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Criança

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Por:   •  8/9/2014  •  Tese  •  520 Palavras (3 Páginas)  •  152 Visualizações

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Para compreendermos as mais recentes configurações impostas à infância temos necessariamente que retroceder ao passado, buscando nos aspectos históricos algumas respos

tas para o presente. Partindo deste entendimento, a idéia de criança pode ser considerada a partir de uma noção histórica e cultural construída, a qual veio sofrendo diversas alterações percebidas no transcorrer dos tempos. Cada época tratou de proferir um discurso que revela em sua essência os ideais e expectativas depositadas na criança,tendo tais discursos conseqüências sobre esses indivíduos em formação.

Essa conceituação, tal como a encontramos na atualidade é recente e seu surgimento está atrel

ado à noção de família e ao desenvolvimento da educação escolar a partir do século XVII. Rec

orrendo-se a definição da palavra infância, oriunda do latim infantia, significa “incapacidade de falar”. Considerava-se que a criança, antes dos 7 anos de idade, não teria condições de falar, de expressar seus pensamentos, seus sentimentos. Desde a sua gênese, a palavra infância carrega consigo o estigma da incapacidade, da incompletude perante os mais experientes, relegando-lhes uma condição subalterna diante da sociedade. Era um ser anônimo, sem um espaço determinado socialmente. Este trabalho visa refletir acerca do conceito de infância ao longo da

historiografia humana, extraindo destes acontecimentos registrados a percepção sobre as crianças em seus diferentes períodos, culminando com as suas atuais determinações desv

eladas em nossa contemporaneidade, influenciada principalmente pela sociedade da infor

mação e do consumo. Para tanto,recorremos a algumas fontes bibliográficas ligadas tanto a hi

stória da educação, quanto a alguns autores que dialogam sobre as questões envolvendo a atualidade, vinculadas as correntes da sociologia e da comunicação social. Desse modo, perpassa várias áreas do conhecimento, tornando-se fundamental esta reflexão na busca de uma compreensão acerca da visão construída hoje sobre o ser criança. Neste espaço mutante e efêmero, a noção de infância adquiriu uma nova roupagem, incorporando uma reestruturação

que lhe confere um outro status. A criança desses novos tempos possui outras características, ne

cessidades não encontradas outrora, aspirações estas fruto da recente ordem estabelecida mediante os ditames da globalização e do neoliberalismo. Neste contexto, as mídias se c

onfiguram como elementos fornecedores de uma considerável quantidade de informações disponíveis através de diferentes suportes. Isso contribuiu, direta e indiretamente, na montagem dessa nova fase da infância, na qual a criança é encarada como um sujeito receptor e consumidor em potencial. Diferentemente do protótipo de criança desenvolvidos nos séculos anteriores a criança, calcado no mito da infância feliz deste novo milênio, possui um espírito mais independente, pois desenvolveu uma série de habilidades no contato a mídia. No entanto, ainda precisa da ação interventora e mediadora do adulto, no sentido de conduzi-la na elaboração das estratégias de percepção da realidade, auxiliando-a nas suas escolhas, na constituição de princípios evalores

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