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A Lista Operações Unitárias

Por:   •  30/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.332 Palavras (6 Páginas)  •  144 Visualizações

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HIGIENE E LEGISLAÇÃO

Aspecto Histórico:

        Vocês já imaginaram como as pessoas da Europa, na Idade Média, faziam para ficar limpas, numa época sem água encanada, sem sabonete, sem xampu? E o pior, sem tratamento de esgoto, com fezes de animais pelas ruas e, muitas vezes, dividindo o espaço da casa com esses animais em estábulos e celeiros? Pois é, a higiene pessoal era mais difícil ainda para quem pertencia às classes mais baixas, os camponeses. Tendo que trabalhar duro o dia todo, suados e sujos. Mesmo assim, eles tentavam dar um jeito; pelo menos lavar o rosto pela manhã, e as mãos, antes e depois das refeições, eram práticas comuns e até recomendadas nos manuais medievais. Mas, e o resto do corpo, será que as pessoas não tomavam banho mesmo? Bom, sim e não, depende!

        Muitos historiadores defendem que esse é um mito que surgiu com a peste negra, doença que atingiu a Europa no século 14. Além disso, havia uma forte conexão entre tomar banho e comer, que poderia também afetar a sua saúde. É mais ou menos como a gente ainda escuta até hoje, com as mães, as avós, dizendo que não pode nadar depois de fazer uma refeição porque faz mal. Pois é, esse pessoal pensava naquela época que o banho frio, por exemplo, podia causar fraqueza do coração, náuseas e até desmaios.

        Mas gente, como é que faz, né? Imagina um período em que os pobres dormiam em colchões de palha, que atraiam insetos como percevejos e pulgas para a sua cama. Que moravam em locais altamente insalubres, cheios de lixo que juntava moscas, ratos, vermes. E muito, mas muito piolho. Era raro alguém que não tivesse a cabeça infestada desses bichos. E muita gente catava piolho uns dos outros em público mesmo, para todo mundo ver. Esse aí, por exemplo, é um pente medieval, criado num dos lados com os dentes mais fininhos, especialmente para tirar piolhos. Entre os mais ricos, a lavagem e a tintura de cabelo até já existiam. Havia inclusive, em certa época, a profissão de lavadora de cabelos. E há registros do uso do óleo de oliva, que era para deixar assim as madeixas mais maleáveis. Isso tudo, porém, era luxo, tá! Porque, o pessoal, a maioria dos camponeses nem tinha roupa diferente prá trocar depois da labuta de um dia inteiro. Era só uma peça de roupa mesmo. As de baixo, geralmente feitas de linho. E as peças de cima feitas de lã mais pesada para enfrentar o frio. Era uma espécie de vestuário em várias camadas. E quando dava para trocar, essas roupas sujas eram lavadas na água fervente com uma mistura de cinzas ou então era lavada nos rios mesmo. Aliás, era duro também carregar água para casa todo dia. Água que serviria para beber, cozinhar, lavar tudo. Sorte de quem tinha um poço por perto. Aí, como dava esse trabalho todo, alguns camponeses decidiram não tomar mais banho de jeito nenhum. Ou, talvez aí, uma vez por ano. Logo antes da Páscoa, por exemplo. E para limpar os dentes, eles podiam esfregar um pedaço de lã ou então improvisar escovas com um galho e fazer um creme dental misturando o sal e folhas de sálvia, por exemplo. Apesar de esse pessoal pobre quase nunca comer açúcar porque era caríssimo, e daí eles não terem muitas cáries, os dentes se estragavam demais por causa do consumo do pão grosseiro, escuro e muito duro, que eles comiam. Mas aí o único jeito era arrancar mesmo. E sem anestesia. Ficar bêbado antes podia ajudar a suportar a dor. Agora, já pensou na situação das mulheres quando entravam "naqueles dias"? Elas usavam o que podiam para segurar o sangue da menstruação. Desde trapos, que era o mais comum, até palha. Um sufoco, meu Deus do céu! E olha, para fazer aquelas necessidades básicas, sabe o xixi e o número dois! A coisa era complicada também. Nada de vaso sanitário, descarga, bonitinho. O sujeito podia usar um penico ou urinol, que ficava perto da cama. Ou se aliviar ali pelas redondezas mesmo, escondidinho no mato. Ou então visitar a famosa "casinha", que era construída do lado de fora das residências e era usado por todo mundo na comunidade. Papel higiênico então, meu filho, nem pensar. Pessoal usava folhas, galhos, capim, valia qualquer coisa para se limpar. Mas quem morava em um castelo, por exemplo, tinha acesso a algo mais elaborado, digamos assim. Que era basicamente uma tábua de madeira com um buraco no meio. Essa abertura era ligada a uma fossa lá embaixo. E o trono do rei, quer dizer, o troninho todo acolchoado para as horas em que a dor de barriga apertar. E para disfarçar o mau cheiro, o truque era usar flores muito perfumadas e ervas aromáticas, assim, lavanda, camomila, hortelã. Mas e aí, vocês podem estar se perguntando, onde é que iam parar todos esses dejetos? O lixo, a água suja. O manejo desses resíduos era um problema, viu? O famoso balde de excrementos, esse aí, podia ser despejado no rio mais próximo, por exemplo, ou em alguma fossa negra. Chamada assim porque era escavada direto no chão, sem proteção, e que acabava contaminando o solo e a água do poço que eram usados no plantio, e no preparo dos alimentos. Quer saber o que esse pessoal comia? Dá uma olhada nos links que aparecem no youtube. Mas o resultado de tanta sujeira era mosca e verme e muita gente doente. E nesse caso, o banho terapêutico era recomendado para aliviar a digestão e a diarreia, por exemplo. E havia também os banhos públicos. Mas como assim, todo mundo junto homem e mulher, todo mundo pelado? Isso aí. Ou mais ou menos isso. É bom lembrar, gente, que a Idade Média durou aproximadamente mil anos. E os costumes foram mudando com o tempo. No começo era assim mesmo, mas depois a sociedade foi ficando mais moralista. Enfim, os banhos nas saunas eram usados pela população no tratamento das enfermidades com água quente e água fria alternadas. E eles eram tomados, às vezes, de acordo com as fases da lua. Outra coisa, o espelho também, sabe, era um artigo de luxo. Os mais comuns eram os pequenos. Então, para os homens, se barbear podia ser um problema na vida. Ou eles deixavam a barba crescida logo de uma vez ou tinha que fazer uma visita ao barbeiro uma vez por semana, serviço que nem todo mundo podia pagar. Aliás, o barbeiro além de cortar os cabelos, aparar a barba, também extraia dentes, cuidava de feridas, fazia até amputação na falta do médico. E ele fazia principalmente, principalmente, a sangria. Meus amigos, pensem aí em uma coisa milagrosa. Pelo menos é o que eles acreditavam, né? Da febre, da dor de cabeça, da hemorroida a epilepsia, o negócio era perfurar as veias do antebraço, do pescoço ou do pé e deixar o sangue escorrer. Pronto, esse era o remédio. Na verdade, era uma prática bem anterior à Idade Média! Já vinha desde o Antigo Egito, desde os gregos com o Hipócrates e o Galeno. Porque eles entendiam que no sangue estava a origem da saúde e da doença das pessoas. Para eles, estar saudável era equilibrar os chamados quatro humores do corpo: sangue, fleuma, bile amarela e bile negra, que correspondem aí ao coração, sistema respiratório, fígado e o baço. Mas, gente, às vezes em vez de cortar a pessoa com uma lâmina para fazer a tal da sangria, eles usavam sanguessugas. Isso mesmo, esses vermes eram espalhados ali no corpo da pessoa e ficavam lá, fazendo o que ele sabe fazer, que é chupar o sangue do hospedeiro até ficarem bem gordinhos. Que coisa louca. Que falta faz um antibiótico, um analgésico, um xaropezinho docinho. E aí, você gostaria de voltar no tempo e viver como as pessoas da Idade Média?

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