Macho esterilidade em cenoura

Macho-Esterilidade citoplasmática

Usada na obtenção de híbridos F1

Há 2 tipos de macho-esterilidade citoplasmática, dependendo do tipo de citoplasma macho-estéril (S):

-tipo antera marron (brown another)

-tipo petalóide.

Tipo brown anther

- Encontrado na cv. Tendersweet (welch & Grimball, 1947) e outras cv. comerciais (Banga 1964).

- Anteras degeneram e murcham antes da antese.

- Há genes restauradores de fertilidade.

- Pouco utilizada (falta de estabilidade em alguns ambientes).

Tipo petalóide

- Encontrado originalmente em populações selvagens de cenoura (Munger, 1953).

- 5 estames são substituídos por 5 pétalas.

- Mais estável do que a do tipo brown anther, e portanto mais utilizada.

- Há genes restauradores (provavelmente 2 genes nucleares dominantes, dos quais pelo menos 1 deve estar presente para haver restauração).

Utilização da macho-esterilidade citoplasmática:

Linha A x Linha B

macho estéril  mantenedora (sem genes restauradores de fertilidade)

citioplasma S  (fértil, citoplasma N)



Linha A x Linha C

(macho estéril)  (polinizadora, com ou sem genes

 restauradores de fertilidade)



Híbrido comercial (A x C)

Uso de híbridos F1:

Cada vez mais comuns na Europa, Japão e USA.

Vantagens dos híbridos:

- Uniformidade: na emergência

- Na colheita, a uniformidade permite colheita mecânica (mas também exigem uniformidade no preparo de solo e na semeadura).

A semente F1 é cara; no Brasil, o gasto de sementes é grande: 5 a 8 kg/ha.

Dificuldades na obtenção de híbridos no Brasil:

- Identificação de linhas macho-estéreis e mantenedoras em populações nacionais.

- Falta de bom preparo de solo e de semeadura de precisão => problemas na emergência e no gasto de sementes/ha.

Apesar disso, já vem sido tentado o plantio de híbridos F1 importados, do tipo Nantes (de inverno). Ex.: Nanco F1 (da Vilmorin).

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