Globalização

Foi a partir do século XX que a administração passou a se desenvolver de forma mais significativa, tendo as organizações evoluído de sistemas fechados, visualizando somente o que acontecia em seu interior, para sistemas abertos onde se passa a enfocar a dependência e adaptabilidade das mesmas ao meio ambiente.

A administração Cientifica, desenvolvida por Frederick Winslow Taylor (1856-1915), foi certamente a mola propulsora deste desenvolvimento, embora trazendo consigo uma concepção simplista de homem, dotado de extrema força física e motivado apenas por recompensas salariais.

Partindo daí até os dias atuais concluiu-se que houve significativas mudanças na concepção de Homem, na medida em que as abordagens enfocaram apenas uma ou algumas das cinco variáveis básicas do processo administrativo tarefa, estrutura, pessoas, tecnologia e ambiente, partindo-se de uma visão reducionista, evoluindo para uma visão extremamente complexa, motivada principalmente por constantes mudanças ocorridas e que continuarão a ocorrer no mundo organizacional.

O homo economicus da Teoria clássica foi substituído pelo homem complexo , que passa a ser concebido como um sistema individual e complexo de necessidades biológicas, motivos psicológicos, valores e percepções.

Criatividade e polivalência passam a ser habilidades cada vez mais valorizadas pelas organizações, sendo que, segundo Chiavenato (1988, p.288), na atualidade “indivíduos criativos fazem as organizações criativas e organizações criativas induzem as pessoas a também serem criativas” e, conforme Ferreira (1986, p. 1358 ) polivalente significa “ que é eficaz em vários casos diferentes; versátil; que oferece diversas possibilidades de aplicação e emprego” . Nota-se, assim, a substituição da subserviência (da época de Taylor) por desejos de utilização de habilidades múltiplas, busca de solução de problemas e domínio sobre os problemas enfrentados, para assim, alcançar-se maior desenvolvimento, tanto pessoal quanto profissional.

Dessa forma, contínua adaptação aos seus ambientes; concorrência cada vez mais aguda; crescente sofisticação da tecnologia; internacionalização do mundo dos negócios e maior visibilidade, são problemas que, certamente, as empresas enfrentarão no futuro , o que exigirá constantes adaptações, tanto na concepção de administrador como o de homem.