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O PADRÃO DE MANUTENÇÃO

Por:   •  6/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  5.409 Palavras (22 Páginas)  •  99 Visualizações

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IMPLANTAÇÃO DE PADRÃO PARA GESTÃO DE MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÓVEIS

RESUMO

O presente artigo teve por finalidade instaurar um padrão de atuação de uma Gerência de Manutenção em empresas de equipamentos móveis, bem como, comprovar a eficiência dessa gestão quando conduzidos de forma padronizada. Tal eficiência e qualidade da manutenção são adquiridas quando questões primordiais são satisfeitas, sendo elas, os planos de manutenção aderentes ao processo, capacitação técnica da equipe, planejamento e controle das intervenções e indicadores de desempenho. Implantar um padrão de manutenção obteve como estratégia a inovação da forma de gerir e assessorar a manutenção eletromecânica nos mais diversos segmentos operacionais de frotas, objetivando compreender a pertinência das diretrizes para a realização das manutenções, sejam elas corretivas ou preventivas. Com planos de manutenção adequados e conjugados com a operação, obteve-se ampliação no método de gerir os desempenhos dos processos através de uma metodologia que visa atender as demandas atuais e promover o devido suporte para o crescimento dos negócios com foco na produtividade, qualidade e satisfação dos clientes.

Palavras-chave: Manutenção. Planejamento. Gestão. Padrão. Indicadores.

  1. INTRODUÇÃO

A engenharia de manutenção, também mencionada como gestão de manutenção de equipamentos móveis, empregada nos mais diversos segmentos, visa a conservação de seus bens e equipamentos, a fim de manter suas condições operacionais. Segundo Creasso (2016), não basta somente ter agilidade no reparo do equipamento, é preciso conservá-lo para que possa exercer sua função, evitando falha e reduzindo riscos de uma parada não programada. Este processo é muito importante, pois através dessa gestão é possível realizar análises e estudos para identificar as causas das falhas dos equipamentos, tomando medidas eficientes de controle, planejamento e programação de manutenção, visando aumentar a confiabilidade, disponibilidade, segurança, mantenabilidade da frota.

Segundo Marques (2014), com a globalização o desenvolvimento tecnológico e a pressão competitiva no mercado cada vez mais velozes, as organizações tem buscado maior controle sobre seus processos, bem como, controlar seus custos de forma eficaz e aumentar sua produtividade, garantindo, assim, a satisfação dos seus clientes de forma inovadora e diferenciação perante seus concorrentes. Diante disto, é de suma importância que a organização entregue seu produto ou serviço no tempo indicado, com qualidade e menor custo. Quando se trata de uma empresa que possui um parque de equipamentos móveis diversificado, de acordo com Veloso (2009), o cenário não é diferente: manter seus equipamentos disponíveis (tempo), manutenidos (qualidade) e com menor custo.

A manutenção quando é tratada numa organização de forma isolada e abrangente, não é eficiente nem eficaz (De Lima, et al., 2015). De acordo com De Azevedo, et al., (2017), é necessário que suas funções sejam vistas como estratégicas, corporativas e direcionadas, de modo a atender todos os modelos de equipamentos que existam na empresa com planos de manutenção aderentes aos mais diversos e complexos segmentos operacionais da frota. E também, é diretamente responsável pela disponibilidade, qualidade e confiabilidade da frota, representando importância capital nos resultados da empresa, segundo Veloso (2009).

Para Veloso (2009) a área responsável pela manutenção dos equipamentos dentro da empresa deve ter a mesma importância e nível estrutural que as outras divisões, e sua atuação deve estar ligada à produção/operação, de modo que a produção/operação definirá sua necessidade e a área de equipamentos providenciará atendimento dentro dos critérios técnicos por ela definidos, de modo que a área de manutenção é um fornecedor interno da empresa.

A definição de estratégias funcionais de manutenção adequadas, alinhadas à planejamento, controle e indicadores de desempenho estratégicos que mostrem como obter o custo efetivo sem comprometimento da segurança e da confiabilidade operacional da frota, é de fundamental importância para a organização, como também, a criação de padrões para atendimento aos diversos segmentos da mesma (Veloso, 2009).

De Lima, et al. (2015) mostra como a manutenção tem impacto nos resultados financeiros da organização e, portanto, trata que é de suma importância que sua gestão seja eficiente, de modo que quando se tem um planejamento de paradas eficaz, há uma diminuição de manutenções corretivas e, consequentemente, um aumento de produtividade.

Considerando a relevância da manutenção, a complexidade dos equipamentos e o elevado risco presente para pessoas, meio-ambiente e para as próprias instalações, é de vital importância a adoção de um padrão para gerenciamento dotado de controle, monitoramento e indicadores de desempenho estratégicos, de classe mundial, que permita analisar o cumprimento e eficácia da manutenção (Veloso, 2009).

Sendo assim, o estudo foi desenvolvido, entre janeiro a setembro de 2018, em uma empresa de transporte logístico que possui sua sede matriz em Vitória (ES) e filiais em outras 26 cidades no Brasil. Sua frota é composta de, aproximadamente, 6.500 equipamentos móveis entre automóveis, vans, ônibus, caminhões, máquinas e guindastes. Diante disso, embasado por meio da análise de processos e ferramentas de gestão, foram mapeados os problemas enfrentados na empresa, com a possível causa da deficiência de gestão da manutenção da frota, que foram minimizados com a criação de um padrão, permitindo que a atuação da engenheira de manutenção fosse direcionada, desde o cadastro de um equipamento, passando pelo planejamento, controle de sua manutenção e qualificação técnica da equipe, até o monitoramento de indicadores de desempenho via sistema informatizado.

Embora a manutenção industrial e a manutenção de equipamentos móveis sejam semelhantes tecnicamente, há condições específicas para esta que a diferem do gerenciamento daquela. Em uma fábrica, temos um regime uniforme de operação e por isso a manutenção pode ser programada em função do calendário, visto que os equipamentos são estacionários. Já em empresas de frota, como transporte de cargas, passageiros ou de movimentações logísticas, por exemplo, segundo Veloso (2009), deve-se ter uma manutenção baseada nas horas efetivamente operadas ou em função dos quilômetros rodados, visto que há uma gama de variáveis que interferem neste tipo de serviço.

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