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Microtoxinas

Por:   •  29/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  998 Palavras (4 Páginas)  •  340 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

Docente: Lívia Mendonça

Discentes: Rafael Almeida, Denyielím Oliveira,

Karol Ribeiro, Fabio André

REVISÃO LITERÁRIA SOBRE MICOTOXINAS

1. Introdução

As micotoxinas são substâncias tóxicas resultantes do metabolismo secundário de diversas cepas de fungos filamentosos que se desenvolvem naturalmente em frutas, sementes, cereais  e subprodutos  utilizados na alimentação animal . Uma vez ingeridas causam diversos efeitos deletérios a saúde promovendo diferentes sinais clínicos e lesões. Os sinais clínicos e lesão estão intimamente ligados a cada toxina, são dose dependentes, relacionados com o período e intoxicação. São compostos orgânicos de baixo peso molecular e não possuem imunogenicidade.

Em climas tropicais e subtropicais, como o nosso, o desenvolvimento fúngico é favorecido por fatores como excelentes condições de umidade e temperatura. O crescimento fúngico e produção de micotoxinas em cereais podem ocorrer nas diversas fases do desenvolvimento, maturação, colheita, transporte, processamento ou armazenamento dos grãos. Por isso, a redução da umidade dos cereais através da secagem é de fundamental importância para reduzir os níveis de contaminação. O maior problema das micotoxicoses é atribuído aos prejuízos relacionados aos diversos órgãos e sistemas dos animais, implicando na diminuição do seu desempenho produtivo

2. Toxinas

2.1 Aflatoxinas

Sinais clínicos

         Na fase aguda que é considerada 6 horas após a ingestão os sinais clínicos são depressão severa, inapetência, presença de sangue nas fezes, tremores musculares, incoordenação motora com hipertermia e ate 41 C  que decresce podendo ocorrer  morte nas 12 a 24 horas seguintes . As intoxicações subagudas, os sinais clínicos são de evolução mais lenta observando –se   letargia , hiporexia , letargia e depressão . Alem de um aspecto ictérico, desidratado e edemaciado com áreas de coloração vermelho purpura na pele , e perda progressiva de peso. Cronicamente há redução do ganho de peso com consequente redução da conversão alimentar, má aparência geral e, por vezes, diarréias. Com a progressão para os estágios finais, ocorrem freqüentemente sinais de ataxia, icterícia e, às vezes, convulsões

Lesões

Quando a toxina é ingerida em níveis mais elevados, o fígado apresenta degeneração gordurosa, necrose lobular e cirrose. A icterícia da carcaça, associada ao fígado edemaciado e amarelado são indicativos muito fortes de intoxicação. A vesícula biliar pode estar edemaciada e o fígado friável e hiperêmico, principalmente nos casos de intoxicação aguda pode se observar  coleções líquidas sanguinolentas nas cavidades bem como em mucosas e hemorragias em massas musculares

2.2 Fumonisina

Sinais clínicos

Inapetência, fraqueza generalizada, sonolência, anorexia, lentidão ao caminhar, depressão, sinais de cegueira, desorientação seguida por ataxia, tendência de permanecer com os membros anteriores cruzados, andar em círculo, batidas contra cercas e objetos, decúbito lateral e movimentos de pedalar até a morte,diminuição do ganho de peso .

Lesões

         Nos suínos, os principais órgãos alvo são o pulmão, fígado e coração. A ingestão de doses baixas da toxina podem resultar em lesões hepáticas e lesões hiperplásicas na mucosa esofágica em suínos desmamados ,edema pulmonar e hidrotórax.

2.3 Ocratoxinas

Sinais clínicos

Polidipsia e poliúria, hematúria, em fêmeas e leitões não se observa alterações no ciclo estral e taxa de concepção .Em crescimento e terminação observa se além da poliúria , redução do ganho de peso e uremia  e falência renal severa.

Lesões

Lesões renais podendo resultar a hematúria

2.4 Tricotecenos

Sinais clínicos

Imunossupressores e também são associados a hemorragias causadas pela diminuição do fator VII da coagulação sanguínea, recusa de alimentos, vômito, redução na conversão alimentar e diarréia. A síndrome sanguinolenta, produzida pela toxina T2, se caracteriza pela ocorrência de dermatites, abortamentos, distúrbios nervosos, hemorragias gástricas e viscerais. Todos os TCT podem ser agudamente letais. Porém os maiores problemas tendem a ser as toxicoses subagudas chegando a cronicidade, as quais levam a efeitos inespecíficos associados ao mau desempenho.

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