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O Livro de Mecânica Vetorial

Por:   •  4/8/2021  •  Resenha  •  6.085 Palavras (25 Páginas)  •  102 Visualizações

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Luciana Barbosa de Miranda

miranda.lubarde@gmail.com Universidade Estadual do Pará (UEPA), Marabá, Pará, Brasil

Johnnathan Santana Franco

johnnathan_franco@hotmail.com Universidade Estadual do Pará (UEPA), Marabá, Pará, Brasil

Glauber Epifânio Loureiro

prof.glauber.uepa@gmail.com Universidade Estadual do Pará (UEPA), Marabá, Pará, Brasil

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http://periodicos.utfpr.edu.br/revistagi

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Programa de produção mais limpa no setor de panificação da cidade de Marabá-PA

RESUMO

As atividades industriais demoraram décadas para inserir a variável ambiental em suas decisões, no entanto recentemente tem surgido iniciativas sustentáveis no processo produtivo de grandes e pequenas empresas. Um desses setores é a indústria de panificação, que apesar de ser um ramo de pequeno porte e que não gera resíduos perigosos, isso não impede que sejam aplicadas novas tecnologias sustentáveis de produção. Uma dessas tecnologias é a Produção Mais Limpa (P+L), que visa otimizar o processo produtivo e prevenir a geração de resíduos. Tem objetivo de elaborar um programa de (P+L) no setor de panificação da cidade de Marabá-PA. A pesquisa é de caráter indutiva, exploratória e descritiva, além de ser um estudo de caso caracterizado como qualitativo. Utilizou-se a metodologia de P+L proposta pelo Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL) e pela Agência de Proteção Nacional dos EUA (EPA). Obteve-se que a principal medida a ser proposta foi a utilização da massa de pré-mistura, juntamente com a adoção da pré-pesagem e de recipientes para dosagens, além da segregação e comercialização dos resíduos da panificadora. Tais propostas, tem baixo investimento e promovem o aumento da produtividade, diminuição dos custos de produção e a redução da geração de resíduos.

PALAVRAS-CHAVE: Panificação. Produção mais limpa. Resíduos.

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R. Gest. Industr., Ponta Grossa, v. 14, n. 2, p. 60-76, abr./jun. 2018.

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INTRODUÇÃO

Nos primórdios da atividade industrial a variável ambiental não era integrada as decisões da empresa, no que se refere ao seu processo produtivo, ao consumo de matéria prima e a disposição final dos resíduos. Assim, conforme Werner, Bacarji e Hall (2011), “durante décadas o processo de degradação ambiental cresceu vertiginosamente, acreditando-se que o crescimento econômico proporcionaria melhores condições de vida para a sociedade”. No entanto, ao longo de alguns anos, percebe-se que a melhoria da qualidade de vida não se deve apenas ao crescimento econômico, mas sim em práticas sustentáveis de tal crescimento. De maneira que o meio ambiente seja visto como alicerce, sendo inserido às decisões da empresa.

Para Fernandes e Freitas (2014), “a massificação dos problemas ambientais vivida pela sociedade moderna é um indicador da crise do atual modelo de desenvolvimento que tem contribuído para o consumo desenfreado dos recursos naturais e a degradação dos mesmos”.

Dentre as principais atividades industrias que consomem os recursos naturais e que vem sendo alvo de estudos ambientais, tem-se o setor da panificação, que segundo Junior et al., (2012), “as padarias estão deixando de serem apenas estabelecimentos responsáveis pela fabricação artesanal e venda de pães, Estes estabelecimentos passaram a serem chamados de panificadoras e confeitarias, por estarem se transformando em centros de conveniência,

gastronomia e serviços”.

De acordo com o levantamento realizado pelo Instituto Tecnológico de Panificação e Confeitaria (ITPC) em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), no brasil existem 63,2 mil empresas que compõem o setor. Em 2015 as empresas do segmento de Panificação e Confeitaria brasileiras registraram um crescimento de 2,7%, com o faturamento chegando a R$ 84,7 bilhões (ABIP, 2016).

Já na cidade de Marabá, das 161 panificadoras registradas no cadastro municipal, 92 tem como atividade econômica a fabricação de produtos de padaria e confeitaria com predominância na produção própria (SEGFAZ, 2016). Porém, nem todas elas possuem uma estrutura física de boa qualidade, acarretando em desperdícios de matéria prima e disposição inadequada dos resíduos.

A partir disso, surge então a preocupação com a poluição ambiental causado por este setor, que apesar de ser uma indústria com resíduos de característica não perigoso, isto não deve ser motivo para que as panificadoras não adquiram práticas sustentáveis de produção. Logo, a indústria da panificação tem-se demonstrado ser um causador de problemas ambientais por dois motivos, o primeiro refere-se a carência do gerenciamento adequado dos resíduos sólidos, já o segundo, para Fernandes e Freitas (2014), “são problemas basicamente relacionados com a eficiência produtiva que leva a um maior consumo de

matérias primas e energia e consequente geração de desperdícios e resíduos”.

Diante desde último problema abordado, busca-se inserir dentro do setor de panificação uma gestão que utilize novas tecnologias de produção que visem a prevenção a poluição, que segundo a NBR ISO 14001:2015 “pode incluir redução ou eliminação da fonte; modificações no processo, produto ou serviço”. Assim, entre as metodologias de prevenção a poluição tem-se a Produção Mais Limpa (P+L), cuja metodologia propõe aplicação continuada de uma estratégia ambiental preventiva e integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficiência,

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reduzir  os  riscos  a  sociedade  e  ao  meio  ambiente,  visando  ganhos  de

R. Gest. Industr., Ponta Grossa, v. 14, n. 2, p. 60-76, abr./jun. 2018.

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competitividade e a otimização dos processos industriais (WERNER; BACARJI; HALL, 2011). Esta metodologia tem como princípio básico eliminar a poluição ainda no processo produtivo, e não após o mesmo (PEREIRA; SANT’ANNA, 2012).

Assim, a implementação da estratégia da P+L exige que todo o processo produtivo seja avaliado, verificando sua real eficiência quanto ao emprego de recursos e energia. Essa avaliação está baseada na realização de um balanço de massas e energia e na identificação das medidas para P+L, que sejam as mais apropriadas (MILLAN; GRAZZIOTION, 2011). Com o intuito de englobar mudanças nos produtos e nos seus processos de produção a fim de reduzir ou eliminar os rejeitos deles criados (FINGER; NETO, 2010).

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