146 aminoácidos produzida principalmente pelo tecido adiposo, embora tenham sido detectados baixos níveis no hipotálamo, pituitária, placenta, músculo esquelético e epitélio gástrico e mamário (2). A leptina tem seu papel em diversos processos fisiológicos, mas está principalmente envolvida na energia de homeostase e saciedade. Níveis circulantes de leptina correlacionam-se com índice de massa corporal e parece que a leptina transmite informações ao hipotálamo referente à quantidade de energia armazenada no tecido adiposo, suprimindo o apetite e afetando o gasto de energia (3, 4). Estudos iniciais que investiga- ram o papel fisiológico da leptina foram realizados em camundongos e demonstraram que a leptina está envolvida no controle de saciedade e balanço energético/ comportamento alimentar. Genes ob/ob impossibilitam os camundongos de produzir leptina funcional e estes camundongos ficam enormemente obesos sob regimes alimentares ad-lib, atingindo um peso corporal quatro vezes maior do que seu peso corporal normal,

NewsLab - edição 64 - 2004132 comparado com os controles. A administração de leptina pode reverter este ganho de peso nesta mutação genética, indicando que a leptina tem função importante no controle de ingesta alimentar.

Em humanos, mutações genéticas raras resultantes da deficiência de leptina ou receptores de leptina também contribuem para o fato de que a mesma tenha um papel importante na saciedade. Em crianças identificadas como portadoras de mutações que resultam na deficiência de leptina, foram observados comportamentos alimentares de fome intensa e desenvolvimento de obesidade extrema. Apesar do modelo inadequado utilizado (roedores), fica claro que aumentos nos níveis de leptina em humanos não evita a obesidade induzida por dieta. Geralmente, a maioria dos casos de obesidade é caracterizada por aumentos de leptina nos adipócitos e altos níveis de leptina circulante e a administração de leptina exógena tem falhado em reduzir a adiposidade significativamente. Além disto, tem sido sugerido que a falta de resposta para níveis elevados de leptina em humanos obesos representa um estado de resistência à leptina. O mecanismo oculto na resistência à leptina talvez inclua anormalidades na secreção de leptina, problemas de transporte de leptina no cérebro, e/ou reduzida sinalização hipotalâmica de leptina, em parte devido a um alto controle de inibidores específicos sinalizadores de leptina. A patogênese da resistência à leptina está atualmente sob intensa investigação.

Uma discussão implicando leptina e energia de homeostase não poderia estar completa sem mencionarmos o papel crítico da leptina na função reprodutiva. Tem sido sugerido que a leptina pode atuar como um elo de ligação crítico entre tecido adiposo e sistema reprodutivo, indicando se existe reserva de energia adequada para uma função reprodutiva normal.Estudos prévios demonstraram que o mRNA de leptina é secretado na placenta e que camundongo ob-ob deficiente em leptina é infértil. Estudos mais recentes apóiam a noção de que a leptina é crítica para a função reprodutiva normal e é uma chave importante no controle da endocrinologia placentária (5). Neste contexto, recentemente foi demonstrado que diminuições nos níveis de leptina em resposta à privação de comida são responsáveis por estados de inanição

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