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A Gestão de Qualidade Aplicada Ao Recebimento e Aceitação do Concreto na Construção Civil

Por:   •  7/6/2023  •  Trabalho acadêmico  •  2.359 Palavras (10 Páginas)  •  47 Visualizações

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GESTÃO DE QUALIDADE APLICADA AO RECEBIMENTO E ACEITAÇÃO DO CONCRETO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

SILVA, Isabella Vitória Tavares[1]

RESUMO

O concreto é o segundo material mais consumido no mundo e é um material constituinte dos elementos estruturais na construção civil, estando inteiramente relacionado com a segurança estrutural das edificações. Sendo assim, é indispensável o controle e verificação da qualidade do mesmo, realizando o controle tecnológico do concreto, regulamentado pela ABNT NBR 12655:2015 - Concreto de Cimento Portland - Preparo, Controle, Recebimento e Aceitação – Procedimento. O presente trabalho tem por objetivo discorrer sobre a correta execução do processo de controle em concreto usinado a ser utilizado na obra, no que diz respeito ao recebimento e aceitação, visto que, neste caso, o controle relacionado ao preparo é de responsabilidade da concreteira. A norma especifica os ensaios que devem ser realizados para controle de recebimento e aceitação do material da obra, sendo eles o ensaio de consistência pelo abatimento do tronco de cone e o ensaio de resistência à compressão, respectivamente. A partir nas normas regulamentadoras do processo, análises bibliográficas e nos conhecimentos acadêmicos adquiridos, foi evidenciado a importância de realizar também a rastreabilidade do concreto lançado, considerando as críticas adversidades que podem ocorrer em caso da resistência alcançada ser inferior ao desejado, é importante saber o local exato que o concreto foi destinado, para que as medidas necessárias sejam tomadas.

Palavras-Chave: : Qualidade; NBR 12655; Concreto; Controle Tecnológico


  1. INTRODUÇÃO

Segundo dados divulgados em setembro pelo IBGE (2022), a construção civil apresentou 9,9% de crescimento, acarretando em uma variação positiva de 3,2% no PIB, comparado ao mesmo período de 2021. Com isso, o consumo de concreto também aumentou, visto que é o segundo material mais utilizado no processo de edificações (BEZERRA, 2019).

Nessas perspectivas, considerando a preocupação das construtoras com prazos, custos e qualidade, devido à exigência dos clientes e à competitividade no setor, conforme afirmado por Braga (2016) e Lasta (2017), o uso do concreto usinado frequentemente se faz presente em grandes obras, afim de diminuir o custo com a produção do mesmo, além de garantir uma dosagem exata e correta, evitando patologias e/ou retrabalho.

Não obstante, mesmo utilizando o concreto produzido em central, é de suma importância que seja feito o controle e verificação do material que é fornecido, visto que se trata de um material utilizado em elementos estruturais, e, por isso, inconformidades pode gerar a necessidade de reavaliar o projeto estrutural, execução de reforços e/ou demolições e reconstruções. (ANDRADE, 2020)

O controle tecnológico do concreto diz respeito ao conjunto de procedimentos que devem ser realizados para garantir que o material atenda aos requisitos de qualidade e que cumpra com a função estrutural, desempenho em serviço e vida útil. No Brasil, esse controle é regulamentado pela ABNT NBR 12655:2015 - Concreto de Cimento Portland - Preparo, Controle, Recebimento e Aceitação – Procedimento. (ANDRADE, 2020)

Dado o exposto, o objetivo geral desta pesquisa é discorrer sobre a gestão de qualidade aplicada na concretagem na construção civil, demonstrando a realização do controle tecnológico do concreto usinado a ser utilizado na obra no que diz respeito ao recebimento e aceitação, baseando-se nas normas regulamentadoras do processo e em análises bibliográficas, aliando teoria e prática.

  1. METODOLOGIA

A pesquisa realizada classifica-se como sendo bibliográfica, pois teve como fontes livros, artigos e outros textos, de caráter científico, já publicados, os quais permitiram o acesso às informações necessárias à análise.

Para atingir os objetivos propostos, fez-se necessário uma pesquisa bibliográfica acerca das normas regulamentadoras do processo, tais como NBR 12655, NBR 7212, NBR NM 67, NBR 16889, entre outras, bem como do Sistema de Gestão da Qualidade e do conjunto ISO 9000, além de artigos sobre estudos de caso já realizados.

Tais revisões bibliográficas permitiram uma análise detalhada dos pontos a serem abordados.

  1. DISCUSSÃO

O concreto usinado vêm ganhando cada vez mais espaço, principalmente em grandes obras, considerando o seu melhor controle de qualidade, além de evitar o desperdício de material. Contudo, não exclui a necessidade de realizar o controle tecnológico. (CIOTTA, 2018)

Conforme a NBR 12655 (ABNT, 2015), a definição da resistência à compressão que o concreto deve apresentar é de responsabilidade do projetista estrutural e deve ser evidenciada em todos os desenhos e memoriais relativos ao projeto.

Para garantir que seja utilizado o concreto correspondente ao que foi definido previamente, a NBR 12655 (ABNT, 2015) estabelece que cabe ao responsável técnico da obra definir e solicitar à empresa de concretagem os requisitos descritos no projeto. Além disso, também é de sua responsabilidade o recebimento do concreto, cumprindo a NBR 12665. Já o preparo do mesmo e o seu transporte, é de responsabilidade pela empresa fornecedora do concreto.

A NBR 7212 (ABNT,2012) especifica que o período de tempo para o transporte é de até 90 min a partir do momento da primeira adição de água, quando utilizado o caminhão betoneira, e de até 40 min no caso do veículo não possuir equipamento de agitação.

Quanto ao tempo para lançamento, a norma estabelece que deve ser iniciado em até 30 min após a chegada do concreto na obra e deve ser realizado em até 150 min a partir da primeira adição de água quanto utilizado caminhão betoneira, e em até 60 min quando não utilizado.

Ao receber o concreto, o responsável técnico deve constatar que a concreteira cumpriu com o tempo de transporte e de lançamento determinado na NBR 7212 (ABNT,2012).

Para isso, é necessário que seja sempre requisitado o romaneio de entrega, no qual consta o horário que o concreto saiu da concreteira e que chegou na obra, além de outras informações importantes como o slump, o lacre, a resistência, a quantidade e a identificação do corpo de prova correspondente.

Nessas perspectivas, considerando que o responsável técnico deve atentar-se aos requisitos apontados no projeto estrutural, a NBR 12655 (ABNT, 2015) especifica, no item 6, os ensaios relativos ao recebimento e à aceitação do concreto dosado em central, sendo eles, o ensaio de consistência e o ensaio de resistência à compressão, respectivamente.

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